Como a tecnologia transforma a prática e o ensino de Medicina

Redação • 28 de fevereiro de 2020

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    Em 2018, o órgão regulador americano Food and Drug Administration (FDA) aprovou o uso de um equipamento para detecção de doenças de retina associadas à diabetes sem necessidade de validação por um médico. Pela primeira vez, um sistema autônomo de diagnóstico baseado em inteligência artificial (IA) foi liberado.

    Esse é apenas um exemplo de como a tecnologia está transformando o ensino de . A estimativa da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (Abiis) é que existam aproximadamente 500 mil diferentes dispositivos tecnológicos em utilização no setor.

    Eles são aplicados em áreas que vão desde simples exames laboratoriais até a complexa biologia molecular. E mais: são responsáveis por uma verdadeira revolução na atuação do médico e seu relacionamento com o paciente, na prevenção, no tratamento e na recuperação de enfermidades.

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    Medicina da PUCPR: Brasil tem 305 escolas médicas, o triplo do registrado no 20 anos atrás. Crédito: divulgação.

    Medicina de precisão e nuvem

    O leque crescente de ferramentas digitais, associadas a análises de dados por sistemas de inteligência artificial, tem tudo para melhorar a precisão e a rapidez dos diagnósticos.

    Eles já permitem, por exemplo, que as pessoas monitorem a própria saúde de forma contínua, avaliando riscos como o de desenvolver câncer ou uma doença cardíaca. Aplicativos e sensores estão sendo constantemente aperfeiçoados para verificar pressão sanguínea, arritmias ou pneumonia.

    Essas informações, por sua vez, podem ser gravadas e facilmente consultadas em nuvem. Na Estônia, por exemplo, o hábito de concentrar resultados de exames, diagnósticos e prescrições antigas em consultórios, clínicas e hospitais acabou. Disponível desde 2008, o aplicativo e-Health armazena em nuvem 95% dos dados gerados em hospitais e consultórios clínicos.

    “As soluções de saúde eletrônica permitem que a Estônia ofereça medidas preventivas mais eficientes, aumentando a conscientização dos pacientes e também economizando bilhões de euros”, explica o site do e-Health.

    Cursos da área da saúde da UniRitter já utilizam recursos de Realidade Aumentada em sala de aula. Crédito: divulgação.

    No campo dos diagnósticos, a tendência é que a tecnologia seja cada vez mais usada e assertiva. Para se ter uma ideia, um estudo mostrou que o IDx-DR – sistema aprovado pela FDA nos Estados Unidos – detectou corretamente a retinoplastia em 87% das 900 imagens clínicas analisadas.

    Na medicina do futuro, a grande vantagem da inovação é utiliza-la para prevenir em vez de somente reagir às doenças.

    Nesse campo, nenhuma tecnologia contribui mais quanto a inteligência artificial, especialmente na realização de diagnósticos por imagem. Enquanto isso, o tratamento evolui em diversas frentes, como cirurgias robóticas – seguras e menos invasivas – e no desenvolvimento de fármacos precisos. A reabilitação, por sua vez, tem encontrado na gamificação (uso de jogos) um importante aliado.

    Revolução do ensino de Medicina

    Se o exercício da Medicina está sendo transformado pela tecnologia, o ensino nas universidades não poderia ficar para trás. Nesse caso, talvez o maior impacto aconteça com a aplicação de dispositivos com capacidade imersiva, como a Realidade Virtual (RV) e a Realidade Aumentada (RA).

    O Desafios da Educação , inclusive, já contou como instituições de ensino superior (IES) utilizam RA e RV na rotina de cursos da área da saúde. O recurso permite aprender a teoria e a prática concomitantemente, acelerando o processo de aprendizagem.

    Imagine, por exemplo, um futuro médico estudando em um laboratório virtual, com aulas filmadas em 360 graus. É o que proporciona o Ambiente Imersivo de Aprendizagem (AmbIA) , desenvolvido pela Imersys, empresa especializada no desenvolvimento de conteúdo de RV.

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    Unifae, em São João da Boa Vista: IES estão proibidas de abrir novos cursos de Medicina. Crédito: divulgação.

    Soluções educacionais como o da Imersys dispensam o uso de cadáveres nas aulas de anatomia. Afinal, é possível projetar a totalidade ou partes isoladas do corpo humano, melhorando a sua visualização, a compreensão do seu funcionamento e promovendo a interação em treinamentos.

    “O aluno pode visitar um hospital virtual, observar e receber informações pedagógicas. O aprendizado é realista e próximo da prática, além de ser mais atrativo pois há muitas camadas de informação que podem ser buscadas de maneira ativa pelo estudante”, explica o diretor da Imersys, Igor Sales.

    Por Redação

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