Ensino superior: como definir metas e realizar o planejamento comercial

Renata Cardoso • 31 de janeiro de 2022

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    Em 2021, o número de alunos que frequentaram uma graduação ultrapassou os 8,3 milhões. Na comparação com 2020, houve uma queda de 5% nas matrículas no ensino superior – uma cifra nada animadora.

    As informações são da “Pesquisa de Graduação e Pós-graduação” , realizada pelo Semesp, instituto que representa as mantenedoras do ensino superior no Brasil. O levantamento teve como base os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua).

    Mas nem tudo é terra arrasada no setor. O último estudo Termômetro de Captação , da consultoria Educa Insights, aponta uma tendência de retomada a partir do primeiro semestre de 2022, quando as intenções de matrícula devem voltar ao patamar pré-pandemia.

    Nesse cenário, como as instituições de ensino superior (IES) podem definir metas e realizar um planejamento comercial robusto para os próximos meses?

    Passo a passo

    De acordo com o consultor da Plataforma A , Joselito Moreira Chagas, o primeiro passo é ter um diagnóstico financeiro detalhado e conhecer o ponto de equilíbrio de cada curso – ou seja, o número de alunos necessários para pagar os custos da graduação. E, ao mesmo tempo, fazer a lição de casa, otimizando recursos e enxugando custos, o que se tornou uma exigência durante a pandemia.

    Além disso, é essencial estar atento às especificidades e vocações econômicas da região onde a IES está localizada – se predominam os serviços, a indústria, o comércio, a saúde, entre outras áreas. E, assim, explorar os cursos mais voltados para essa realidade.

    Em um mercado competitivo como o do ensino superior, também é fundamental encontrar diferenciais em relação às concorrentes. Isso passa, entre outros aspectos, por um projeto acadêmico que se destaque, com uma matriz curricular por projetos ou competências.

    Quais os principais desafios

    Para realizar o planejamento comercial e definir metas, é preciso repensar o modelo pré-pandemia, levando em conta a quantidade de alunos que a IES ganhou ou perdeu. Dessa forma, é possível entender qual é o horizonte e as possibilidades de crescimento.

    Em relação aos professores, tudo passa por incluir a qualificação docente na equação. Entre as possibilidades de treinamento, estão atualizações sobre temas como aprendizagem ativa , aplicação da extensão nos currículos e a condução do ensino a distância (EaD) de forma integrada ao presencial.

    Segundo Chagas, antes de definir as estratégias de captação e retenção de alunos, as instituições devem conhecer seu público e sua realidade. A atenção aos estudantes, acolhimento e o alinhamento estratégico entre a alta gestão e a gestão acadêmica resultam em uma abordagem contínua e integrada. O objetivo é minimizar ao máximo a evasão e a inadimplência.

    Monitoramento é palavra de ordem

    Não há como projetar o futuro sem ter dados reais em mãos para trabalhar: quantos alunos por curso, como está a situação de inadimplência, quais os principais gaps de gestão.

    Conhecer a fundo a situação da IES permite a rápida correção de erros e a superação de gargalos potencialmente prejudiciais. Além disso, o acompanhamento dessas informações traz insights que podem gerar oportunidades.

    A gestão acadêmica não pode ficar de fora dessa discussão. Ela deve trabalhar em conjunto com a área comercial e o setor de marketing.

    Cabe a essa “tríplice aliança” condensar informações e desafios. Nesse sentido, vale a pena realizar debates contínuos a respeito dos dados, estabelecendo ações coordenadas para o alcance e manutenção da saúde financeira e acadêmica.

    Como inovar

    Para se manter competitivo, é necessário acompanhar o mercado. Estudar novas parcerias e readequações – especialmente aquelas relacionadas aos custos de contratos e terceirizações – tende a trazer bons resultados.

    Já as plataformas de conteúdo, bibliotecas virtuais, ambientes virtuais de aprendizagem , entre outras ferramentas, podem ajudar a reduzir os gastos e agregar qualidade pedagógica.

    “Sem dúvida, essas iniciativas são oportunidades ímpares de transformar um negócio no ensino superior em um modelo sustentável”, garante Chegas, da Plataforma A.

    Por Renata Cardoso

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