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Como aplicar o microlearning no ensino superior?

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Não é de hoje que as diferentes metodologias de ensino tentam criar uma aprendizagem mais significativa, prática e, consequentemente, memorável.

Atualmente, uma forma de implementar trilhas de aprendizagem que engajem ainda mais os alunos, é por meio do microlearning, ou microaprendizagem. Essa abordagem se diferencia por utilizar aulas divididas em “pequenas partes”, com durações menores do que as aulas tradicionais.

O que é microlearning?

O modelo já é apontado como uma tendência, principalmente na educação a distância (EaD). No entanto, surgiu, como uma alternativa para o treinamento profissional, tendo em vista o pouco tempo disponível para a capacitação dos funcionários.

Ao longo dos anos, os resultados positivos da prática apareceram no ensino superior. Mas atenção: é importante saber quando e para qual finalidade usar essa metodologia, uma vez que ela não pretende ser abrangente como um curso de longo prazo. Ou seja, ela precisa ser adaptada ao objetivo a ser alcançado.

Um dos principais exemplos da abordagem é o TED Talks. A plataforma foi pioneira na aplicação do microlearning, ao produzir palestras de no máximo 20 minutos de duração. Por lá, os especialistas abordam temas bem definidos, formulados em perguntas. Outro modelo de microlearning é o Duolingo, uma plataforma de ensino de idiomas. Por meio da gamificação, ela promove a memorização de línguas em testes que duram menos de 15 minutos.

Os benefícios do microlearning

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade Federal Fluminense revela os benefícios do microlearning e quais as melhores formar de aplicá-lo no ensino superior. Entre as principais promessas da abordagem estão o aumento de engajamento, mais participação dos alunos e evolução no desempenho.

Abordagens de ensino mais dinâmicas fazem com que o aluno se canse menos e consiga se manter concentrado. Elas ainda contribuem para que o estudante consiga estabilidade nos estudos, o que, por sua vez, potencializa a memorização do conhecimento.

Outro benefício do microlearning é que ele combina perfeitamente com o mobile learning — aprendizagem por meio de dispositivos móveis. Em um país em que 92 milhões de pessoas acessam a internet apenas pelo telefone celular, é imprescindível que as instituições de ensino superior (IES) pensem em alternativas para tornar o ensino mais acessível.

Microlearning no ensino superior

A metodologia não significa apenas dividir conteúdos em partes menores, apesar de ser conhecida e associada a esta característica. É necessário planejar estudar técnicas para que seja feito o máximo proveito da metodologia.

Dicas de como desenvolver o microlearning no ensino superior

Prefere ler este conteúdo em um carrossel? Veja abaixo:

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Transmissão do conteúdo por diferentes recursos

Aprender apenas com aulas expositivas, textos densos e longos, já é algo do passado. As possibilidades que a tecnologia têm oferecido para o Ensino Superior vão muito além da apresentação de slides e aulas maçantes.

O microlearning pode e deve ser veiculado por outros meios, como por exemplo:

  • Gamificação
  • Vídeos curtos e interativos
  • Animações com storytelling
  • Quizzes
  • Podcasts
  • Infográficos
  • Webséries
  • Pequenas entrevistas
  • Estudos de caso
  • Conversas com especialistas

Outra possibilidade que tem sido engajadora para os alunos são as experiências imersivas. Imagine você fazendo um passeio virtual com seus alunos na Usina Hidrelétrica de Itaipu ou em uma UTI Neonatal. Os vídeos 360° são conteúdos de consumo relativamente curtos mas que agregam muito valor para a marca das IES, além de serem um elemento de encantamento muito potente para captação de alunos.

Veja abaixo um trecho do tour virtual pela Usina Hidrelétrica de Itaipu:

Adaptação do conteúdo para dispositivos móveis

Como o acesso ao conteúdo é realizado pelo celular na maioria dos casos, os materiais de microlearning precisam corresponder a essa realidade. Isso significa que é preciso pensar no ambiente virtual de aprendizagem em que estes conteúdos serão ofertados. Até porque não é qualquer AVA que está preparado para uma experiência de usuário que contemple diversos formatos.

O layout do ambiente virtual ou LXP utilizado pela IES, precisa adaptar o conteúdo para o formato de tablets e celulares de todos os tamanhos.

Indicação de materiais densos

O aluno é o protagonista de seu aprendizado. Por isso, para que ele consiga se aprofundar em cada tópico do ensino, é importante levar a aprendizagem para além do microlearning. Livros, palestras e outros materiais mais extensos sobre o tema estudado são ótimas opções.

O que é importante ressaltar sobre a metodologia, é que um formato mais denso não vai excluir o outro material curto, é preciso combinar as abordagens para uma formação completa e eficiente.

Integração com espaços interativos

É fundamental estimular a interação dos estudantes com os professores para que os conteúdos sejam debatidos de modo a estimular a comunicação e o pensamento crítico. Este tipo de comunicação e troca de informação entre alunos e mediadores pode ser feita de diversas formas, seja em contato por meio de vídeos curtos, feedbacks, conversa por chat no AVA.

Você está pronto para implementar microlearning na sua Instituição? Conheça o portfólio de objetos de aprendizagem para colocar a metodologia em prática.


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Redação
A redação do portal Desafios da Educação é formada por jornalistas, educadores e especialistas em ensino básico e superior.

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