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Como a IA ajuda no processo de correção de avaliações

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O processo de ensino e aprendizagem está sempre em transformação, sobretudo na era digital. Mas alguns princípios básicos continuam prevalecendo. Um deles é o de que as avaliações desempenham um importante papel para dimensionar o progresso dos estudantes e fornecer insights sobre a eficácia dos métodos pedagógicos.  

Obviamente, o método de correção de provas e exames evoluiu bastante ao longo dos últimos anos. E a inteligência artificial (IA) é a tecnologia que está por trás dessa dinâmica, ajudando a otimizar o tempo dos professores e permitindo que os alunos recebam um feedback ágil sobre seu rendimento acadêmico. 

A importância do processo avaliativo 

Para ser bem-sucedido, o processo avaliativo deve atender a uma série de objetivos: medir o conhecimento adquirido dos estudantes, verificar as competências que eles desenvolvem e, em determinados casos, diagnosticar falhas no processo de ensino.  

Na educação tradicional, a correção demanda um esforço considerável dos professores, já que as avaliações são aplicadas por meio de provas, trabalhos práticos e participação em sala de aula. Especialmente em turmas grandes, essa tarefa acaba tomando boa parte do tempo dos docentes, que precisam fazer “hora extra” para dar conta de tudo. 

Por causa do volume de trabalho, um aspecto importante da avaliação acaba sendo negligenciado: o feedback. O retorno dos professores é essencial não só para corrigir erros, mas também para promover um aprendizado mais profundo. Sem ele, os alunos têm dificuldade em identificar suas áreas de melhoria e potencializar suas habilidades.  

A melhor forma de resolver esse problema é implementar soluções que integrem a eficiência da correção automatizada com um feedback construtivo, contribuindo com a qualidade do processo educativo e o engajamento dos estudantes. 

Indicadores de satisfação: o papel do NPS 

Um ponto que deve ser levado em conta no processo de automatização das correções é que elas também funcionam como um termômetro para medir o nível de compreensão dos alunos e a eficácia do método pedagógico da instituição. Ao fornecer um retorno rápido e consistente, a IA permite identificar padrões de dificuldades comuns entre os estudantes. 

Por isso, além de medir o desempenho acadêmico, as IES cada vez mais reconhecem a importância de monitorar o grau de satisfação dos alunos em relação ao ensino. Nesse sentido, uma boa estratégia é adotar o Net Promoter Score (NPS), métrica que mede a probabilidade de um estudante recomendar a instituição a outras pessoas. 

Em termos de avaliações, o NPS serve como um impulso para as instituições ajustarem seus métodos pedagógicos — incluindo o processo avaliativo. Quando ele mostra um baixo nível de satisfação, é preciso investigar se os critérios de avaliação estão claros, se há excesso de carga de trabalho para os alunos ou se o feedback oferecido nas correções é suficiente.  

Uma avaliação bem estruturada pode melhorar o desempenho e a satisfação do estudante, impactando diretamente o NPS da instituição. O resultado é um aumento do engajamento e das chances de esse aluno se transformar em um promotor da sua marca. 

O papel dos professores na integração com a IA

O uso de inteligência artificial no processo avaliativo é útil para automatizar a correção de questões objetivas e até mesmo sugerir possibilidades de feedback para respostas dissertativas, com base em padrões estabelecidos. No entanto, os professores continuam tendo um papel fundamental nesse processo.  

A IA pode identificar respostas corretas ou incorretas, mas é o docente que dará o “toque humano” necessário em abordagens mais subjetivas, como uma redação. Dessa forma, é possível ajustar o feedback de acordo com o perfil e as necessidades de cada aluno. 

Benefícios para os alunos  

Para os alunos, as avaliações representam mais do que uma simples métrica de desempenho. Elas são uma oportunidade de entender onde precisam melhorar e consolidar seus conhecimentos. 

Em um ambiente de ensino superior, as avaliações devem, idealmente, ser formativas. Ou seja, precisam fornecer insights que ajudem o estudante a evoluir academicamente. 

A aplicação de tecnologias pode tornar esse processo mais ágil. Avaliações corrigidas por inteligência artificial, quando bem implementadas, ajudam a fornecer um feedback instantâneo, o que contribui para uma curva de aprendizagem mais eficiente. Além disso, a IA analisa padrões de erro e oferece dicas personalizadas para o estudante, permitindo que ele corrija falhas específicas no aprendizado. 

Como funciona a avaliação em cada formato de ensino? 

O uso de inteligência artificial na educação geralmente está associado à educação a distância (EaD) e ao ensino híbrido. Mas nada impede que a IA seja aplicada ao processo de correção de avaliações presenciais — desde, é claro, que algumas condições sejam atendidas. A seguir, falaremos sobre como esse processo funciona nos três formatos. 

Ensino presencial 

Nesse formato, as avaliações podem ser digitalizadas e corrigidas por sistemas que reconhecem respostas em formatos como múltipla escolha ou lacunas. Tecnologias de reconhecimento ótico de caracteres (OCR) permitem que as respostas sejam digitalizadas para posterior correção automática. 

