Debater sobre o futuro da educação é sempre relevante. Em um período de tantas mudanças, decorrentes da pandemia do novo coronavírus, esse debate se torna indispensável. Por isso o Grupo A reuniu sete especialistas para projetar o ensino superior pós-pandemia.
O evento online, ocorrido na última terça-feira (16), foi mediado por Luiz Trivelato, CEO EdTech no Grupo A Educação. Entre os temas abordados no webinar estiveram aprendizagem, captação de alunos e uso de tecnologias. A seguir, o portal Desafios da Educação mostra os principais insights do webinar.
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Ensino e aprendizagem
Diretor do Grupo A e fellow da Universidade Harvard, Gustavo Hoffmann iniciou a sua fala dizendo que o futuro das IES inclui o ensino hibrido e a metodologia da sala de aula invertida. “Teremos mais tecnologia no ensino presencial e mais presencialidade no ensino a distância”.
Hoffmann criticou as aulas conteudistas, explicou as diferenças entre ensino remoto e EAD e disse que as IES precisam apostar em metodologias ativas, currículo baseado em competências, sala de aula invertida e credenciamento da educação a distância.
Captação de alunos e mercado
O tema foi abordado pelo sócio-fundador da Educa Insights, Daniel Infante e Malu Gouveia, diretora da Mais Campus. Eles falaram sobre as mudanças impostas pela crise, mas destacaram que a pandemia serviu apenas para “escancarar a realidade” das instituições de ensino. “Essa é a última chance das IES dizerem “sim” para o ensino a distância”, afirmou Infante.
Gouveia explicou que precificação estratégica não é colocar o menor preço do mercado, mas conhecer o seu público e a sua concorrência. Ela ressaltou também que marketing digital não é apenas ter uma rede social ativa e atendimento online vai além de ter um call center.
Ambos alertaram para os “modelos mágicos” no ensino a distância – que não existem. “Muitos que disseram sim para o EAD, antes da pandemia, não acertaram porque seguiram os modelos mágicos para gestão EAD”, disse Infante.
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Tecnologias no ensino superior
O diretor da Algetec, Vinicius Dias, comentou sobre o uso de novas tecnologias durante esse período – em especial, a crescente busca por laboratórios virtuais. Vistos apenas como uma ferramenta interessante, agora os laboratórios virtuais ganham relevância. “Durante a pandemia eles se tornaram essenciais e tudo indica que os laboratórios vieram pra ficar”, declara.
A Algetec é uma empresa especializada no desenvolvimento de laboratórios físicos e virtuais para cursos de engenharia e saúde nas modalidades presencial e EAD.
Dias explicou como funciona o uso dos laboratórios virtuais e os cursos que ele abrange. Apesar das inovações, o diretor da Algetec diz estarem trabalhando para ampliar a gama de opções dentro da plataforma.
Igor Sales, co-fundador e CEO da Imersys, falou da Ambia, uma plataforma que disponibiliza ferramentas que possibilitam experiências em 360°. Elas podem ser acessadas tanto com óculos de realidade virtual, quanto em computadores e celulares.
Outra solução da Ambia é os simuladores virtuais interativos em 3D, que possibilita, por exemplo, os professores e alunos manusearem livremente um corpo humano com todos os órgãos e sistemas.
A Imersys é uma empresa voltada ao desenvolvimento de soluções para divulgação, treinamento e educação em plataformas interativas de realidade virtual e aumentada.
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