Assíncrona, síncrona ou síncrona mediada? Entenda as diferentes atividades no novo cenário da EaD

Redação • 12 de junho de 2025

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    O novo marco regulatório da educação a distância (EaD) no Brasil, publicado em maio de 2025, trouxe mudanças significativas para o planejamento das instituições de ensino superior (IES). Uma delas diz respeito aos modelos de atividade previstos, que incluem uma definição até então pouco conhecida nos cursos de graduação: a de atividades síncronas mediadas. 

     

    Mas, afinal, o que é uma atividade síncrona mediada? O que a diferencia da atividade síncrona não mediada — e mesmo da assíncrona? Em quais modalidades (presencial, semipresencial e EaD) cada formato pode ser oferecido? De que maneira explorar essa diversidade para estimular a autonomia e o engajamento dos estudantes? 

     

    Com a ajuda de Daiana Rocha, gerente executiva da Plataforma A, e Raphaela Novaes, coordenadora de Negócios da Edtech, o Desafios da Educação destrincha esses formatos e mostra como eles podem ser utilizados de maneira estratégica pelas IES. 

     

    Desvendando os formatos 


    Apesar do nome, o que o marco regulatório da EaD (denominado pelo Ministério da Educação como “Nova Política de Educação a Distância”) propõe é uma reorganização estrutural do ensino superior

     

    O Decreto Nº 12.456 estabelece diretrizes para a oferta de cursos presenciais, introduz a modalidade semipresencial — que, na prática, já existia e era conhecida como ensino híbrido  — e define os tipos de atividades formativas que podem compor a carga horária dos cursos. 


    O decreto sobre a Nova Política de Educação a Distância define os seguintes formatos de oferta:   

     

    • Presencial: caracterizado pela oferta majoritária de carga horária presencial física, com até 30% no formato EaD.   
    • Semipresencial: composto por, pelo menos, 30% da carga horária em atividades presenciais físicas (estágio, extensão, práticas laboratoriais) e, pelo menos, 20% em atividades presenciais ou síncronas mediadas
    • EaD: caracterizado pela oferta preponderante de carga horária a distância, com limite mínimo de 20% atividades presenciais e/ou síncronas mediadas, com provas presenciais. 

    Definir a carga horária de um curso, portanto, passa por entender como essas atividades são classificadas dentro da EaD. E não somente para garantir conformidade com a legislação, mas também para aproveitar todo o potencial pedagógico que cada uma delas pode proporcionar. 


    Em relação às atividades, o decreto relaciona os seguintes formatos:


    • Presencial: atividade realizada com a participação do estudante e do docente (ou de outro responsável pela atividade formativa, no caso o mediador pedagógico), em lugar e tempo coincidentes; 
    • Síncrona: realizada na EaD, com recursos de áudio e vídeo. Estudante e docente (ou mediador) se encontram em lugares diferentes, mas em tempo real; 
    • Síncrona mediada: atividade a distância e em tempo real, realizada com participação de um grupo de, no máximo, 70 estudantes por docente ou mediador pedagógico e com controle de frequência; 
    • Assíncrona: atividade de educação a distância na qual o estudante e o docente (ou mediador) estejam em lugares e tempos diversos. Ou seja, o aluno acessa o conteúdo no horário que preferir, sem necessidade de estar online ao mesmo tempo que o professor. 

     

    Enquanto o conceito de atividade presencial é óbvio, os demais formatos — todos relacionados à EaD — podem gerar dúvidas. Por exemplo: em que contexto é mais adequado aplicar uma atividade síncrona mediada, e não apenas síncrona? 

     

    O fato é que a mudança já está em vigor, e as IES têm um prazo de dois anos para fazer a adaptação gradual dos cursos. Nesse sentido, a melhor forma de realizar uma transição tranquila é saber como trabalhar essas diferentes atividades. 


    Como aplicar cada tipo de atividade 

     

    Para Raphaela Novaes, ao mesmo tempo que traz desafios operacionais, a mudança convida a repensar o papel da tecnologia e da mediação pedagógica no ensino superior

     

    “É muito interessante ver como o ensino a distância está se tornando mais estruturado, com exigências mais claras de qualidade — e isso pode ser uma grande oportunidade para as IES inovarem em seus modelos”, acredita.

    De acordo com a coordenadora, a combinação de formatos traz flexibilidade. “As atividades síncronas, por exemplo, podem ser momentos preciosos de conexão entre alunos e professores, principalmente quando bem planejadas para discussões, resolução de problemas em grupo ou mentorias”, afirma. 


    Trilhas com propósito desde o início


    Ela destaca que as Unidades de Aprendizagem da Plataforma A já contam com uma estrutura pensada para proporcionar essas discussões. “É o caso do desafio, colocado no começo da trilha para provocar o aluno sobre a conexão do conteúdo abordado com a realidade profissional e buscar resolver problemas.”


