Em 2014, um novo sistema de aprendizagem chegava ao mercado com o objetivo de revolucionar o ensino superior brasileiro. Era a SAGAH, solução da Plataforma A que se tornou referência na educação a distância (EaD) e no ensino híbrido ao oferecer um catálogo de objetos de aprendizagem baseados em metodologias ativas — algo inédito até então.
De dez anos pra cá, o mundo mudou bastante, e, por consequência, o modo como aprendemos. A SAGAH não ficou alheia a essas transformações e evoluiu, antecipando tendências e se consolidando como a solução mais completa para as instituições de ensino superior (IES).
O crescimento da EaD
Cursar uma graduação EaD, hoje, é algo natural para a maioria dos estudantes. A facilidade de acesso, tanto pelo aspecto financeiro quanto pela flexibilidade, fez com que a procura pela modalidade crescesse 700% na última década, segundo o Censo da Educação Superior 2022.
Detalhe: em 2016, uma pesquisa realizada pela SAGAH em parceria com a Educa Insights já apontava esse caminho.
Mas em 2014 a situação era completamente diferente. Naquele ano, o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) registrava 700 mil inscritos — depois, o programa entraria em uma vertiginosa queda, causada por uma crise econômica que reduziu a perspectiva de ascensão dos jovens brasileiros e aumentou a inadimplência.
Em 2017, o Desafios da Educação falou sobre a crise do Fies e seu impacto na captação de alunos: Universidades procuram alternativas para captação de alunos sem os riscos do novo Fies.
Sem acesso ao principal subsídio federal para ingressar no ensino superior, as classes C, D e E viram na educação a distância uma saída para cursar uma universidade. O mercado percebeu esse movimento. Em pouco tempo, começaram a proliferar os cursos online. Os conteúdos, porém, repetiam a “cartilha” da educação tradicional.
Consultor da Plataforma A, Gustavo Hoffmann lembra que, no Brasil, o entendimento era de que as modalidades presencial e a distância deveriam andar separadas.
Por exemplo: se houvesse a possibilidade de aplicar 20% do conteúdo online (índice que passou a 40% em 2019), essa carga seria utilizada para converter disciplinas inteiras ao formato EaD, em vez de distribuir por várias matérias. Para ele, o ideal seria justamente o contrário: unir o melhor dos dois formatos em todas as disciplinas, tendo como resultado uma experiência mais inovadora, que é o ensino híbrido.
“Se estávamos convergindo para um único modelo de educação, não fazia sentido separar em 100% EaD ou 100% presencial”, afirma Hoffman. “Desde o início, pensamos não só em promover uma boa linha de conteúdos online, mas também fazer a inversão da sala de aula, começando com um desafio, dando o conteúdo para o aluno e o preparando para, no ambiente presencial, aplicar seu conhecimento por meio de metodologias ativas como peer instruction, Aprendizagem Baseada em Problemas, em Projetos etc.”
Uma nova visão sobre o conteúdo
É nesse contexto que surge a SAGAH, tendo como grande diferencial a entrega de conteúdo em plataforma white-label — ou seja, as IES que adquirissem o produto poderiam se apropriar dele e personalizá-lo como bem entendessem. O modelo, além de facilitar a criação de materiais pedagógicos, convergiu com a necessidade de oferecer uma aprendizagem mais significativa para os estudantes, por meio de trilhas personalizadas e modulares.
“A estrutura dos conteúdos não poderia ser a mesma do formato tradicional, que era basicamente a de uma ‘fábrica’ que embalava as informações e as vendia como uma disciplina fechada, algo quase apostilar. Seria preciso criar uma estrutura atomizada, com componentes que fossem agrupados conforme as necessidades de aprendizagem”, ressalta o consultor em Gestão Educacional Ryon Braga, que atuou no processo de idealização da plataforma.
Rodrigo Severo foi o responsável por entender os desafios e necessidades levantados pela equipe acadêmica e tangibilizar as ideias em um produto que pudesse ser escalável e disruptivo. Observando algumas tendências de outros setores com modelos de licenciamento de conteúdo, criou um modelo de negócio diferenciado e mais aderente a necessidade das IES que dispendiam altos investimentos para criar seus cursos.
Também existia um desafio importante com relação às atualizações de conteúdo, pois, muitas vezes, as IES conseguiam fazer seus conteúdos ou comprá-los de outros fornecedores. Estava aí um desafio enorme para mantê-los atualizados. Desta forma, surgiu a necessidade de ter uma base única de informações, que possibilitasse que atualizações fossem feitas de maneira constante nas Unidades de Aprendizagem, dando celeridade e qualidade a todo processo de ensino aprendizagem.
