Ensino Básico

MEC lança cartilha que propõe método fônico para alfabetização

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Política Nacional de Alfabetização

Lançamento a cartilha da Política Nacional de Alfabetização (PNA). Crédito: Luis Fortes/MEC.

O Ministério da Educação (MEC) lançou, nesta quinta-feira (15), uma cartilha que descreve a nova Política Nacional de Alfabetização (PNA). Anunciada em abril, a PNA do governo de Jair Bolsonaro foca no chamado método fônico – pelo qual se ensina, primeiro, os sons de cada letra para, depois, ao misturar as letras, se chegar à pronúncia completa das palavras.

A PNA estabelece diretrizes para ações e programas governamentais voltados à diminuição do analfabetismo no país. A ideia é que as escolas passem a alfabetizar as crianças no primeiro ano do ensino fundamental – geralmente aos 6 anos de idade.

Em 2017, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que define o mínimo que os estudantes devem aprender a cada etapa de ensino, estipulou que as crianças fossem alfabetizadas até o 2º ano do ensino fundamental, o que normalmente ocorre aos 7 anos. Já pelo Plano Nacional de Educação (PNE), as crianças devem ser alfabetizadas, no máximo, até o fim do 3º ano do ensino fundamental. Ou seja, aos 8 anos de idade.

Leia mais: Como funcionará a avaliação da alfabetização por amostragem

Apoio de pais e mestres

Durante a cerimônia de lançamento da nova cartilha (vídeo), o ministro da Educação, Abraham Weintraub, pediu “para que a alfabetização tenha critérios científicos”. Por isso, o material da PNA trará relatórios técnicos internacionais que abordam conceitos sobre alfabetização, literacia e numeracia, por exemplo. 

O encontro ocorreu sem a participação de lideranças da Undime, órgão que representa as secretarias municipais de educação – responsáveis pelas matrículas da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental.

Por outro lado, a presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Cecília Mota, destacou, no evento, o papel do professor para se alcançar os objetivos de alfabetização: “Não interessa o método aplicado pelo professor. Interessa que a criança aprenda. Então é uma questão de formação do professor. Ele precisa ser bem preparado para ter eficiência no processo de alfabetização”.

Mota acrescentou que o papel da família também é fundamental, principalmente se os pais tiverem o hábito da leitura e se tiverem em casa uma biblioteca com livros infantis.

“O Brasil, no entanto, é um país pobre onde muitos pais não leem ou não têm o hábito da leitura. Isso realmente tem um impacto negativo sobre a aprendizagem”, ponderou Mota.

A cerimônia desta quinta-feira também marcou o lançamento da Conferência Nacional de Alfabetização Baseada em Evidências (Conabe). Trata-se de um evento científico para consolidar o foco do governo federal na alfabetização como prioritário na educação. A conferência ocorrerá entre os dias 22 e 25 de outubro, em Brasília.

Leia mais: Magda Soares: “Estou indignada com o MEC”

*Com informações da Agência Brasil.

Redação Pátio
A redação da Pátio – Revista Pedagógica é formada por jornalistas do portal Desafios da Educação e educadores das áreas de ensino infantil, fundamental e médio.

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2 Comments

  1. Excelente o método fônico.

  2. Enfim, a vez e a hora de aprender. Método fônico eficiente usado por países de primeiro mundo.

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