A régua de relacionamento como estratégia para reverter a evasão no ensino superior

Danielly Oliveira • 2 de setembro de 2021

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    Com a pandemia, a evasão no ensino superior privado disparou no Brasil. Segundo pesquisa do Instituto Datafolha, sob encomenda do C6 Bank, o índice de abandono entre os que estavam matriculados no ensino superior foi de 16,3%. O que obviamente preocupa faculdades, centro universitários e universidades.

    As IES têm lançado mão de várias estratégias para atenuar a crise. Uma delas é a régua de relacionamento, ferramenta de marketing costumeiramente utilizada por empresas para se comunicar com possíveis clientes durante uma jornada de compra.

    No ensino superior , além de facilitar a captação , a régua de relacionamento é utilizada para garantir o engajamento dos alunos e, consequentemente, reduzir a evasão. A ferramenta também ajuda a manter o estudante mais próximo das atividades acadêmicas. Melhorando, assim, sua gestão do tempo e de estudo

    A gerente de produção de conteúdo da Sagah diz que a régua de relacionamento complementa a comunicação das instituições de ensino superior (IES) e da tutoria com os estudantes. “A régua de relacionamento mantém o aluno mais próximo das atividades acadêmicas e contribui para a gestão do tempo e dos estudos”, explica Daiana Rocha.

    Além de aproximar o estudante de suas atividades acadêmicas, a régua de relacionamento também auxilia na conexão com o mercado de trabalho.

    Atualmente, criar uma régua de relacionamento funcional é uma tarefa obrigatória para qualquer IES, principalmente àquelas que atuam na modalidade de ensino a distância (EaD). Nelas o monitoramento das atividades e o contato com o aluno precisa ser constante para conseguir manter ele engajado no curso.

    No ensino a distância também é importante que o aluno tenha clareza das etapas que deverá seguir. Isso ajuda no planejamento – algo fundamental para quem opta por essa modalidade.

    Redução da evasão

    Uma das principais funcionalidades da régua de relacionamento é o controle da evasão dos alunos. Por isso, a operacionalização depende do apoio de plataformas como o ambiente virtual de aprendizagem (AVA ou LMS, na sigla em inglês).

    Além de ser o meio primário de comunicação com os alunos, o LMS informa a instituição com métricas de acesso do aluno às atividades acadêmicas online. São esses dados que devem balizar os contatos em casos de possíveis desistências do curso.

    De acordo com o coordenador de tutoria EAD da Plataforma A Pedro Luiz Bulgarelli, as réguas de relacionamento envolvem o aluno no dia a dia da IES – dando sentido a tudo o que acontece com ele. “A régua de relacionamentos assume um papel de guiar o aluno dentro do semestre e com isso fazê-lo se manter organizado e engajado”, explica.

    “O importante dentro da régua de relacionamento é o equilíbrio para não sobrecarregar o aluno com muita comunicação, o que pode gerar um efeito reverso e estimular a evasão.”

    Como criar uma régua de relacionamento

    Ter uma trilha de aprendizagem que seja motivadora, desafiadora e interativa é o primeiro passo para criar uma régua de relacionamento dentro da IES. O papel dos tutores também se torna fundamental no acompanhamento e orientação aos alunos.

    Bulgarelli considera determinante três fatores para uma régua de relacionamento eficaz:

    1. Informação : é necessária para manter o aluno conectado ao calendário acadêmico e as atividades previstas;
    2. Conteúdo : conecta o aluno ao mercado de trabalho;
    3. Interatividade : torna o aluno cada vez mais ativo e participativo.

    Cabe a cada IES definir o timing e a melhor abordagem em cada comunicado realizado via régua de relacionamento.

    Entretanto, alguns pontos precisam ser levados em consideração no desenho dessas estratégias.

    • Definir a metodologia da trilha de aprendizagem;
    • Conhecer o perfil dos alunos egressos e veteranos;
    • Criar scripts de comunicação;
    • Definir por semana o sincronismo da comunicação para não sobrecarregar o aluno de mensagens;
    • Ter ferramentas diversas e apropriadas para realizar a comunicação.

    Por Danielly Oliveira

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