By Em setembro de 2022, uma instituição de ensino superior (IES) do Rio de Janeiro foi condenada pela 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) por não fornecer informações adequadas a uma aluna sobre a diferença entre licenciatura e bacharelado e suas respectivas implicações profissionais.
A estudante não conseguiu emprego na área que desejava, pois obteve o diploma de licenciatura plena em Educação Física. No processo, ela alegou ter sigo enganada pela IES, uma vez que, no momento da matrícula, a universidade teria garantido não haver limitações para o exercício profissional, independentemente da formação escolhida.
Segundo o portal Consultor Jurídico, além da indenização por danos morais no valor de R$ 5 mil, a IES foi obrigada a oferecer gratuitamente as disciplinas necessárias para que a aluna conclua o bacharelado.
Bacharelado, licenciatura e tecnológicos
É fundamental, portanto, que as instituições de ensino sejam claras sobre a diferença entre as formações — seja licenciatura, bacharelado ou até tecnólogo — e os impactos de cada diploma na vida profissional dos egressos.
Existem hoje cursos de bacharelado, licenciatura e tecnológicos. Cada um deles oferece características diferentes. No momento da escolha, o candidato deve observar o que mais lhe agrada e também seu posicionamento diante da área escolhida.
Bacharelado
Um estudante formado em um curso de bacharelado fica apto para ingressar no mercado de trabalho da área escolhida. Nesse cenário, estão graduações como Direito, Administração, Jornalismo e as Engenharias.
O graduado em Administração, por exemplo, encontra oportunidades em ocupações comerciais e industriais. Mas ele também pode ocupar cargos em setores distintos, como recursos humanos (RH), departamento financeiro, compra e vendas, marketing, entre outros.
A única atividade que o bacharel – o egresso desta modalidade – não pode exercer é a docência. Para lecionar, normalmente, o bacharel precisa cursar um mestrado ou doutorado a fim de ingressar na carreira acadêmica e, posteriormente, dar aulas no ensino superior. Ainda há instituições que aceitam professores apenas com alguma pós-graduação lato sensu. Porém, depende do sistema de contratação da IES.
Licenciatura
Aqueles que desejam dar aulas nas redes pública ou particular de ensino básico devem optar por cursos de licenciatura. A Pedagogia é um bom exemplo, pois forma profissionais que podem trabalhar na educação infantil e em outros espaços relacionados à área.
Disciplinas como Língua Portuguesa, Matemática, História, Biologia e Educação Física também exigem professores formados com o diploma de licenciatura. Além de escolas, os graduados podem atuar em cursinhos preparatórios para o vestibular, aulas particulares para reforço acadêmico, na elaboração de conteúdos educativos, entre outros.
Ou seja, ao contrário do bacharelado, a licenciatura oferece uma formação em habilidades necessárias para se tornar um professor. Para sair da faculdade com os dois títulos – bacharelado e licenciatura -, os alunos desses cursos devem concluir as disciplinas ligadas à prática docente.
Tecnológicos
Apesar de ser confundido com cursos técnicos, esse tipo de formato, na verdade, faz parte da educação superior. No entanto, diferente dos cursos de bacharelado e licenciatura, ele tem uma duração menor, entre 2 e 3 anos.
Isso acontece porque os cursos tecnológicos apresentam uma abordagem mais focada da área escolhida. Logo, ele é mais indicado para quem já tem certeza de que trabalho deseja exercer dentro da área. Por exemplo, se você quer trabalhar com audiovisual, melhor fazer um curso de produção audiovisual do que partir para um bacharelado em comunicação.
Os cursos tecnológicos também são interessantes para quem já trabalha em uma determinada área e deseja obter uma formação, porém tem pouco tempo.
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