    No formato assíncrono, segundo Novaes, a dica é apostar na personalização das UAs, de modo que se adaptem à realidade de cada IES, mas entendendo que as unidades já são pensadas com objetos de aprendizagem dinâmicos e interativos, tais como infográficos, vídeos e exercícios. 

     

    Engajamento e competências como norte


    Segundo Daiana Rocha, as IES precisam compreender as atividades não apenas como formas didáticas de entrega de conteúdo, mas como estratégias pedagógicas que promovem diferentes níveis de engajamento, autonomia e desenvolvimento de competências.


    A gestora destaca que, para além do aspecto regulatório, a escolha da modalidade deve considerar a natureza das competências que o curso precisa desenvolver, o perfil do estudante e a infraestrutura disponível  (física e digital). 

     

    “Cursos com foco em prática supervisionada e forte interação podem demandar uma carga maior de encontros síncronos e/ou presenciais. Já áreas mais teóricas podem se beneficiar de percursos assíncronos bem estruturados, com apoio de tecnologia e conteúdo em diferentes formatos”, pondera.


    Quando usar cada abordagem? 

     

    • Síncrono: “Ideal para momentos de troca ativa, como discussões críticas, resolução de dúvidas e seminários colaborativos”. 
    • Assíncrono: “Favorece a aprendizagem reflexiva e autônoma, com conteúdos que podem ser revisitados, como vídeos, podcasts, laboratórios virtuais e objetos 3D”.
    • Síncrono mediado: “Surge como uma ponte entre os dois, integrando a mediação pedagógica em tempo real com elementos de personalização da experiência de aprendizagem o que fomenta a criatividade, tomada de decisão entre outras competências necessárias e principalmente exigidas pelo mercado de trabalho”.


    Como os laboratórios virtuais se encaixam nesse novo cenário? 


    Mesmo sob a ótica de um novo marco regulatório, os laboratórios virtuais continuam tendo um papel fundamental na formação prática. Por meio deles, os estudantes têm a possibilidade de vivenciar uma experiência imersiva e interativa, com alta fidelidade em relação aos procedimentos e equipamentos dos espaços físicos. 


    Daiana Rocha destaca que, ao serem integrados a roteiros de atividades orientadas por problemas (PBL), os laboratórios virtuais podem oferecer ao estudante um espaço para experimentação segura. 

     

    Com simulações e feedback automatizado, eles permitem repetir experiências, testar diferentes cenários e desenvolver habilidades cognitivas e técnicas com autonomia. “A atividade assíncrona ganha mais profundidade ao deixar de ser apenas teórica e se tornar experiencial”, observa. 

     

    Por sua vez, Raphaela Novaes considera que as atividades síncronas mediadas por tecnologia (como aulas ao vivo com mediadores pedagógicos) podem funcionar como uma ponte entre o conteúdo e a prática — especialmente se houver integração entre esses ambientes. 

     

    “Imagine que o estudante realize uma prática de laboratório virtual e depois, durante o momento síncrono mediado, o mediador pedagógico promova uma discussão sobre as dificuldades encontradas na realização da prática”, diz a coordenadora.

     

    Outra possibilidade para esse formato, segundo ela, seria “trabalhar com as questões de pré e pós testes para verificar o desempenho dos alunos antes e depois da realização de um experimento”. 

     

    Rocha complementa observando que esses equipamentos podem beneficiar todas as modalidades de ensino, e não somente a educação a distância. “Na EaD, os laboratórios virtuais democratizam o acesso a práticas que seriam inviáveis em ambientes físicos, tanto por custo quanto por logística”, afirma. “No presencial, funcionam como extensão do espaço físico, permitindo pré-treinamento ou aprofundamento pós-aula, reforçando o modelo semipresencial”. 


    Conheça os laboratórios virtuais da Plataforma A 


    Ao assimilar as distinções entre atividades síncronas, assíncronas e síncronas mediadas, sua IES está dando o primeiro passo para atuar com eficiência no cenário atual da EaD. A próxima ação para oferecer uma formação completa e alinhada com os parâmetros de qualidade da Nova Política de Educação a Distância é integrar tecnologia a essas práticas.

    Nesse sentido, os laboratórios virtuais da Plataforma A surgem como uma excelente opção, pois permitem que os alunos realizem experimentos práticos em ambiente digital com o mesmo rigor científico das atividades presenciais. São mais de 1.000 opções disponíveis nas áreas de Saúde, Exatas, Ciências Naturais, Humanas e Ciências Sociais Aplicadas. E o melhor: elas podem ser aplicadas em qualquer modalidade de ensino

     

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    Por Redação

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