Desde do início da quarentena, as lives, webinars e eventos online preencheram as agendas de pessoas em todo o mundo. Com a pandemia do novo coronavírus– e as transformações causadas por ela –, os mais diversos temas vieram à tona para serem discutidos, compartilhados e aprofundados nos encontros virtuais.
Das reuniões online às aulas remotas, alunos e professores têm usado a criatividade para engajar, surpreenderem e serem surpreendidos.
As transmissões ao vivo foram multiplicadas e as redes sociais – Facebook, Instagram e YouTube – foram inundadas por elas, além das plataformas de webconferências. Eu já experimentei várias, e a possibilidade de “não aparecer no vídeo” quase não existe.
Todos querem ver e serem vistos (desculpem a generalização, mas tenho incentivado muita gente a perder a vergonha de aparecer na frente da tela, justamente, por não saber por quanto tempo ficaremos distantes).
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Particularmente, tenho adquirido muita experiência em organizar programações de eventos online durante a quarentena e estou adorando a experiência. A possibilidade de conseguir a participação de profissionais concorridos é maior em um evento online do que no presencial.
Desde o início do isolamento, semanalmente, eu e amigas da áreas educacional participamos do Café com as Co11ectadas. Iniciamos o projeto com programação gravada e depois passamos para uma transmissão ao vivo. Ele é transmitido toda sexta-feira pelo nosso canal no Youtube e estamos nos aperfeiçoando.
Recentemente, comecei um projeto chamado Fernanda Furuno “Fora da Casinha”. Nessa série de encontros virtuais eu reúno meus amigos para debater temas fora da área de Educação – como turismo, saúde mental e fake news.
Em uma dessas lives, convidei profissionais da área de eventos. Eu os desafiei a responderem: Quais eram as perdas e ganhos na área de eventos – e o que esperar dos eventos, quando acabar o isolamento.
Thiago Dantas, diretor de desenvolvimento de negócios da VMO Turismo e da DKS Agência de Eventos, disse: “A pandemia trouxe uma grande aceleração para novos formatos de eventos, o que deixou o setor mais dinâmico e a audiência ainda mais concorrida, exigindo ainda mais um aprofundamento nos desejos dos clientes e naquilo que de fato é importante para ele. Ao acabar o isolamento, as relações estarão mais afloradas e a necessidade de experiências mais imersivas e sensoriais irão crescer”.
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Já a Libia Macedo, professora e consultora de Esportes e Eventos, comentou que “não podemos ‘eventar’, mas podemos inventar. O setor de eventos está se valendo de eventos híbridos e virtuais que já eram uma realidade e agora foram acelerados, e por ora, a única alternativa que temos, mas o ‘figital’ (ações físicas e digitais que se complementam). Porém, com protocolos e versões mais pockets logo os eventos voltam as paradas de sucesso, porque nada ganha do poder do face to face.”
Webséries para acompanhar
Em tempo ágil, conseguimos planejar e ofertar o 1° Edtech Web Conference Brasil, que em três dias reuniu mais de 30 profissionais em cinco sessões diárias de debates, com mais de mil inscritos. Com participantes nacionais e internacionais, as discussões se tornaram muito ricas e o network funcionou muito bem.
Também as webséries começaram a tomar conta das programações. São sessões previamente agendadas – quase sempre semanais – com temas pré-determinados em que o público pode se programar para acompanhar com mais disciplina.
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A Websérie Educador 5.0 tem mostrado este comportamento. São seis episódios que ocorrem semanalmente, sempre no mesmo dia da semana e horário. A cada semana é acumulado novos participantes – e conservando os participantes anteriores também.
Especificamente essa websérie é realizada pelo Blackboard Collaborate, que permite gerarmos relatórios detalhados de tempo de permanência e colaboração nas discussões que possibilitam a certificação dos participantes.
Mas a concorrência é grande. E conseguir acompanhar a programação é um desafio enorme. Portanto, aqui estão algumas dicas.
Como acompanhar um evento online
- Procure fazer uma curadoria de temas de seu interesse;
- Coloque na agenda dia e hora do evento, com alarme;
- Se perder alguma live ao vivo – se ela for transmitida pelo YouTube ou Instagram – busque pela gravação, em geral ela fica disponível;
- Procure diversificar os temas e palestrantes. Ouvir falas repetidas pode ser frustrante;
- Faça network com convidados e participantes. Geralmente os contatos de LinkedIn ficam disponíveis e é bom aproveitar para criar relações, trocar experiências e dar o feedback particular pós evento.
Como organizar um evento online
- Faça uma breve pesquisa dos temas que seu público tem mais interesse;
- A organização é muito importante, desde a comunicação com os convidados, moderadores, calendário, roteiro e inscrições;
- Selecione a infraestrutura tecnológica adequada para o tipo de evento que queira realizar. Pense sempre na escalabilidade e experiência dos participantes (recomendações de acesso, tutoriais são essenciais);
- Pontualidade é muito importante em eventos online, em geral as pessoas se programam para acompanharem no horário divulgado;
- Surpreenda seu público, entregue conteúdo de qualidade e promova network. Agradeça a participação! Mande o vídeo da gravação (se houver) para que possam rever, ou para os inscritos que perderam a sessão ao vivo. Não é hora de vender, é hora de compartilhar. Com a grande oferta de eventos gratuitos, se for cobrar, procure envolver uma ação social.
Por fim, fique de olho nas lives desses portais educacionais:
Boa, Fê! Dicas super importantes! Parabéns pelo teu empenho em tornar tudo isso possível e acessível!