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Como desenvolver inteligência emocional na sala de aula

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O papel do professor dentro de sala de aula acaba indo muito além da docência em si. Em especial na educação básica, os profissionais são vistos como referência comportamental (muitas vezes sem ter a intenção) diante dos alunos, com relação a atitudes, sentimentos e emoções.  

Mesmo com todo o preparo durante a formação e os anos de experiência, o docente pode observar situações do dia a dia para qual não está preparado. A inteligência emocional surge diante desse cenário para atuar como um porto seguro para o professor, analisando com sabedoria as circunstâncias 

Leia mais: Por que é tão “hard” ensinar soft skills

Conheça nesta publicação algumas informações úteis de auxílio ao educador dentro de sala de aula. 

Aspectos da inteligência emocional que auxiliam o professor

Inteligência emocional não é algo que se conquista da noite para o dia. Podemos classificar a inteligência emocional como “a capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos”, de acordo com Daniel Goleman em seu livro Inteligência Emocional, de 1986.  

Goleman é um dos principais estudiosos do conceito e define que a inteligência emocional pode ser apresentada em 5 pilares:  

Autoconhecimento emocional: conhecer, reconhecer e analisar as próprias emoções é o primeiro passo para observar as ações e atitudes decorrentes do impulso que certos sentimentos podem despertar.  

Controle emocional: lidar com os próprios sentimentos é aprender a adequar os sentimentos em cada situação apresentada. Tentar enxergar o lado positivo e manter um pensamento otimista fará toda a diferença para alcançar o equilíbrio.

Automotivação: a capacidade de orientar as emoções em função de um objetivo ou realizações pessoais. O processo de ansiedade, estresse e outros sentimentos que não incentivam a boa conduta pode impedir o seu progresso e a sua concentração. Seja paciente e tente dirigir os estímulos numa condução de bons pensamentos.

Reconhecer as emoções em outras pessoas: colocar-se no lugar do outro abre caminho para que possamos trabalhar a sensibilidade e a empatia. Todos possuem sentimentos e emoções, de diferentes intensidades e em diferentes momentos.

Relacionamento interpessoal: manter uma boa relação com outros indivíduos é uma habilidade que utiliza competências sociais como base. Guiar o seu sentimento e o dos outros em uma conversa, por exemplo, cria um ambiente positivo para ambos. 

Leia mais: Criatividade em sala de aula: saiba como preparar o profissional do futuro

Professores devem ensinar inteligência emocional na sala de aula. Crédito: Pexels.

Professores devem ensinar inteligência emocional na sala de aula. Crédito: Pexels.

Padrões de inteligência emocional para a profissão do docente

De acordo com o documento de Referenciais para o Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente, do INEP, alguns fatores compõem o perfil de um bom professor. Ao todo o documento indica 20 fatores. Separamos alguns que estão conectados ao conceito de inteligência emocional:

  • Estabelece um clima favorável para a aprendizagem, baseado em relações de respeito, equidade, confiança, cooperação e entusiasmo;
  • Estabelece e mantém normas de convivência em sala de aula, de modo que os alunos aprendam a ter responsabilidade pela sua aprendizagem e a dos colegas;
  • Demonstra valores, atitudes e comportamentos positivos e promovem o desenvolvimento deles pelos alunos;
  • Possui informação atualizada sobre as responsabilidades de sua profissão, incluindo aquelas relativas à aprendizagem e ao bem-estar dos alunos.

São elementos que exigem do professor um certo grau de evolução no que diz respeito as habilidades comportamentais e de inteligência emocional.  “A inteligência emocional é o mais forte indicador de desempenho, explicando um total de 58% de sucesso em todos os tipos de trabalho”, afirma a empresa criadora de programas de treinamento Talent Smart.

Leia mais: Como os professores aprendem as competências que precisam ensinar

Relação aluno e professor é uma oportunidade

É na sala de aula em que o educador poderá criar um canal bastante proveitoso e acessível para estimular a interação equilibrada dos sentimentos. No dia a dia com os alunos, o professor encara uma jornada repleta de surpresas, que devem ser vistas como uma oportunidade de potencializar o controle emocional e identificar pontos de melhorias.

O escritor e professor americano William Arthur Ward diz que:

O professor medíocre conta. O professor comum explica. O bom professor mostra. O professor excelente inspira.

Acontece que nem sempre o docente enxerga dessa forma. O ritmo intenso do professor requer agilidade no processo de composição das aulas, avaliações, lançamento de notas, projetos e muitas outras atividades que às vezes o tiram da necessária auto avaliação comportamental 

Por isso, é que o momento de contato com os alunos em sala se torna a circunstância ideal para que ele possa treinar diariamente essas habilidades.  

A importância do desenvolvimento da inteligência emocional na educação 

Educadores são submetidos a inúmeras situações de estresse que com o tempo podem acabar prejudicando a sua interação social. Ao desenvolver a inteligência emocional, há uma inversão de atitudes que contribuem significativamente para uma docência mais agradável. 

Entre os principais benefícios da inteligência emocional para professores, podemos destacar: 

  • Diminuição dos níveis de estresse;
  • Melhor administração das reações emocionais negativas;
  • Sabedoria para encarar situações difíceis ao invés de evitá-las;
  • Sentimento de realização pessoal;
  • Mais facilidade na transmissão de ideias e pensamentos;
  • Maior autoridade junto aos alunos.

Portanto, estimular o desenvolvimento emocional dos professores é uma ação inteligente que beneficia instituição, docentes e alunos.  

Como desenvolver inteligência emocional

A inteligência emocional também pode ser desenvolvida por meio do hábito, de atitudes e pensamentos que aos poucos vão moldando uma nova forma de agir e raciocinar. Conhecer a si mesmo, entender as emoções, compreender o funcionamento do cérebro em determinadas ocasiões são alguns passos para te ajudar nesse processo. 

Mas isso tudo pode ficar um pouco vago em algum momento. Nessas ocasiões, você pode recorrer a métodos de ensino, que ensinam na prática (e teoria) qual o caminho mais eficaz para o desenvolvimento emocional.

O mercado vai exigir cada vez mais profissionais preparados para lidar com situações intensas. A Slash Education oferece um curso de Inteligência Emocional e Tomada de Decisões com mais de 20 horas aula de conteúdo exclusivo. Além disso, o curso acompanha ferramentas e materiais complementares para auxiliar o seu rápido progresso em busca da tão desejada inteligência emocional. 

Leia mais: A importância de desenvolver “soft skills” em alunos de EAD

Redação
A redação do portal Desafios da Educação é formada por jornalistas, educadores e especialistas em ensino básico e superior.

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