Manter os alunos motivados a usar o ambiente virtual de aprendizagem (AVA – ou LMS, na sigla em inglês) ainda é um desafio para a maioria das instituições de ensino superior (IES). E por vários motivos.
Segundo Alberto Maixner, engenheiro de soluções da Blackboard, essa dificuldade acontece pela grande pluralidade dos alunos, que são motivados de maneiras diferentes.
O desafio é mapear os principais pontos a serem desenvolvidos pela IES, como a comunicação. Aqui, o primeiro passo é orientar o aluno sobre a ementa da disciplina e o prazo de vencimento dos trabalhos. Além dos avisos pelo próprio LMS, aqui é importante utilizar diferentes formas de comunicação, podendo ser notificações ou e-mails.
Oferecer oportunidades de comunicação do aluno com colegas e professores faz com que a experiência no LMS não seja solitária e “sem graça”. Fóruns de apresentação, onde os alunos podem compartilhar o que esperam das aulas, quais suas expectativas e visões de futuro para a profissão, são ótimas opções.
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Aula baseada em dados
A interação, além de humanizar a experiência virtual, fornece informações riquíssimas ao professor. A partir delas, ele pode pensar maneiras de posicionar as aulas frente às expectativas dos alunos, fazendo um alinhamento prático e mostrando a utilidade e importância do que é ali apresentado.
O acompanhamento das atividades e dos alunos no LMS também é um aspecto importante. Os dados ajudam não só no engajamento, como também na retenção. Quantidade de acessos, tempo de permanência, interações realizadas, trabalhos entregues e pesquisas de reação e opinião podem ser utilizados para identificar o nível de envolvimento do aluno.
Outro aspecto é o corpo docente. É essencial que os professores tenham um papel ativo, utilizando relatórios de acompanhamento, fornecendo feedback sobre os trabalhos entregues e apontando pontos fortes e fracos, recomendando leituras e materiais de apoio.
Para os professores, um dos pontos essenciais é compartilhar o próprio entusiasmo de estar em um novo ambiente de ensino.
“Os professores também precisam de adaptação e preparação para a tarefa do ensino no ambiente virtual”, pondera Jânyo Janguiê Diniz, diretor-presidente do grupo Ser Educacional, dono de marcas como Uninassau, Univeritas/UNG e Unama.
Recentemente, o grupo Ser ganhou o prêmio no Blackboard Caalyst Award, um dos mais importantes prêmios de educação a distância (EAD) no mundo, na categoria Student Sucess, focada em programas de incentivo para alunos EaD.
Segundo Diniz, a Ser Educacional tem realizado treinamentos frequentes com a equipe de apoio pedagógico – inclusive pelo LMS. Participam coordenadores de curso, professores e tutores.
“O desafio do professor e da gestão educacional não é apenas inserir ferramentas tecnológicas como forma de ensino, mas adaptar a sala de aula ao ambiente virtual”, afirma Diniz.
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Apostando nos formatos
Palestras, vídeos, textos, apresentações, infográficos e relatórios são exemplos de formatos que podem ser explorados no ambiente virtual de aprendizagem para engajar os alunos.
Uma das maiores apostas é gamificação – conceito que defende o uso jogos no ambiente educativo.
Jogos educativos promovem uma competição saudável entre os alunos e fazem com que eles busquem continuamente resultados melhores. Com isso, eles buscam novas fontes de informação e aumentam a interação.
Por isso é importante ter uma plataforma de aprendizagem robusta, que ande junto das novas tecnologias na educação. Não só para atender e conhecer melhor os alunos. Mas também para engajá-los.
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