

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit
Plataforma EAD no Maranhão: projeto que promove educação e formação em presídios em Portugal chega ao Brasil em abril de 2020. Crédito: Seap/divulgação.
No mês passado, compartilhei algumas impressões sobre minha experiência ao fazer doutorado em Porto, Portugal. Como isso me oportuniza conhecer muitos profissionais, convidei a professora Paula Peres, coordenadora da unidade de e-learning e inovação pedagógica do Politécnico do Porto, para explicar o processo de regulamentação da EAD em Portugal.
Hoje, trago um breve relato do professor António Moreira, que é diretor da delegação regional da Universidade Aberta do Porto.
Ele dá detalhes de um projeto fantástico que promove a inclusão da educação a distância em presídios, promovendo maior acesso a educação em Portugal – e quem em breve desembarca no Brasil, em parceria com Ilka Serra, coordenadora geral do Núcleo de Tecnologias para Educação da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) e recentemente entrevistada pelo portal Desafios da Educação . Vale conferir a experiência e acreditar na força que a educação tem de mover fronteiras e mudar destinos.
Por António Moreira
A educação é um direito universal e desempenha um papel crucial no desenvolvimento humano, ajudando o indivíduo a construir a sua personalidade e o seu carácter.
Mesmo em situação de reclusão, e considerando as recomendações do Conselho da Europa referentes à Educação nas Prisões e as Regras das prisões europeias , os cidadãos possuem os mesmos direitos no acesso à educação. E, neste contexto, a Educação a Distância (EAD) pode permitir alcançar esses objetivos, já que possibilita acesso – online ou offline – a recursos e atividades de aprendizagem.
Em Portugal, e no âmbito do protocolo assinado entre a Universidade Aberta (UAb) e a Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), está em desenvolvimento um projeto-piloto inovador, o campus digital EDUCONLINE@PRIS.
O EDUCONLINE@PRIS busca promover a educação e a formação em presídios em Portugal. Em funcionamento desde novembro de 2018, em quatro presídios do país, o campus possui um portal de internet agregador.
Esse sistema de informação se interliga com a plataforma de e-learning da Universidade Aberta e com a On@Pris , criada especificamente para a população reclusa, onde estão alojados cursos de Extensão Universitária.
Com a criação do campus digital, o objetivo é ir além do acesso seguro a cursos conferentes de grau acadêmico e de extensão universitária. É desejo dos responsáveis pela sua criação que o EDUCONLINE@PRIS promova a inclusão digital através do uso das tecnologias de informação e comunicação e capacite os destinatários para o empreendedorismo e mecanismos de criação de autoemprego, enquanto instrumentos de inclusão social.
Nesse sentido, desde novembro de 2019 foram desenvolvidas cinco ações de capacitação nas áreas de:
Junto a este programa de capacitação, também são desenvolvidas ações de mentoria para a inclusão digital, decorrentes do desenvolvimento do projeto Comunidades Criativas para a Inclusão Digital, da Iniciativa Interministerial INCoDe.2030.
A previsão é que o campus digital esteja em pleno funcionamento em 2020, em cerca de 20 presídios de Portugal (no continente e na região insular dos Açores).
Em termos de internacionalização, o projeto será estendido, em abril de 2020, para presídios no Brasil – começando pelo Maranhão. O programa será dirigido pela Universidade Estadual do Maranhão (Uema) e pela secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap), que desde 2017 possui uma plataforma de educação para os servidores.
Com o desembarque do programa no Brasil, a ideia é que a educação a distância sirva para desenvolver competências digitais para uma cidadania ativa dos internos do sistema carcerário maranhense. E, assim, garantir o direito de acesso à educação que todo cidadão tem, no cumprimento do respeito pelos direitos humanos dos indivíduos, privados ou não de liberdade.
José António Moreira tem doutorado em Ciências da Educação. Professor no Departamento de Educação e Ensino a Distância da Universidade Aberta (UAB), desempenha desde 2014 as funções de diretor da delegação regional do Porto, assumindo ainda a Coordenação da Unidade de Desenvolvimento dos Centros Locais de Aprendizagem da UAB.
Por Daiana Rocha
Gostou deste conteúdo? Compartilhe com seus amigos!
MAPA DO SITE