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O que é aprendizagem baseada em coorte?

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O modelo de aprendizagem em coorte vem se popularizando no ensino superior. Com origem no termo em inglês cohort-based learning, essa abordagem consiste em reunir um grupo de alunos para participar simultaneamente de um curso online.

Até aí, parece não haver grandes novidades. Afinal, estamos acostumados a estudar dessa forma desde o ensino básico. E a proposta é mesmo inspirada na sala de aula tradicional.

A diferença é que o modelo em coorte propõe uma abordagem colaborativa na educação a distância (EaD), em que os estudantes compartilham sua compreensão uns com os outros à medida que o curso avança.

A aprendizagem em coorte é um método que aumenta o engajamento dos estudantes. Crédito: Freepik.

Na aprendizagem baseada em coorte, os estudantes têm o mesmo cronograma e devem seguir um prazo determinado para concluí-lo. Essa sensação de pertencimento, aliada à sincronização de atividades, faz com que eles se sintam conectados e motivados para concluir o aprendizado em um horário programado e sem atrasos.

Ou seja, é um método que oferece os benefícios do ensino remoto sem ignorar um de seus principais desafios: manter a interação e a conexão entre as pessoas. Não é o caso dos MOOCs (massive online open courses, ou cursos massivos e abertos online, em português), de aprendizagem assíncrona.

Mesmo com benefícios inegáveis – como economia de tempo e dinheiro, flexibilidade e acessibilidade –, nem sempre os MOOCs conseguem proporcionar uma experiência de aprendizagem envolvente. O resultado é a demora para concluir um curso ou até mesmo o abandono.

Mais interação, mais engajamento

É por isso que os cursos em coorte estão em alta. Como sua proposta é reunir pessoas que compartilham interesses em comum para estudar, a interação se dá em tempo real, e o engajamento acaba sendo mais alto.

Mas atenção: como qualquer outro modelo, ele é aplicável apenas em determinados contextos.

Em artigo para o portal Desafios da Educação, a diretora de planejamento acadêmico presencial e híbrido na Vitru Educação, Thuinie Daros, incluiu o método entre as principais tendências da área. Para ela, a interação do estudante com o criador do curso e com os colegas torna-se chave do processo de aprendizagem.

“Esse tipo de curso se baseia em uma modelagem pedagógica com base na telepresencialidade ativa, projetada para um grupo específico de estudantes que compartilham interesses e objetivos comuns e se reúnem para estudar – o famoso curso ‘nichado’”, resume a gestora educacional.

Na prática: como funciona a aprendizagem em coorte?

No ensino superior, há muitas formas de introduzir a aprendizagem baseada em coorte.

Programas de MBA (Master of Business Administration), oferecidos por escolas de negócios, são um bom exemplo. Os estudantes avançam juntos ao longo do currículo, o que os permite construir uma sólida rede de contatos profissionais e compartilhar experiências práticas de administração e finanças.

Médicos em formação frequentemente passam por programas de residência em coorte, nos quais trabalham juntos em hospitais, aprendendo e praticando habilidades clínicas sob a orientação de profissionais experientes. Além disso, muitas instituições de ensino superior (IES), em seus programas de formação docente, organizam grupos de aprendizes para que possam trabalhar juntos durante o período de capacitação.

E esses são apenas alguns exemplos. A aprendizagem em coorte pode ser aplicada em uma variedade de contextos educacionais para criar um ambiente de aprendizado colaborativo e compartilhamento de experiências entre os estudantes.

Sem deixar ninguém para trás

É evidente que nem todos os alunos têm o mesmo nível de habilidade ou ritmo de aprendizado. Alguns podem ficar para trás, enquanto outros acabam se entediando se o ritmo for muito lento.

Uma possível solução para isso é combinar a aprendizagem em coorte com métodos mais personalizados, como a diferenciação pedagógica/instrucional, para atender às necessidades de todos.

Segundo a gestora educacional Thuinie Daros, uma boa alternativa para explorar os diferenciais desse modelo é mesclar momentos de masterclass com desafios criativos. “Trazer profissionais externos para ampliação de repertórios e networking e criar meetups virtuais são exemplos de atividades que podem fazer parte do itinerário formativo”, afirma.

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1 Comment

  1. Que legal saber mais sobre esse novo modelo de aprendizagem que estão implementando agora, acho super valido as experiencias serem compartilhadas entre os proprios alunos. Na minha opiniao acredito que isso incentive e ate melhore a forma de aprendizagem.

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