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Formados em faculdades privadas são maioria em cargos de liderança

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taxa de empregabilidade

Sede da Meckenzie. Crédito: divulgação/Mackenzie.

De acordo com dados do IBGE, o diploma ainda faz diferença na hora de conquistar uma vaga de emprego no Brasil. De 2012 a 2018, a força de trabalho composta por pessoal sem nenhuma instrução recuou 47%. Já o número de trabalhadores com ensino superior completo avançou 48,2%, passando de 13,1 milhões para 19,4 milhões.

Além disso, um diplomado pode aumentar o salário em até 2,5 vezes. E essa realidade não é exclusivamente brasileira.

No livro The New Geography of Jobs, sem tradução para o português, Enrico Moretti escreve que, de modo geral, regiões onde há maior concentração de trabalhadores com diploma universitário também há maiores salários – inclusive entre os sem diploma, beneficiados por estarem cercados de pessoas qualificadas.

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Excelência e liderança

O potencial e a taxa de empregabilidade, portanto, é um ativo a ser explorado pelas 2,3 mil instituições de ensino superior (IES) no Brasil, a imensa maioria privada.

A cada quatro egressos que entram no mercado de trabalho, três derivam de faculdades particulares. Indo além, dados de 2017 do Semesp – entidade que representa o setor – mostram que a maioria dos cargos de liderança (diretor, gerente, coordenador ou supervisor) são ocupados por egressos provenientes de instituições privadas.

Uma pesquisa mais detalhada do Semesp mostrou que, entre 2001 e 2012, houve um aumento significativo do percentual de egressos do segmento privado que ocupam cargos de gerência (de 81% para 95%), de diretoria (de 69% para 87%) e de presidência (de 66% para 86%).

Entre os fatores que levam os diplomados em IES privadas aos cargos de liderança está a crescente qualificação do setor.

Hoje, não são apenas as universidades públicas que recebem boas avaliações do Ministério da Educação (MEC) ou dos rankings universitários. A maior conexão com mercado de trabalho e o investimento das instituições particulares em tecnologia e inovação também são atrativos.

Áreas como Psicologia, Administração, Publicidade, Engenharia e Direito tem exemplos de excelência reconhecida no setor. Instituições de renome como PUC, FGV e Mackenzie estão entre as mais bem avaliadas e procuradas pelos estudantes.

Já a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) lança em agosto a Slash Education, uma plataforma lifelong learning (educação continuada) focada em soft, hard e superior skills.

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Investimento no capital humano

As instituições que se destacam no setor privado têm buscado alinhar suas estruturas físicas a um outro item que consideram fundamental para atingir a excelência: metodologias ativas de ensino, que colocam os estudantes como principais agentes do aprendizagem, e não como ouvintes passivos.

Revisões curriculares e investimento em laboratórios de experiências práticas também são realidade, à semelhança da exigência de bom rendimento dos professores.

Algumas instituições inclusive estabelecem metas de contratação para aumentar o número de docentes com doutorado ou pós-doutorado. Há estímulo (e pressão) para que alunos e professores publiquem artigos e estudos, tanto em revistas científicas, quanto em veículos da imprensa. A ideia é que o educadores produzam conhecimento que possam ir além do ambiente acadêmico.

Leia mais: Gustavo Borba: inovação não depende de tecnologia, mas de metodologia

O Desafios da Educação errou: A versão anterior deste texto continha informações ambíguas que justificavam o título “Formandos em faculdades privadas têm maior taxa de empregabilidade”. Trata-se de uma constatação óbvia. Na verdade, o objetivo da reportagem é mostrar que formandos de IES particulares são maioria nos cargos de liderança. Por essa razão, o texto foi alterado no dia 7 de agosto de 2019 e, o título, corrigido. 

Redação
A redação do portal Desafios da Educação é formada por jornalistas, educadores e especialistas em ensino básico e superior.

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