FNESP 2025: alguns insights sobre o novo marco regulatório, IA e o futuro da educação

Redação • 13 de outubro de 2025

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    Nos dias 25 e 26 de setembro de 2025, o 27º Fórum Nacional do Ensino Superior Particular Brasileiro (FNESP), no Distrito Anhembi, em São Paulo, reuniu lideranças do setor para discutir o papel da educação na construção de um mundo mais sustentável. Porém, outros temas relevantes surgiram naturalmente na pauta — e é claro que as mudanças provocadas pelo novo marco regulatório da educação a distância (EaD) e os impactos da inteligência artificial (IA) não poderiam ficar de fora. 


    O portal Desafios da Educação  conversou com educadores e gestores de instituições de ensino superior (IES) no estande da Plataforma A  sobre esses e outros assuntos que impactam diretamente a experiência de aprendizagem dos estudantes. Confira! 

    Marco regulatório: uma mudança positiva 


    Paulo Eduardo Martins, diretor de Educação a Distância da Universidade Tiradentes (Unit), de Sergipe, vê o marco regulatório como uma oportunidade pedagógica. "É uma mudança positiva, pois a partir de agora teremos uma visão mais clara dos percursos formativos e do ensino semipresencial, com regras e expectativas bem definidas", acredita.


    A reorganização, segundo o gestor, permitirá modernizar portfólios e atender diferentes perfis de estudantes:

    “Vemos com muito bons olhos a atualização desses processos, pois ela faz com que sejamos disruptivos, introduzindo novidades no mercado e acompanhando as mudanças que, nos últimos anos, têm ocorrido de forma bastante veloz.” 

    Nesse sentido, a colaboração com a Plataforma A é considerada estratégica pelo gestor. "Temos uma parceria saudável e de longa data, baseada no ganha-ganha. Os dois lados ouvem, debatem e chegam a um bom resultado, pois compartilham de valores muito parecidos. Vemos a Plataforma A  como um hub de soluções que olha para o futuro”, reflete Martins. 

    O futuro da inteligência artificial 


    Para o diretor da Unit, a diversidade de perfis de estudantes exige soluções personalizadas, que podem ser obtidas com o uso de inteligência artificial. Ele cita três diferentes tipos: jovens de 18 a 24 anos, que fazem parte da taxa de escolarização líquida; alunos que trabalham e buscam uma qualificação; e pessoas que procuram uma formação rápida. 


    Independentemente do perfil, Martins lembra que o advento da tecnologia é uma realidade que não poderá ser ignorada. “A IA vai chegar para todos. Talvez não com a mesma velocidade, porque são pessoas e gerações distintas. Será um processo natural, e a inteligência artificial deve ser um componente somativo, não de competição, mas para somar no processo de formar pessoas”, projeta. 

    Jeferson Pandolfo, consultor da Hoper Educação especialista em inteligência artificial, observa que a tecnologia já está presente em todo o processo de captação, retenção e na jornada do estudante, de forma aderente a cada público. Também se aplica à governança, à gestão dos processos e à área financeira. O grande desafio, agora, é utilizar a IA generativa com êxito nos processos de aprendizagem. 


    “Muitos projetos não avançam pelas dificuldades de compreender, aplicar e automatizar esses processos — que é onde se imaginam grandes ganhos. Nesse contexto, instituições em que os cursos de tecnologia são mais desenvolvidos acabam liderando as iniciativas. O importante é descobrir qual é a dor de cada IES e o que se espera que a inteligência artificial atenda, sempre com intencionalidade”, ressalta. 

    Pandolfo entende que a educação vive um novo momento, com o marco regulatório da EaD e a retomada do zelo pela interação humana. E a IA consegue atuar desse modo também, personalizando a comunicação e o conteúdo para o aluno, melhorando a produtividade e o processo avaliativo — “que sempre foi o calcanhar de Aquiles da educação”. 


    “Vejamos o chatbot: com assistência 24 horas por dia, sete dias por semana, não é mais preciso esperar o tutor responder. Essa é uma das melhores práticas, mas é importante dar ao estudante a possibilidade de escolher como quer ser atendido”, diz. 


    Diante de tantos desafios, Pandolfo conclui que as IES não devem pensar duas vezes ao buscar apoio de empresas que tenham entendimento sobre como utilizar os recursos tecnológicos da melhor forma. “A Plataforma A é um bom exemplo disso, pois tem participado ativamente do processo de evolução da educação brasileira”, destaca. 

    Transformação digital nas IES 

    Além de aprimorar a experiência de aprendizagem, a tecnologia vem se mostrando uma aliada essencial para as IES nesse novo momento da educação brasileira, ajudando-as a se adequarem às exigências previstas no marco regulatório. Ana Maria Melo, coordenadora geral de Educação a Distância da UNIBR – Faculdade de São Vicente (SP), conta que migrar para o LXP da Plataforma A foi um passo decisivo para facilitar esse processo. 


