Hoje, a área da educação conta com ferramentas avançadas na coleta de dados para atingir os resultados necessários ou mesmo para reestruturar cursos. Plataformas tais como a Blackboard Analytics auxiliam gestores a obterem informações qualitativas sobre suas instituições e a tomarem melhores decisões para chegar a um determinado objetivo. No entanto, os dados não são o início do processo, tampouco o fim: os resultados obtidos por um mecanismo de busca analítica são o meio de uma longa etapa de análise de informação. O bom uso dos valiosos números encontrados por ferramentas de coletas de dados vai depender não somente das respostas que eles fornecem, mas das perguntas feitas no início do procedimento. Confira algumas dicas para aproveitar melhor os dados ao gerir uma instituição de ensino:
O que precisamos saber?
O primeiro passo para trabalhar com a coleta de dados no ensino superior é fazer as perguntas corretas. Somente a consciência do que de fato se procura pode levar à resposta final. Algumas temáticas são essenciais no que tange à área da educação. O diagnóstico do corpo discente mostra as necessidades de aprendizado dos alunos, facilitando a prescrição de um tipo de ensino adequado às demandas do grupo. O fluxo de informação constante sobre como os estudantes respondem à instrução também é importante para que o curso vá se ajustando, visando a melhores resultados. Outra busca interessante nas ferramentas de coleta de dados é uma previsão da performance dos alunos, o que permite perceber se as ações atuais estão promovendo uma real melhora no aprendizado. Por fim, ter ciência do que os estudantes já sabem (proficiência) ou aprenderam em um determinado intervalo de tempo (crescimento) são dados essenciais para medir o sucesso da instituição de ensino.
Como mensurar os dados de acordo com as necessidades da instituição
Após a pergunta base por quê? a evolução natural é se questionar como?. Existem duas formas básicas de analisar os dados obtidos: com referência em critérios e com referência em normas. Uma avaliação baseada em critérios analisa a performance de um aluno, por exemplo, independentemente dos resultados obtidos por seus pares, considerando um padrão pré-estabelecido. Em uma comparação com a rotina educacional, esse é o tipo de avaliação utilizada usualmente em provas e testes, que costumam ter uma nota de corte: a famosa nota vermelha, considerada abaixo da média, embora a média seja estabelecida pelo professor e não pela performance de todos os alunos. Já a avaliação com referência normativa avalia a performance do estudante ou da instituição dentro de seu contexto, gerando uma média ou uma pontuação que represente a maioria dos resultados obtidos pelos estudantes. Essas duas formas para analisar dados podem servir para todas as outras avaliações de informações obtidas pela instituição. É preciso decidir se os dados serão julgados de acordo com um critério pré-estabelecido ou de acordo com o contexto em que se encontram.
Apresentando os resultados obtidos
De posse das informações adquiridas por meio das ferramentas analíticas, é essencial que o gestor da instituição de ensino saiba como implementar mudanças a partir da pesquisa realizada. Para isso, o primeiro passo é compartilhar os resultados com professores, tutores e, se for o caso, estudantes. O sucesso da transposição dos dados para ações depende da forma como os agentes das futuras mudanças irão compreender as informações transmitidas, bem como sua importância. É essencial, nesse momento, retomar com o grupo o propósito inicial: por que motivo realizamos a coleta de dados em primeiro lugar? A partir daí, os resultados tomam corpo e se apresentam como respostas reais e contextualizadas, em vez de números que podem não fazer sentido para a equipe.
Utilizando a informação
Ter um sistema de coleta de dados pode ser um grande diferencial para a instituição de ensino, mas isso não é verdadeiro se a ferramenta não for utilizada corretamente ao longo do tempo. Não basta apenas ter acesso aos dados, é preciso constantemente revisitá-los, não apenas em busca de novas respostas e resultados, mas também para fazer novas perguntas. Apenas o conhecimento do que mostram os dados não transforma a educação, é necessário utilizar essas informações para, a partir daí, implementar mudanças e gerir melhor as formas de instrução e obter os resultados esperados.
Embora a educação seja uma ciência basicamente qualitativa, o bom uso de resultados quantitativos pode incrementar o aprendizado. Não podemos esquecer que, por mais personalizada e centrada no estudante que seja a instituição de ensino, a avaliação por meio de notas e conceitos ainda é amplamente utilizada, até por ser considerado um critério justo e objetivo. Por isso, usar dados de forma inteligente pode fazer com que o aprendizado seja uma experiência mais enriquecedora para o aluno, e não apenas mais eficiente.
E você? Já utilizou ferramentas analíticas em sua instituição de ensino? Como trabalhou com os resultados obtidos? Compartilhe conosco essa experiência e assine nossa newsletter para ficar por dentro dos novos desafios da educação.
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