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Poucos anos foram tão agitados para a educação brasileira quanto o de 2025 — sobretudo, no que diz respeito ao ensino superior. A publicação do novo marco regulatório da educação a distância (EaD) mexeu de forma significativa com o setor, estabelecendo parâmetros mais rigorosos de qualidade e obrigando as instituições de ensino superior (IES) a se reinventarem.
Outros fatores relevantes do ano foram a mudança no perfil do aluno, conforme destacou o Mapa do Ensino Superior, e a necessidade de recolocar a formação de professores como prioridade. A tecnologia também continuou provocando debates — e polêmicas —, seja por causa da evolução acelerada da inteligência artificial (IA), seja pela proibição de celulares nas escolas.
Aqui, no Desafios da Educação, também tivemos algumas mudanças: em vez de focar nas hard news, como a maioria dos portais, optamos pela criação de conteúdo mais aprofundado e totalmente exclusivo.
O objetivo é provocar reflexões sobre temas “quentes” do mercado educacional. Para começar, desenvolvemos três grandes redes de conteúdo, sobre o gerenciamento do processo avaliativo, o papel dos laboratórios virtuais na nova EaD e a importância das maletas didáticas — série que terá continuidade em 2026.
Isso não significa, porém, que o portal ficou alheio a outros assuntos. Nesta retrospectiva, você poderá conferir um apanhado das principais matérias que publicamos ao longo de 2025, além de outros fatos que impactaram a educação brasileira.
Boa leitura!
No começo do ano, antes mesmo de o novo marco regulatório entrar em vigor, o Desafios da Educação decidiu levantar uma discussão sobre o futuro do curso de Biomedicina na EaD — um dos mais procurados da área da Saúde desde a pandemia.
A matéria destacava que os processos de credenciamento para novos cursos na modalidade estavam suspensos pelo MEC, mas já apontava um possível caminho para esse e outros cursos: o formato semipresencial.
Com o retorno às aulas, professores e alunos da educação básica se viram diante de um novo cenário, no qual telefones celulares e equipamentos similares foram proibidos — até mesmo durante o recreio ou nos intervalos entre as aulas.
A mudança é uma consequência da Lei nº 15.100/2025, sancionada com o objetivo de salvaguardar a saúde mental, física e psíquica de crianças e adolescentes. É claro que a medida gerou polêmica e, por isso, o Desafios da Educação decidiu ouvir educadores a favor e contra a proibição.
Em março, a 15ª edição do Mapa do Ensino Superior, estudo realizado pelo Instituto Semesp, revelou um número recorde de brasileiros matriculados em uma graduação. Com quase 10 milhões de universitários, o País registrou um crescimento próximo de 6% entre 2022 e 2023.
A balança entre ensino presencial e EaD nunca foi tão nivelada — ambas as modalidades estavam quase no mesmo patamar de matrículas, com uma pequena vantagem para os cursos presenciais, que concentravam 50,7% dos estudantes. A ascensão foi impulsionada pela rede privada, que hoje responde por oito de cada dez matrículas.
O Mapa do Ensino Superior também trouxe um capítulo especial sobre o Agrossistema, setor estratégico diante das mudanças climáticas e da busca por soluções sustentáveis.
Graduações como Agronegócio, Energias Renováveis, Agrocomputação e Biotecnologia cresceram 26% na última década. Por outro lado, esses cursos ainda têm baixa representatividade no ensino superior, como mostrou nossa reportagem.
Em outra frente, buscamos entender o que tem levado cada vez menos jovens a cursar Engenharia, uma das áreas de mais alta empregabilidade do País.
Em fevereiro, começaram efetivamente as mudanças aqui no site. O relançamento marcou uma grande virada para o Desafios da Educação, que ganhou uma estrutura de conteúdo mais integrada e conectada às principais dores do setor.
Nossos artigos passaram a abordar temas como captação de alunos, gestão educacional e inovação tecnológica, sempre com informações atualizadas e a opinião de especialistas renomados.
Nesse período, as IES ainda conviviam com muitas dúvidas sobre o que iria acontecer com a publicação do novo marco regulatório da EaD.
Diante desse cenário, em que as informações eram pouco concretas, o Desafios da Educação sempre manteve os leitores atualizados sobre o tema, mas não deixou de explorar outros conteúdos relevantes.
Falamos, por exemplo, sobre a plataforma MEC Gestão Presente, uma ferramenta criada pelo Ministério da Educação para sanar um problema crônico da educação brasileira: a falta de interoperabilidade entre os sistemas das diferentes redes de ensino.
Como era de se imaginar, a inteligência artificial generativa continuou pautando o debate educacional em 2025. Lembramos que, mesmo diante da velocidade das transformações, a educação precisa resgatar o encantamento como competência do futuro.
Mostramos, ainda, como a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) está guiando o uso da IA na educação.
…e como o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) pretende adotar instrumentos de avaliação que reconhecem essa tecnologia como aliada da qualidade no ensino superior.
Em março, o Desafios da Educação deu início à publicação de sua primeira grande rede de conteúdos de 2025, sobre os diversos aspectos que envolvem o processo avaliativo. Com base em diversos estudos, estatísticas e depoimentos de especialistas, mostramos cada etapa desse processo e também na gestão de polos EaD.
Cerimônia de assinatura da Nova Política de Educação a Distância, realizada em maio
Em maio, após sucessivos adiamentos, o MEC finalmente publicou o decreto que institui a Nova Política de Educação a Distância, prometida há quase um ano. A proposta, que visa qualificar a oferta de cursos e organizar melhor os formatos de ensino, reconhece a importância da EaD para ampliar o acesso, mas estabelece limites mais rígidos para sua aplicação.
