No mesmo dia em que o Brasil superou pela primeira vez a marca de 4 mil mortes diárias por covid-19, a Unifacisa (Centro Universitário Facisa) recebeu autorização da Justiça Federal para importar 15 mil doses de vacina contra o novo coronavírus.
A instituição localizada em Capina Grande, no agreste da Paraíba, informou que a imunização será destinada gratuitamente para alunos, professores, demais colaboradores e seus familiares. Assim, a Unifacisa é a primeira universidade do Brasil autorizada a vacinar a comunidade acadêmica.
“Não podemos desperdiçar qualquer chance de salvar vidas”, disse o médico Dalton Gadelha, que é chanceler da Unifacisa. “É um momento de muita alegria que fazemos questão de compartilhar com todos os interessados, ao passo que pedimos paciência até que todas as medidas necessárias antes da vacinação sejam devidamente tomadas.”
Os desafios da Unifacisa com a vacina
Apesar de celebrar a autorização judicial, Gadelha reconhece os desafios que a universidade têm pela frente. Que são enormes, por sinal.
Além da óbvia escassez da vacina devido à alta demanda e da burocracia inerente às licenças de importação, a Unifacisa terá de vencer as cláusulas de exclusividade. Hoje, farmacêuticas do mundo todo cumprem um acordo que inclui a venda única e exclusivamente para os governos
No Congresso Nacional, tramita um projeto de lei que prevê a importação de vacinas contra a covid-19 por entes privados. A Justiça brasileira, contudo, tem se adiantado à decisão autorizando a compra não só à Unifacisa como também para sindicatos e empresas. Só faltou explicar a real aplicabilidade dessas decisões.
Porque, o.k., autorizou comprar. Mas quem é que vai vender?
O CEO da Unifacisa disse, sem revelar nomes, que “conversa com empresas em outros países para conseguir importar essas vacinas”. “Assim que concluirmos a negociação, faremos novo comunicado para informar todas as regras e etapas a serem seguidas” pelos que receberão o imunizante, informou Dalton Gadelha.
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