Tecnologia Educacional

As vantagens da utilização de laboratórios virtuais na educação superior

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Uma experiência enriquecedora, que produz ganhos tanto para os alunos quanto para a instituição de ensino. É como se define a utilização de laboratórios virtuais no âmbito do Centro Universitário Leonardo da Vinci (UNIASSELVI).

Desenvolvidas desde 2019, em parceria com a ALGETEC – Soluções Tecnológicas em Educação, as práticas foram relatadas no podcast A Voz do Conhecimento durante a realização do 28º Congresso Internacional ABED de Educação a Distância (CIAED), evento que aconteceu de 15 a 18 de outubro no Centro de Convenções Riocentro, no Rio de Janeiro.

Com sede em Indaial, a UNIASSELVI é uma das principais instituições de ensino superior de Santa Catarina, com mais de 300 cursos de graduação, pós-graduação, profissionalizantes e técnicos, nas modalidades presencial e a distância. No total, são mil polos de ensino a distância em todos os estados e 10 unidades próprias de ensino presencial.

Todos os cursos têm acesso ao laboratório virtual

Conforme Carla Grassmann, coordenadora de Curso Vitru Education da UNIASSELVI, que participa do grupo de gestão encarregado de administrar as práticas de laboratório, a definição de quais os cursos terão prioridade para o acesso à ferramenta tem como ponto de partida dois elementos. De um lado, as diretrizes pedagógicas do Ministério da Educação (MEC). Igualmente, são levadas em consideração as indicações das equipes de coordenação pedagógica da IES.

Desta lista de prioridades, além das áreas de engenharias e de saúde, também fazem parte cursos de humanidades em geral. Exemplos? O estudante de Biblioteconomia pode entrar na biblioteca virtual para aprender a fazer a gestão do acervo de obras literárias, assim como o aluno de Música tem acesso a práticas de flauta e violão realizadas no laboratório virtual.

Não significa que os demais estudantes da UNIASSELVI sejam excluídos: “Enquanto alguns cursos usam o laboratório em atendimento às diretrizes obrigatórias do MEC, outros utilizam essa oportunidade como um diferencial para os alunos. O certo é que, hoje, todos os cursos da UNIASSELVI têm ao menos duas disciplinas com acesso ao laboratório virtual”, complementa Carla.

Ela esclarece ainda que, do ponto de vista pedagógico, a ideia não é criar um game, e sim trazer o rigor científico para a experiência digital do aluno: “As práticas laboratoriais representam fielmente os procedimentos e os equipamentos físicos. É uma prática de simulação que visa preparar o aluno para o mercado de trabalho”, diz ela.

Ferramenta aprimora gestão de recursos da IES

Vinícius Dias, CEO da ALGETEC, observa que o desenvolvimento do laboratório virtual tem como principais focos as práticas psicomotoras, cognitivas e afetivas. Ressalta também que as práticas são personalizadas, tanto para os cursos quanto para as disciplinas.

Ele acrescenta que, no início da parceria, a preocupação maior foi assimilar o olhar pedagógico da instituição e compreender quais eram os objetivos das práticas educacionais que deveriam ser implementadas. “É como montar um roteiro de filme”, compara Dias.

Depois que a programação passa a integrar o ambiente digital da IES e o sistema começa a rodar, as informações disponibilizadas em tempo real permitem aferir as práticas mais utilizadas e em quais delas os alunos têm mais dificuldades, entre outras informações relevantes.

Experiências como a da UNIASSELVI demonstram que, além de apoio pedagógico, a utilização de laboratórios virtuais produz também ganhos operacionais ao gerar maior eficiência e diminuir os custos na gestão de recursos da instituição de ensino.


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Redação
A redação do portal Desafios da Educação é formada por jornalistas, educadores e especialistas em ensino básico e superior.

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