Houve bastante apreensão por parte das IES, especialmente por causa da exigência de maior presencialidade, inclusive em cursos EaD. Para sanar essas dúvidas, criamos uma série de conteúdos contemplando as principais mudanças trazidas pelo novo marco.
A segunda rede de conteúdo trouxe uma alternativa viável para atender a uma demanda que ganhou destaque a partir do novo marco: a oferta de cursos na modalidade semipresencial ou híbrida. A partir de julho, o portal trouxe uma série de textos sobre a importância da conexão entre laboratórios físicos e virtuais para o cumprimento da prática presencial obrigatória.
Livros lançados pelo Grupo A foram semifinalistas do Jabuti Acadêmico
Na área editorial, o ano foi muito produtivo para o Grupo A, com novidades em diversas áreas. O Desafios da Educação trouxe resenhas de algumas das principais publicações do ano, além de entrevistas com autores.
Para coroar o bom momento da editora, o selo Artmed contou com dois semifinalistas no Prêmio Jabuti Acadêmico 2025, ambos na categoria Medicina: Doenças infecciosas: visão integrada da patologia, da clínica e dos mecanismos patogênicos, de Amaro Nunes Duarte Neto, Carla Pagliari, Cleusa FumicaHirata Takakura, Luciane Kanashiro-Galo e Maria Irma Seixas Duarte, e Psiquiatria intervencionista, de André R. Brunoni, Clement Hamani e João Quevedo (Organizadores):
Como já é tradicional, estivemos presentes nos principais eventos do setor, como CIAED e FNESP, além do Encontro Nacional da MetaRED TIC Brasil. Nossa cobertura não se resumiu à participação dos especialistas da Plataforma A, trazendo um panorama abrangente dos principais painéis, que incluíram os novos desafios da EaD, questões mercadológicas e desenvolvimento sustentável.
Nos links abaixo, você acompanha a cobertura do CIAED feita pelo Desafios da Educação:
Aqui, pode conferir tudo sobre o FNESP:
Por fim, fizemos um apanhado do Encontro Nacional da MetaRED TIC Brasil:
Mesmo com as mudanças na EaD “monopolizando” a atenção de educadores e gestores, não poderíamos deixar que outras discussões relevantes passassem batido.
Gastos dos estudantes com apostas virtuais continuam em níveis alarmantes
O crescimento dos gastos dos estudantes com apostas virtuais, por exemplo, foi um deles, já que está impactando diretamente no ingresso dos jovens em uma graduação.
Abordamos mudanças importantes para a área de saúde mental e para a avaliação médica no Brasil:
Destacamos, também, iniciativas que vêm transformando a vida dos estudantes e dos professores:
Aprendizes no laboratório do Goethe-Institut, em Salvador
Além disso, trouxemos conteúdos educativos para ajudar a consolidar uma cultura digital segura nas IES:
…e conscientizar as novas gerações sobre sustentabilidade:
Vídeos com especialistas esclarecem as principais dúvidas sobre o formato semipresencial
Nos últimos anos, a Plataforma A produziu diversos webinars para celebrar o Dia da EaD — celebrado em 27 de novembro —, sempre trazendo palestrantes de renome mundial para discutir as principais tendências do setor.
Diante do impacto das mudanças regulatórias, em 2025, resolvemos fazer diferente: apresentamos uma série de vídeos exclusivos com especialistas, para esclarecer as principais questões que permeiam o formato semipresencial.
No fim do ano, apresentamos nossa terceira série de conteúdos exclusivos — que, mais uma vez, se conectam diretamente com as demandas da nova EaD. Desta vez, o foco está nas maletas e kits didáticos, ferramentas que facilitam a implementação da prática presencial em todas as modalidades de ensino.
Para garantir o direito à educação de estudantes com deficiência, transtorno do espectro autista (TEA) e com altas habilidades ou superdotação, o governo federal instituiu a Política e a Rede Nacional de Educação Especial Inclusiva.
Conforme o Decreto nº 12.686/2025, publicado em outubro, a educação especial será ofertada de forma transversal em todos os níveis, etapas e modalidades, por meio de recursos e serviços que apoiem, complementem e suplementem o processo de escolarização. Entre os princípios da nova política estão o reconhecimento da educação como direito universal e público e a garantia de igualdade de oportunidades e condições de acesso.
Em novembro, o presidente Inácio Lula da Silva sancionou a Lei Complementar nº 220/2025, que institui o Sistema Nacional de Educação (SNE). A medida fortalece as responsabilidades constitucionais individuais e compartilhadas da União, dos estados e dos municípios, além de promover um modelo coeso de articulação e colaboração entre as esferas na elaboração, na implementação, no monitoramento e na regulação das políticas públicas educacionais.
“É um feito, depois de 16 anos, a gente instituir o Sistema Nacional de Educação, que vai organizar o sistema educacional brasileiro e definir regras mais claras para os entes federados. E o mais importante: nós vamos poder trabalhar em cima de uma lei, de um regime de colaboração entre estados, Distrito Federal e municípios”, declarou o ministro Camilo Santana.
Em dezembro, a reportagem do G1 revelou que o Inep iria testar o uso de inteligência artificial na formulação das questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), reduzindo a participação humana no processo de criação das provas. A decisão foi tomada após a divulgação antecipada de questões que caíram no teste — algumas já haviam aparecido em lives, apostilas e grupos de WhatsApp, com números e alternativas basicamente idênticos.
Além de levar à anulação de três questões, o episódio voltou a trazer à pauta o debate sobre a confiabilidade e a imparcialidade das provas elaboradas por IA, mas também indicou que essa será uma tendência para esse tipo de prova a partir de agora.
Por Redação
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