Nesta segunda-feira (15), o Center for World University Rankings (CWUR) publicou a sua já tradicional lista de melhores instituições de ensino superior (IES) ao redor do mundo. O ranking existe há 12 anos e confere notas até 100. Nesta edição foram classificadas 20.531 instituições e as que ficaram no topo integraram a lista Global 2000.
Metodologia
O CWUR usa sete indicadores agrupados em quatro áreas para classificar as universidades. São eles:
1) Educação: é medido pelo número de egressos de uma universidade que obtiveram distinções acadêmicas de prestígio em relação ao tamanho da universidade (25%).
2) Empregabilidade: é avaliado pelo número de ex-alunos de uma universidade que ocuparam cargos de liderança em grandes empresas em relação ao tamanho da universidade (25%).
3) Corpo docente: mensurado pelo número de membros do corpo docente que receberam distinções acadêmicas de prestígio (10%)
4) Pesquisa:
- Produção: número total de trabalhos de pesquisa (10%);
- Publicações de alta qualidade: quantidade de artigos que aparecem em periódicos de primeira linha (10%);
- Influência: medida pelo montante de artigos que aparecem em periódicos altamente influentes (10%);
- Citações: soma dos trabalhos altamente citados (10%).
As melhores do mundo
Levando em consideração os aspectos mencionados, o pódio é composto por três instituições estadunidenses, já famosas por sua excelência: Harvard University, Massachusetts Institute of Technology (MIT) e Stanford University. Pelo 12º ano consecutivo, Harvard, que atingiu em 2023 a nota máxima, é a melhor universidade do mundo, de acordo com o ranking.
Os Estados Unidos é o país mais representado na lista, com 332 universidades. O número de IES chinesas entre as 2.000 melhores agora é de 314. O Japão – liderado pela Universidade de Tóquio, em 13º lugar – tem 114.
O número de instituições do Reino Unido presentes no ranking este ano é 93. A Universidade de Cambridge é a melhor universidade pública do mundo pelo 10º ano consecutivo.
Com a PSL University no nº 21, a França tem 76 representantes no top 2000. Já a Rússia conta com 43 IES na lista do CWUR.
A Universidade de Melbourne ocupa o primeiro lugar na Oceania, a Universidade de São Paulo (USP) lidera a América Latina e a Universidade da Cidade do Cabo ocupa a primeira posição na África.
As dez melhores do mundo:
- Harvard (EUA)
- MIT (EUA)
- Stanford (EUA)
- Cambridge (Reino Unido)
- Oxford (Reino Unido)
- Princeton (EUA)
- Chicago (EUA)
- Columbia (EUA)
- Pensilvânia (EUA)
- Yale (EUA)
América Latina e Caribe
A USP é a IES com melhor qualificação do Brasil e da América Latina. Ainda assim, caiu seis posições em relação ao último levantamento, ficando em 109º lugar. A universidade perdeu pontos em qualidade do ensino, empregabilidade e qualidade do corpo docente, mas melhorou no indicador de desempenho em pesquisa.
As dez melhores da região:
- USP (posição geral: 109ª)
- Universidade Nacional Autônoma do México (276ª)
- Unicamp (344ª)
- UFRJ (376ª)
- Universidade de Buenos Aires (382ª)
- Pontifícia Universidade Católica do Chile (390º)
- Unesp (424º)
- Universidade do Chile (438º)
- UFRGS (467º)
- UFMG (503º)
Ao todo, o País conta com 54 universidades na lista. Dessas, 23 melhoraram em relação ao ano passado, duas mantiveram suas posições e 29 caíram.
“Embora o Brasil esteja bem representado no ranking deste ano, as principais instituições do País estão sob pressão crescente de universidades bem financiadas de todo o mundo. O financiamento para promover ainda mais o desenvolvimento e a reputação do sistema de ensino superior é vital se o Brasil aspirar a ser mais competitivo no cenário global” afirmou Nadim Mahassen, presidente do CWUR em comunicado.
A respeito do resultado do levantamento, o Ministério da Educação (MEC) informou à Agência Brasil que o trabalho atual é de recomposição do orçamento da pasta, que sofreu perdas no governo anterior, e para diminuir os efeitos da pandemia que atingiu todas as dimensões do ensino no País.
O MEC acrescentou que todas as ações implementadas têm como finalidade ampliar as oportunidades de acesso e permanência dos jovens nas IES. “Neste ano, já foram anunciados R$ 2,44 bilhões em investimentos para fortalecer a educação superior e o ensino profissional e tecnológico público, recuperando a tendência de cortes e contingenciamentos dos últimos anos”, explicou o ministério.
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