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Após sucessivos adiamentos, o Ministério da Educação (MEC) publicou nesta terça-feira (20) o decreto que institui a Nova Política de Educação a Distância, prometida há quase um ano. O texto busca regulamentar as modalidades de graduação no ensino superior diante da expansão acelerada dos cursos online.
Segundo o ministro Camilo Santana, a proposta busca qualificar a oferta de cursos e organizar melhor os formatos de ensino, reconhecendo a importância da EaD para ampliar o acesso, mas estabelecendo limites claros para sua aplicação.
“Acreditamos que a EaD pode proporcionar ao estudante uma experiência tão rica quanto a dos demais cursos, desde que haja um efetivo compromisso de todos com o processo de ensino e aprendizagem”, afirmou, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia no Palácio do Planalto.
As instituições terão dois anos para se adaptar às novas regras. Quem já está matriculado poderá concluir o curso no formato atual.
Confira as principais mudanças:
O novo marco define três formatos de curso de graduação:
Todos os cursos deverão manter controle de frequência nas atividades presenciais e síncronas mediadas.
O decreto proíbe expressamente a oferta de cursos a distância nas seguintes situações:
A nova política detalha a atuação de professores e mediadores pedagógicos na EaD.
Cada unidade curricular a distância deverá ter, no mínimo, um professor regente, podendo ainda contar com professor conteudista e coordenador de curso. O corpo docente será auxiliado por mediadores com formação compatível, cuja presença deve ser informada no
Censo da Educação Superior.
Todas as unidades curriculares ofertadas parcial ou totalmente a distância deverão aplicar avaliações presenciais com peso majoritário na nota final. Um terço da avaliação deve envolver habilidades discursivas de análise e síntese. Avaliações práticas podem ser exceção a essa regra.
O decreto também define a estrutura obrigatória das sedes e dos Polos EaD, com destaque para:
Os polos EaD funcionarão como pontos de apoio à aprendizagem, estágios e extensão, com responsável designado pela IES.
As instituições deverão informar claramente o formato de cada curso em todos os documentos e canais de divulgação. O vínculo contratual com o estudante será exclusivo entre este e a mantenedora da IES — parceiros não podem assumir responsabilidades acadêmicas ou financeiras.
As instituições públicas estaduais, federais e distritais já estão automaticamente credenciadas para EaD, mas devem formalizar esse status junto ao
MEC.
Em nota, a
Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes) avaliou a mudança como positiva. Para a entidade,
o novo marco dá previsibilidade às instituições e retoma os processos regulatórios do Ministério da Educação (MEC), que vinham sendo interrompidos, reforçando a confiança de estudantes e suas famílias.
Mas nem todos concordam. Crítico do processo de regulamentação,
João Vianney, consultor da Hoper Educação, lamentou a decisão nas redes sociais: “Perdem os jovens, os trabalhadores, as comunidades, pequenas e médias cidades e as mães-solo. Estudar fica mais caro, mais raro e menos flexível.”
Para Vianney, o novo decreto desmonta os quatro pilares que sustentavam o sucesso da EaD como ferramenta de inclusão no ensino superior:
O ministro da Educação, Camilo Santana, participa nesta quarta-feira (21) de audiência pública na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. Ele foi convocado para prestar esclarecimentos sobre a recente prorrogação dos prazos regulatórios para cursos a distância no ensino superior, determinada pela
Portaria nº 528/2024.
A medida, publicada em março, gerou críticas de parlamentares e representantes do setor educacional. A deputada Adriana Ventura (Novo-SP), uma das autoras do requerimento, cobra:
1) explicações sobre os critérios adotados pelo MEC; 2) os impactos da decisão para instituições privadas e estudantes; 3) e o alinhamento da política regulatória com as demandas do mercado de trabalho.
Segundo a deputada, a ausência de previsibilidade e clareza nas regras compromete a segurança jurídica do setor e pode afetar a qualidade do ensino. O debate será realizado às 10h, no plenário 10 da Câmara.
Nesta terça-feira (20), às 11h30,
Gustavo Hoffmann, head de Consultorias da
Plataforma A, participa de uma transmissão ao vivo para comentar os principais pontos do novo regulamento da EaD, seus impactos no setor e as estratégias para garantir conformidade institucional.
Assista no YouTube da Plataforma A.
Por Redação
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