“Nosso desafio era propor um método de licenciamento sob medida para as instituições de ensino e convencê-las a consumir esse conteúdo. O resultado foi extremamente positivo, tanto que conquistamos diversos parceiros e clientes ao longo dessa trajetória”, avalia Severo, hoje diretor da Plataforma A.
Para otimizar o acesso ao sistema, foram criadas Unidades de Aprendizagem (UAs) com oito componentes, compondo uma trilha que poderia ser feita de acordo com a preferência dos estudantes. Essa estrutura fez com que a SAGAH se destacasse ao antever uma demanda muito latente na educação atual, mas que na época ainda era pouco percebida pelo mercado: a necessidade de personalizar completamente as experiências de aprendizagem.
Conheça mais sobre as Unidades de Aprendizagem:
Por meio de ferramentas de edição cada vez mais dinâmicas, a plataforma viabilizou que instituições de diferentes perfis criassem conteúdo com as suas próprias características de forma ágil e econômica. “Se eu tiver 2 mil IES usando a SAGAH, ainda assim vou ter 2 mil cursos diferentes. Essa personalização até então não era possível, era uma novidade absoluta no setor”, observa Ryon Braga.
A primeira evolução
Em 2017, a Plataforma A já tinha um feedback considerável sobre as funcionalidades da plataforma para poder aperfeiçoá-la. A gerente de Conteúdo da edtech, Daiana Rocha, juntou-se ao time SAGAH com o objetivo de buscar um aprofundamento metodológico e teórico dos conteúdos. Segundo ela, a principal dor das IES era entender como utilizar esse material de maneira mais propositiva e pedagógica.
“A principal dificuldade passava pela mudança de papel do docente, que deixava de ser produtor de conteúdo para se tornar curador desse material. O professor precisava impulsionar os alunos a serem protagonistas e ajudá-los a relacionar o conteúdo teórico a uma prática profissional do dia a dia”, explica.
Ao mesmo tempo em que buscava formas de suprir as demandas docentes, a edtech se preocupava em mapear a experiência dos alunos, para melhorar a funcionalidade dos objetos de aprendizagem. Como exemplo, Daiana lembra que os trechos de livros eram de obras pertencentes ao catálogo dos selos editoriais do Grupo A, escritas por grandes educadores, mas que nem sempre falavam a linguagem do estudante.
“A partir de 2017, o próprio professor que constrói o conteúdo da unidade pode escrever esse capítulo, usando essas obras como referência, mas com uma linguagem dialógica”, ressalta a gerente. O conteúdo dos vídeos também passou por mudanças, sendo reduzido à metade do original (que era entre 10 e 12 minutos), para acompanhar o ritmo de aprendizagem das novas gerações de alunos.
Tudo isso foi desenvolvido em meio a um processo de capacitação, para que os docentes pudessem criar todo o conteúdo dentro de diferentes formatos (de objeto, de capítulo, de vídeo. Posteriormente, todo o material passava por um trabalho de design instrucional para atestar a funcionalidade didática desse conteúdo.
O fator pandemia
A partir de 2020, veio uma nova — e grande — mudança: com a pandemia de covid-19, estudar a distância deixou de ser uma opção e virou uma necessidade. Só que a maioria das IES se limitava a transpor o conteúdo do presencial para o virtual, desconsiderando as peculiaridades de cada formato.
Relembre como foi a dinâmica das IES na época da pandemia
Mais uma vez, a Plataforma A procurou entender as necessidades das IES em um momento de disrupção para o setor. Impulsionada pela consolidação da EaD e pelo distanciamento social, em 2021, a SAGAH passou a contar com 18 mil UAs e mais de 1.000 disciplinas em 74 cursos.
Gustavo Hoffmann lembra que diversificar esse portfólio sempre foi uma preocupação, já que atendia a uma das principais dores das IES (sobretudo as pequenas): a falta de profissionais especializados e recursos para criar conteúdo nativo de qualidade.
“Quando SAGAH chegou, com um acervo que abrangia a maioria dos cursos e boa parte das disciplinas — e, desde o início já com uma quantidade muito grande de UAs —, permitiu que as IES escalassem essa produção sem um investimento inicial muito grande. A partir do momento que não precisavam produzir conteúdo, elas ganhavam velocidade e reduziam custos”, explica.