Para questões dissertativas, a IA pode ser treinada para analisar a estrutura, a coerência e a relevância das respostas, comparando-as com padrões previamente estabelecidos. Embora a tecnologia ainda tenha limitações no que diz respeito a avaliar criatividade e nuances de raciocínio, pode fornecer feedback sobre gramática, clareza e estrutura lógica. 

Educação a distância 

Na EaD, as avaliações geralmente são realizadas em plataformas digitais, facilitando a adoção de ferramentas de IA. Seu uso para correções de questões abertas é mais viável, já que a digitalização é padronizada. Algoritmos podem avaliar estrutura, coerência e até ortografia e gramática, oferecendo feedback detalhado. No entanto, a interpretação criativa ou subjetiva ainda requer intervenção humana. 

A verificação da autenticidade das respostas e da identidade do aluno exige métodos mais rigorosos, como uso de biometria, para detecção de fraude, ou softwares de proctoring, para garantir que as avaliações sejam conduzidas de forma ética. 

Ensino híbrido 

Como o ensino híbrido combina características dos formatos presencial e EaD, a abordagem depende da modalidade aplicada. Se preferirem, os professores podem optar pelo uso de IA para atividades online e manter a correção manual para avaliações presenciais. Isso permite uma maior flexibilidade no uso de diferentes ferramentas e estratégias avaliativas. 

Uma vantagem do ensino híbrido é que o feedback pode ser fornecido tanto em sala de aula quanto online. A integração de sistemas digitais permite que os alunos acompanhem seu progresso nas plataformas, recebendo análises detalhadas de suas avaliações. Ao mesmo tempo, o professor pode complementar esse feedback com discussões in loco sobre os resultados. 

Simplificando processos 

Mesmo com o uso da tecnologia, manter a consistência do processo de correção de provas pode ser desafiador, ainda mais se o ambiente virtual não oferecer alternativas que facilitem o trabalho. Para o gerente executivo de Tecnologia e Inovação da Plataforma A, Jackson Braga Fernandes, o uso de inteligência artificial deve simplificar a jornada de aprendizagem, de modo que todos saiam ganhando. 

“As IES querem ter mais alunos, mais qualidade e menos evasões. Como fazer isso? Proporcionando uma experiência melhor para o estudante, para que ele tenha mais satisfação. Se ele conseguir aprender e se organizar dentro do ambiente de aprendizagem, isso vai se refletir também no NPS que a instituição vai ter”, observa. 

O especialista enfatiza que, dentro da Plataforma A, a adoção de IA é fundamentada pelo que um corretor humano faria, observando aspectos como ortografia, se o aluno se ateve ao tema etc. “Estamos aplicando inteligência artificial na parte de gestão de projetos de extensão, já que são muitos. As IES não estavam dando conta dessa tarefa”, explica.

A tecnologia foi implementada por meio da Algetec, com um cliente-piloto que possui um laboratório de extensão. “O conteúdo é introduzido de acordo com o roteiro preparado para aquele trabalho. A partir disso, a IA deu o feedback dela, validando o processo. O resultado é uma melhora operacional, com ganho de produtividade e redução de custos para a instituição.” 

Fernandes também destaca a solução AvaliA como uma forma de simplificar o processo avaliativo das instituições de ensino. Ao centralizar as avaliações em um único lugar, ela torna desnecessário o uso de múltiplas plataformas.  

Além disso, a solução fornece uma visão mais abrangente dos resultados. “Depois de um processo de ciclos de avaliações, o AvaliA mostra onde estão os gaps daquela instituição, para que a IES tenha, a partir disso, insumos para o plano de ação que vai implementar. Ou seja, não se trata apenas de uma aplicação de avaliação, mas de uma ferramenta de resultados para todo o processo de ensino e aprendizagem”, diz o gestor. 

Na prática 

Para os professores, a integração com a plataforma SAGAH simplifica essa tarefa, oferecendo ao docente duas opções: corrigir por questão ou por aluno. Na primeira, basta atribuir a nota, personalizar o feedback e enviar a correção.  

Como forma de otimizar o processo, também é possível escolher um padrão de resposta. Optando pela correção por aluno, todas as questões, objetivas e discursivas, aparecem separadas por estudante, com um filtro indicando as avaliações corrigidas, não corrigidas ou sem resposta.  

Na demonstração abaixo, você entende como corrigir exames, provas e testes através da ferramenta:  

Ainda no quesito avaliações, o acervo da Plataforma A facilita bastante a vida dos educadores, já que disponibiliza um banco com mais de 120 mil questões — não apenas autorais e associadas às Unidades de Aprendizagem, mas também de exames nacionais e concursos públicos. 

Quer conhecer melhor as soluções que a Plataforma A oferece para otimizar o processo de correção de avaliações? Entre em contato conosco.

Redação
A redação do portal Desafios da Educação é formada por jornalistas, educadores e especialistas em ensino básico e superior.

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