Empregabilidade: 69% dos formados levam até um ano para conseguir um emprego

Redação • 8 de agosto de 2022

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    Apesar dos impactos da pandemia, 69% dos egressos do ensino superior conseguem um emprego em menos de um ano após a formatura. O indicador de empregabilidade é resultado de um levantamento da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) e da Symplicity , empresa de empregabilidade e engajamento estudantil.

    Segundo o estudo, 48,82% dos formados estavam em ocupações formais, 10,86% trabalhando como autônomos ou profissionais liberais, 2,77% como empresários e apenas 2,82% estavam na informalidade. A remuneração média dos egressos é de R$ 3,8 mil.

    Os dados avaliaram a colocação profissional de 2 mil egressos de instituições de ensino superior (IES) brasileiras formados entre julho de 2020 e junho de 2021 – ou seja, ainda em um momento crítico da pandemia da covid-19.

    Para o diretor executivo da ABMES, Sólon Caldas, a pesquisa mostra que o ensino superior é decisivo para garantir uma vaga no mercado de trabalho. “O investimento na formação superior continua sendo muito importante para aumentar a empregabilidade”, afirma Caldas em entrevista à rádio Sagres.

    Os dados avaliaram a colocação profissional de 2 mil egressos de instituições de ensino superior (IES) brasileiras formados entre julho de 2020 e junho de 2021 – ou seja, ainda em um momento crítico da pandemia da covid-19.

    EAD x Presencial

    Conforme o indicador de empregabilidade da ABMES e da Symplicity, 86% dos formados em cursos presenciais estão empregados na área que estudaram. Entre os formados em cursos EAD , esse percentual é de 56%.

    Em relação ao salário, os egressos de graduações presenciais recebem, em média, R$ 3,9 mil mensais. Já os egressos de graduações EAD ganham R$ 3,5 mil mensais – 10% menos. Entretanto, quando se exclui os cursos de Medicina e Engenharia, que não possuem autorização para funcionar a distância, o salário médio das duas modalidades é equivalente.

    Áreas promissoras

    O maior índice de empregabilidade acontece na tecnologia da informação (TI), onde 82% dos formados declararam estar trabalhando.

    O cenário deve seguir favorável aos egressos da área. Segundo uma pesquisa da Brasscom , entidade representativa das empresas do setor, o mercado de trabalho vai demandar 797 mil profissionais de TI até 2025. Inclusive, iniciativas de IES e empresas tentam preencher o alto número de vagas.

    Outro setor com bom desempenho é o das engenharias : 77% dos egressos estão empregados, sendo que 93% seguem na área em que estudaram. Entre os profissionais da saúde, 72% estão trabalhando – 82% da área de formação. Em seguida, aparece o Direito, campo em que 53% estão no mercado de trabalho.

    TI e Engenharias também se destacam quando o tema é salário. A melhor renda mensal é da computação, com salário médio de R$ 5,3 mil. Nas engenharias, o rendimento é de quase R$ 4,5 mil.

    Empregabilidade e salário menores nas licenciaturas

    A pesquisa também identificou as diferenças de empregabilidade e renda entre três tipos de cursos superiores: bacharelados, tecnólogos e licenciaturas.

    Os bacharéis e tecnólogos estão mais bem colocados, com, respectivamente, 70% e 69% dos formandos empregados. Já a média salarial dos bacharéis é de R$ 3,9 mil, contra R$ 3,7 mil entre os tecnólogos.

    Tanto a empregabilidade como o salário são menores para os recém-formados em cursos de licenciatura. A renda média mensal da área é de R$ 2,3 mil. A empregabilidade é de 61%.

    Sobre a pesquisa

    O indicador de empregabilidade da ABMES e da Simplicity contou com a colaboração de 10 IES e do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). Foi utilizada a metodologia da associação internacional NACE, um dos principais instrumentos de coleta e avaliação da situação profissional de egressos nos Estados Unidos.

    Esse primeiro levantamento é considerado um projeto piloto. Daqui para frente, as entidades pretendem realizá-lo anualmente, expandindo o número de IES acompanhadas e consolidando um padrão nacional de indicador de empregabilidade.

    “O que a gente quer é consolidar este estudo como um padrão nacional, como os Estados Unidos e a Irlanda têm, para chegar em taxas de conhecimento sobre nossos egressos ao patamar de 60%, 70%. É uma jornada que começou com essa edição”, afirma o gerente regional Brasil da Symplicity , Gabriel Custodio.

    O objetivo, com isso, é aprimorar os currículos acadêmicos para garantir uma empregabilidade maior para os egressos. Além disso, as IES podem usar os dados para acompanhar a inserção profissional e o impacto social da sua atuação.

    Por Redação

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