    “Usávamos o Moodle desde 2017. Funcionava bem, integrado com a SAGAH   — o 'catálogo roxinho', como chamamos carinhosamente a solução da Plataforma A. Mas percebemos que o aluno queria mais interação, mais presença do professor e uma maior sensação de integração com a instituição


    De acordo com a gestora, a adesão ao LXP da Plataforma A trouxe autonomia aos professores e mais engajamento aos alunos. “Conseguimos adaptar nosso projeto pedagógico da EaD ao novo marco regulatório facilmente. Professores e alunos estão adorando, pois há muita interação e recursos disponíveis”, afirma ela. 


    Os recursos permitem que os professores criem web aulas, podcasts e eventos integrados com o Google Meet diretamente na plataforma. Com um clique, já está tudo disponível e vinculado às Unidades de Aprendizagem(UAs). 


    “Antes, tudo era feito via LTI, de forma mais difícil e demorada. Agora, o professor tem muito mais autonomia. As coisas acontecem como se fosse em um passe de mágica”, brinca a educadora, destacando que a tecnologia também facilitou o trabalho da coordenação. 

    Como a Plataforma A tem ajudado as IES na adaptação ao marco regulatório, segundo Raphaela Novaes 


    Matrizes curriculares 


    A coordenadora de Conteúdo da Plataforma A, Raphaela Novaes,  explicou como   a edtech tem ajudado as IES na adequação às diretrizes do novo marco regulatório em diferentes frentes. A primeira delas é a revisão das matrizes curriculares. No momento, 77 opções já estão disponíveis. 


    “Estamos fazendo uma revisão de todas, iniciando pelas licenciaturas, que já têm diretrizes curriculares definidas. A ideia é apresentar às instituições uma proposta de organização de curso e mostrar como a distribuição da carga horária pode se adequar melhor ao marco regulatório, garantindo uma experiência de aprendizagem significativa, que é o nosso objetivo final”, explica a gestora. 


    Processo avaliativo 


    Outra exigência do marco regulatório é que as avaliações contemplem questões discursivas. A novidade traz alguns desafios importantes paras as instituições de ensino, segundo Novaes. 


    Produção de questões discursivas 


    “Na Plataforma A, já começamos a desenvolver um banco de questões discursivas para apoiar as IES. Elas vêm mapeadas a partir das diretrizes curriculares dos cursos e das competências esperadas pelo mercado. A ideia é disponibilizar esse banco para que nossos clientes o utilizem em suas avaliações institucionais”, diz a coordenadora. 


    Porém, nada impede que as IES criem suas próprias questões. “Sabemos que essa é uma demanda importante, e muitas instituições preferem que o docente tenha um papel ativo nesse processo. Por isso, estamos criando uma funcionalidade em que o professor poderá desenvolver questões a partir de rubricas de avaliação que atendam ao novo marco regulatório.” 

    Processo de correção 


    Nessa etapa, o desafio é o grande volume de alunos. Além do mais, é preciso levar em conta que o processo é completamente diferente do que envolve as questões objetivas, que são marcadas automaticamente.Novaes diz que a Plataforma A está avaliando como a inteligência artificial pode apoiar as IES nessa etapa, mas faz questão de ressaltar que o papel humano nunca será deixado de lado


    “A ideia é ter uma rubrica de avaliação bem desenhada, com o apoio do professor, e um padrão de resposta para que a IA forneça um primeiro retorno, com o professor fazendo a validação final”, explica. 


    Autenticação dos estudantes 


    Outra exigência do marco regulatório é a identificação do estudante durante as avaliações presenciais, que agora se tornam obrigatórias na EaD. Também nesse caso, a Plataforma A trabalha em uma maneira segura de identificar e registrar o aluno, garantindo sua identidade no momento da realização da avaliação, avisa Novaes. 


    Um espaço de networking e tendências 


    O FNESP não é apenas um espaço de aprendizado sobre tecnologia e marco regulatório; o fórum também serve como um ambiente de troca de experiências e networking. Além disso, a temática de 2025, focada no desenvolvimento sustentável foi muito elogiada pelos participantes. 


    “É uma excelente oportunidade para líderes, gestores, dirigentes e mantenedores terem contato com o que existe de mais moderno e serem provocados a respeito do que está sendo discutido no mundo da educação. E este ano tivemos um tema superimportante”, avalia Pandolfo. 


    Para Martins, o FNESP deste ano foi simplesmente “fantástico”. “A pauta do desenvolvimento sustentável é pujante, forte e necessária, além de mostrar a responsabilidade das IES como formadoras da sociedade”, elogia. 



    Por Redação

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