4 lições do Vale do Silício para o ensino superior brasileiro

Redação • 2 de agosto de 2022

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    O Vale do Silício é o berço mundial da inovação. A região, na costa oeste dos Estados Unidos, na Califórnia, abriga as principais empresas do ramo da tecnologia – as gigantes conhecidas big techs. Por lá, também estão localizadas universidades que são referência em ensino e pesquisa.

    Recentemente, uma missão de empresários brasileiros foi até o Vale do Silício para conhecer de perto a cultura e a organização interna de companhias como o Google, IBM, Zendesk, Amazon e Salesforce. Além disso, a viagem passou pelas universidades de Stanford e Berkeley.

    Na bagagem, eles trouxeram tendências e insights que podem fomentar práticas de inovação no Brasil, especialmente na área da educação.

    O que as instituições de ensino superior brasileiras têm a aprender com as big techs e universidades que são palco da formação de líderes globais?

    1) Foco na experiência do cliente

    Segundo Jackson Fernandes, que esteve na missão e é gerente executivo de tecnologia e inovação da +A Educação , maior edtech para ensino superior e profissional da América Latina, o que torna o Vale do Silício tão pujante na criação de novos negócios é o foco das empresas na experiência do cliente.

    Nesse sentido, a lição para as IES brasileiras é conhecer seus alunos e identificar suas dores. Isso em um contexto de crescimento do ensino híbrido , onde o desafio é proporcionar experiências integradas e imersivas aliadas ao uso de tecnologias como realidade virtual e aumentada.

    “Dessa forma, a sala de aula ganha o papel de facilitadora do aprendizado, não apenas centralizando o conhecimento, mas usando múltiplas plataformas para promover uma experiência completa, com a sociedade cada vez mais conectada com o conceito de lifelong learning” afirma Fernandes.

    2) Desenvolvimento de soft skills

    O desenvolvimento de soft skills nos alunos está no cerne do sucesso das universidades de Stanford e Berkeley. O objetivo, com isso, é formar um perfil de gestor facilitador, preocupado com o bem-estar das equipes – sem, entretanto, deixar de lado as habilidades técnicas.

    Nesse caso, a prioridade está no estímulo às habilidades socioemocionais de liderança. Entre elas, por exemplo, a capacidade de tomar decisões de forma rápida e efetiva, comunicação estratégica, flexibilidade, negociação, cultura colaborativa e inteligência emocional.

    A estratégia tem dado resultados. Para se ter uma ideia, conforme a Times Higher Education (THE), Stanford e Berkeley são, respectivamente, a primeira e a terceira colocadas entre as instituições de ensino superior com maior número de vencedores do Prêmio Nobel no século 21.

    3) Formação de profissionais de TI

    Um estudo da Universidade de Brasília (UnB) estima que, até 2026, 54% das mais de 2 mil profissões formais do Brasil serão substituídas por robôs ou programas de computador até 2026. Entretanto, no Vale do Silício, a crença é que as posições perdidas para a inteligência artificial serão substituídas por novos postos de trabalho relacionados à tecnologia.

    De qualquer maneira, o cenário envolve um desafio para as IES: garantir a formação de profissionais suficientes e qualificados na área de tecnologia da informação (TI). Afinal, o mercado de trabalho já sofre com a falta de profissionais da área. Para se ter uma ideia, no Brasil, a escassez de mão de obra gera um déficit anual de 50 mil vagas não preenchidas.

    “Com a população ficando cada vez mais longeva, o cenário de escassez de mão de obra se impõe e cria-se a necessidade de formar indivíduos em robótica e engenharia de software, por exemplo”, projeta Fernandes.

    4) Atenção às tecnologias diruptivas

    Hoje, muitas IES estão em processo de transformação digital. Mas as mudanças tecnológicas são rápidas e não esperam que os gestores se adaptem a elas. Ou seja, é preciso que o ensino superior fique atento às tecnologias e práticas disruptivas para se adequarem constantemente a elas.

    Direto do Vale do Silício, a missão de empresários destacou, por exemplo, o advento de NFTs e blockchain, o que impactará na produção e disseminação de conteúdo autoral na internet. No ensino superior, essas novidades podem levar à criação de plataformas e formatos disruptivos e a um reforço no controle e distribuição de conteúdos autorais.

    A web 3.0, por sua vez, descentralizará a gestão da internet e, consequentemente, do conhecimento, abrindo a possibilidade de criação de novas instituições de ensino e cursos. Além disso, nas universidades norte-americanas, as tecnologias estão integradas ao Metaverso, o que aumenta as chances de interação e imersividade para alunos da educação a distância (EAD).

    Por Redação

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