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A metacognição é a capacidade do ser humano de monitorar e autorregular os processos cognitivos. Segundo o artigo “ A metacognição como estratégia reguladora da aprendizagem ”, escrito pelas psicólogas Graciela Inchausti de Jou e Tania Mara Sperb, essa capacidade tem a ver com a percepção de cada um sobre sua própria existência.
Podemos dizer que é isso que permite ao ser humano observar e corrigir seus pensamentos e ações, desenvolvendo estratégias cada vez mais sofisticadas para construir o conhecimento.
Metacognição é a capacidade refletir sobre o próprio pensamento. Crédito: Gustavo Diehl/UFRGS.
Vários trabalhos mostram a metacognição como um fator determinante na aprendizagem formal. Funciona mais ou menos da seguinte forma: ao começar a resolver um problema, o aluno lê as informações e faz uma primeira representação mental a partir dos dados disponíveis e dos conhecimentos relacionados a ele que são ativados na memória.
Depois disso, elabora um modelo de resolução para a questão, que vai sendo refeito continuamente até a resolução final. Assim, desde o primeiro momento, trabalha-se com modelos que são monitorados e modificados ao longo do processo , por meio do sistema metacognitivo.
Logo, a metacognição não se caracteriza somente como conhecimento sobre cognição, “mas como uma fase de processamento de alto nível que é adquirida e desenvolvida pela experiência e pelo acúmulo do conhecimento específico”, descrevem as autoras.
O funcionamento desse sistema foi verificado em diversos estudos, com ênfase para áreas específicas, como a leitura compreensiva. A partir desse tema, por exemplo, é possível apontar algumas conclusões:
Através da metacognição, o indivíduo consegue monitorar, autorregular e elaborar estratégias para potencializar sua cognição.
No estudo acadêmico, à medida que os alunos adquirem maior experiência, conseguem fazer melhor uso do tempo de estudo, aperfeiçoando as estratégias utilizadas para construir o conhecimento.
Jou e Sperb apontam três estratégias metacognitivas básicas:
Nessa perspectiva, alunos que saibam utilizar essas estratégias metacognitivas são aprendizes eficientes. Para além das questões mais específicas da aprendizagem, especialmente em um cenário de constante evolução tecnológica, a metacognição ganha ainda mais importância.
Para o diretor acadêmico do Instituto de Tecnologia Turing/ITuring e membro da Academia Brasileira de Educação, Ronaldo Mota, a metacognição é aquilo que vai além do simplesmente conhecer. “Trata-se da nossa capacidade extremamente humana de refletir sobre a própria reflexão”, pontuou durante o webinar “Inteligência Artificial no Ensino Superior ”.
Assista:
Ele destaca a aptidão humana de aprender a aprender, mas frisa principalmente sua relação com os aspectos socioemocionais – como a capacidade de pensar e analisar de forma crítica e abstrata os próprios pensamentos -, indo para além do processo instrucional em si.
Para Mota, o objetivo deve ser formar pessoas aptas a explorar os seus talentos metacognitivos. “A metacognição é você ir além da empatia. É a empatia aplicada, que é a compaixão: entender o outro e fazer algo em função disso”, afirmou.
“É isso que habilita alguém ser mais capaz de trabalhar em equipe, por exemplo. O que provavelmente as máquinas um dia conseguirão, mas não com o nível de sofisticação e habilidade que nós, humanos, esperamos ter.”
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Por Renata Cardoso
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