Ensino Superior

Ranking aponta as melhores IES de 2023. Conheça as brasileiras na lista

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Nesta segunda-feira (15), o Center for World University Rankings (CWUR) publicou a sua já tradicional lista de melhores instituições de ensino superior (IES) ao redor do mundo.  O ranking existe há 12 anos e confere notas até 100. Nesta edição foram classificadas 20.531 instituições e as que ficaram no topo integraram a lista Global 2000.

Universidade de São Paulo é a instituição brasileira melhor colocada no ranking. Crédito: Cecília Bastos/USP Imagens.

Metodologia

O CWUR usa sete indicadores agrupados em quatro áreas para classificar as universidades. São eles:

1) Educação: é medido pelo número de egressos de uma universidade que obtiveram distinções acadêmicas de prestígio em relação ao tamanho da universidade (25%).

2) Empregabilidade: é avaliado pelo número de ex-alunos de uma universidade que ocuparam cargos de liderança em grandes empresas em relação ao tamanho da universidade (25%).

3) Corpo docente: mensurado pelo número de membros do corpo docente que receberam distinções acadêmicas de prestígio (10%)

4) Pesquisa:

  1. Produção: número total de trabalhos de pesquisa (10%);
  2. Publicações de alta qualidade: quantidade de artigos que aparecem em periódicos de primeira linha (10%);
  3. Influência: medida pelo montante de artigos que aparecem em periódicos altamente influentes (10%);
  4. Citações: soma dos trabalhos altamente citados (10%).

As melhores do mundo

Levando em consideração os aspectos mencionados, o pódio é composto por três instituições estadunidenses, já famosas por sua excelência:  Harvard University, Massachusetts Institute of Technology (MIT) e Stanford University. Pelo 12º ano consecutivo, Harvard, que atingiu em 2023 a nota máxima, é a melhor universidade do mundo, de acordo com o ranking.

Os Estados Unidos é o país mais representado na lista, com 332 universidades. O número de IES chinesas entre as 2.000 melhores agora é de 314. O Japão – liderado pela Universidade de Tóquio, em 13º lugar – tem 114.

O número de instituições do Reino Unido presentes no ranking este ano é 93. A Universidade de Cambridge é a melhor universidade pública do mundo pelo 10º ano consecutivo.

Com a PSL University no nº 21, a França tem 76 representantes no top 2000. Já a Rússia conta com 43 IES na lista do CWUR.

A Universidade de Melbourne ocupa o primeiro lugar na Oceania, a Universidade de São Paulo (USP) lidera a América Latina e a Universidade da Cidade do Cabo ocupa a primeira posição na África.

As dez melhores do mundo:

  1. Harvard (EUA)
  2. MIT (EUA)
  3. Stanford (EUA)
  4. Cambridge (Reino Unido)
  5. Oxford (Reino Unido)
  6. Princeton (EUA)
  7. Chicago (EUA)
  8. Columbia (EUA)
  9. Pensilvânia (EUA)
  10. Yale (EUA)

América Latina e Caribe

A USP é a IES com melhor qualificação do Brasil e da América Latina.  Ainda assim, caiu seis posições em relação ao último levantamento, ficando em 109º lugar. A universidade perdeu pontos em qualidade do ensino, empregabilidade e qualidade do corpo docente, mas melhorou no indicador de desempenho em pesquisa.

As dez melhores da região:

  1. USP (posição geral: 109ª)
  2. Universidade Nacional Autônoma do México (276ª)
  3. Unicamp (344ª)
  4. UFRJ (376ª)
  5. Universidade de Buenos Aires (382ª)
  6. Pontifícia Universidade Católica do Chile (390º)
  7. Unesp (424º)
  8. Universidade do Chile (438º)
  9. UFRGS (467º)
  10. UFMG (503º)

Ao todo, o País conta com 54 universidades na lista. Dessas, 23 melhoraram em relação ao ano passado, duas mantiveram suas posições e 29 caíram.

“Embora o Brasil esteja bem representado no ranking deste ano, as principais instituições do País estão sob pressão crescente de universidades bem financiadas de todo o mundo. O financiamento para promover ainda mais o desenvolvimento e a reputação do sistema de ensino superior é vital se o Brasil aspirar a ser mais competitivo no cenário global” afirmou Nadim Mahassen, presidente do CWUR em comunicado.

A respeito do resultado do levantamento, o Ministério da Educação (MEC) informou à Agência Brasil que o trabalho atual é de recomposição do orçamento da pasta, que sofreu perdas no governo anterior, e para diminuir os efeitos da pandemia que atingiu todas as dimensões do ensino no País.

O MEC acrescentou que todas as ações implementadas têm como finalidade ampliar as oportunidades de acesso e permanência dos jovens nas IES. “Neste ano, já foram anunciados R$ 2,44 bilhões em investimentos para fortalecer a educação superior e o ensino profissional e tecnológico público, recuperando a tendência de cortes e contingenciamentos dos últimos anos”, explicou o ministério.


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Redação
A redação do portal Desafios da Educação é formada por jornalistas, educadores e especialistas em ensino básico e superior.

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