Entre os destaques da atualização estavam a até então inédita ferramenta de edição de conteúdo, a possibilidade de ocultar itens dentro da UA, a flexibilidade nos exercícios e a adoção de um novo catálogo. Uma estrutura mais robusta de conteúdos, avaliação digital, realidade virtual e aumentada (RV e RA), projetos integradores, TCCs e estágios.
Naquele momento, a SAGAH já estava presente na rotina acadêmica de mais de 1 milhão de estudantes — além de centenas de professores e gestores educacionais.
Novos desafios da educação
Depois da pandemia, a discussão sobre a qualidade da EaD ganhou mais relevância do que nunca, com uma série de medidas restritivas ao formato. A mais recente delas é uma portaria que suspende a criação de novos polos a distância até 2025.
O Desafios da Educação acompanhou o debate e registrou a polêmica suspensão de cursos EaD — um dos mais visados foi o de Psicologia:
E deu um novo panorama sobre os desafios da modalidade:
Alheia a questões burocráticas e jurídicas, a tecnologia avança a passos largos. A partir da chegada do ChatGPT, em novembro de 2022, os impactos da inteligência artificial (IA) generativa na educação ganharam os holofotes na área educacional. Entendendo que esse cenário de incertezas exige mudanças, +A Educação buscou, mais uma vez, entender as dores das IES para desenvolver uma versão ainda mais completa da SAGAH. Em 2024, a solução se transforma em uma plataforma de conteúdo integrado que dispensa a necessidade de um LMS, já que todo o conteúdo é nativo do sistema.
Rodrigo Severo observa que, com o crescimento exponencial da plataforma ao longo dos anos, foi necessário diversificar ainda mais a oferta de recursos. Soluções de realidade virtual e aumentada, além de laboratórios virtuais de startups importantes, a exemplo da Algetec, foram incorporadas ao rol de funcionalidades da plataforma.
Surgia um novo conceito de ensino superior online, agora 100% integrado. A necessidade de um LMS conectado gerava mais trabalho operacional e algumas dificuldades de integração. Por isso, se dedicar à tecnologia sempre foi um alicerce para que as necessidades do mercado fossem atendidas com celeridade.
“Hoje, o cenário está muito competitivo. É preciso oferecer uma solução que tenha todas essas funcionalidades sem ocasionar custos adicionais ao cliente. Com a nova versão da SAGAH, buscamos garantir a geração de saving, mas sempre primando pela qualidade das nossas soluções”, destaca.
As novidades da atualização
A inserção de novos recursos de IA generativa é uma das principais novidades dessa atualização. Agora, os professores poderão subir as ementas das disciplinas no catálogo e conferir as UAs indicadas por inteligência artificial, o que facilita na seleção de conteúdos semelhantes ou recomendados ao seu objetivo.
Na outra ponta do processo de aprendizagem, os alunos em 2025 ganharão o auxílio do Edu, um tutor virtual que não se limita a responder perguntas no padrão do ChatGPT.
A ferramenta se conecta ao perfil do aluno, entende suas necessidades e interage de forma automatizada, tirando dúvidas sobre o conteúdo com respostas baseadas em todas UAs disponíveis em seu catálogo.
Entre as outras novidades da nova SAGAH, estão a possibilidade de gravar áudios e vídeos diretamente na plataforma e a ampliação dos recursos de edição. A montagem das trilhas de aprendizagem também ficou mais fácil, com o progresso das disciplinas aparecendo na tela inicial e em todos os itens do percurso.
O catálogo integrado da SAGAH também está maior: são nada menos que 200 mil objetos de aprendizagem prontos para serem utilizados, incluindo um amplo acervo de vídeos interativos e objetos imersivos de realidade virtual e aumentada. Outro recurso que ganhou um update foi o banco de questões, que agora conta com mais de 120 mil perguntas.
Além disso, as instituições podem opção pelo acesso a outros produtos da Plataforma A, como os laboratórios virtuais, ambientes que simulam um ambiente real e possibilitam que o aluno faça experimentos sem sair de casa; e uma Biblioteca Digital.
“Nesse novo momento, com uma plataforma de conteúdo integrada, a SAGAH dá um avanço significativo para auxiliar docentes e IES a estarem mais perto da realidade dos alunos. Sem a necessidade de se envolver em processos operacionais, que não os pedagógicos, os professores podem voltar toda sua energia para desenvolver uma experiência de aprendizagem mais envolvente”, acredita Daiana Rocha.
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