Como fornecer feedbacks satisfatórios, individualizados e ágeis?

Ana Carolina Stobbe • 12 de maio de 2023

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    Reservar um momento para fornecer feedbacks é essencial na rotina dos professores. Essa prática permite aos alunos entenderem o que precisam melhorar e como está sua compreensão sobre o conteúdo.

    O objetivo é ir além das avaliações tradicionais. Uma análise mais global sobre o desempenho, considerando a participação em sala de aula e comportamentos extraclasse, por exemplo, pode contribuir para a formação dos estudantes.

    Para garantir uma melhoria no aprendizado, os feedbacks precisam ser individualizados , levando em consideração as necessidades e as habilidades de cada um. Mas é difícil manter a qualidade desses retornos quando a agilidade e a instantaneidade são exigidas pelos alunos . Então, como fazer isso?

    As demandas dos alunos polegares

    Na websérie Desafios da Educação Talks – Irreversível: o aprender protagonista , o psicólogo, doutor em Ciências Humanas e consultor da Hoper Educação João Vianney diz ter percebido um aumento dos alunos polegares durante a pandemia. Ou seja, aqueles sujeitos hiperconectados que acompanharam o ensino online pelos celulares. Destaca-se que esses estudantes fazem parte da geração Z , que tem como principal característica a natividade digital. Essas pessoas nasceram e cresceram em um mundo mediado pela tecnologia.

    Como estão acostumados com a dinâmica do mundo virtual, onde tudo acontece de forma praticamente instantânea, houve uma mudança nas demandas exigidas por eles. Outra alteração percebida pelo educador foi a forma de consumir conteúdo. Agora, os estudantes preferem vídeos do que em texto – sempre curtos.

    Uma vez que os professores também estavam presentes no universo online, os jovens passaram a exigir uma maior agilidade deles – o que Vianney considera ser uma dificuldade contemporânea.

    “Quando o aluno polegar entra na pandemia, ele quer uma resposta no tempo do WhatsApp, porque é o tempo dele. Eu sou do tempo do e-mail, que chegou no Brasil quando eu tinha 33 anos. Esses alunos já nasceram no tempo da instantaneidade. Então eles querem uma solução instantânea”, comenta Vianney.



    Como superar esse desafio?

    Embora seja necessário educar os estudantes para que compreendam a passagem do tempo para além da instantaneidade, é importante manter-se próximo a esse universo ocupado por eles. Afinal, a educação deve estar próxima ao cotidiano dos estudantes para ser significativa.

    O especialista em aprendizagem digital Scott Hayden defende o uso de vídeos para a promoção de feedbacks no ambiente virtual . Para ele, essa é uma maneira de ampliar os estímulos, ao utilizar imagem, som e movimento. Além disso, o feedback fica disponível para ser acessado sempre que necessário em diferentes suportes.

    Hayden também participou recentemente de um evento no Basingstoke College of Technology, em Basingstoke, na Inglaterra, em que a i nteligência artificial foi utilizada para promover feedbacks e revisões personalizadas nas disciplinas de Matemática e Língua Inglesa.

    Crédito: Julio Bazanini/USP Imagens

    No Brasil, a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) desenvolveu a plataforma Tutoria em parceria com a startup AIBox Lab. Nela, os professores podem corrigir atividades avaliativas de maneira ágil , sem deixar de lado a qualidade e a personalização.

    Vale ressaltar que a inteligência artificial não substitui o professor, mas otimiza suas funções. Conforme explica Hayden em seu LinkedIn :

    “A ênfase dessas ferramentas é dar aos alunos acesso personalizado ao treinamento de habilidades sob demanda e liberar o tempo do professor para mais orientação pessoal, atividades e treinamento com os alunos – as partes do nosso trabalho como professores que nunca podem ser automatizadas são mais valiosas do que nunca”.


    Por Ana Carolina Stobbe

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