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XVI CBESP: Plataforma A aponta caminhos para políticas públicas educacionais no Brasil

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A Plataforma A teve uma presença marcante no XVI Congresso Brasileiro da Educação Superior Particular (CBESP), realizado de 5 a 7 de junho em Mogi das Cruzes, São Paulo. 

Durante os três dias, a edtech da +A Educação (antigo Grupo A) promoveu ações para aproximar-se de seus parceiros. “Mostramos novidades que estão muito alinhadas com as necessidades das instituições. Todos que tiveram oportunidade de conhecer ficaram bem animados”, relata Tatiana Antunes, gerente comercial da plataforma de ensino digital. 

O CBESP, principal evento promovido pelo Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, abordou os dilemas e conflitos na constituição das políticas educacionais no Brasil. Especialistas e executivos da Plataforma A analisaram os pontos altos da 16ª edição. Como resultado, elencaram cinco tendências para diminuir desigualdades e formar pessoas capazes de exercer plenamente a cidadania. 

Os destaques do XVI CBESP, segundo a Plataforma A 

XVI CBESP: evento reuniu mais de 500 lideranças em Mogi das Cruzes (Foto: Thiago Fachini)

XVI CBESP: evento reuniu mais de 500 lideranças e especialistas em Mogi das Cruzes (Foto: Thiago Fachini)

Fortalecer o diálogo entre educação básica e ensino superior  

Entre os destaques, a integração entre a educação básica e o ensino superior foi apresentada como um esforço essencial, visando criar uma continuidade educativa que prepare melhor os alunos para os desafios acadêmicos e profissionais. 

Em conjunto, a universidade, a escola básica e seus professores enfrentam o desafio de reverter a desmotivação dos jovens durante sua vida escolar. Para dar jeito no problema, Renata Perrenoud, consultora da Plataforma A e colunista do Desafios da Educação, ressalta a necessidade de integração entre as áreas acadêmicas e de gestão das instituições para dar força ao corpo docente. 

Além disso, faz um alerta: “Faltam ações ou programas formativos quanto à prática docente. Sem isso, infelizmente, será difícil viabilizar uma educação voltada para o futuro, em que haja um ponto de convergência entre ensino básico e superior.”

Melhorar a qualidade da EAD é prioridade zero 

A educação a distância foi outro tópico central, ressaltada por seu potencial de facilitar a entrada de mais pessoas nas universidades. Lideranças compartilharam como as plataformas digitais podem alcançar estudantes em todas as regiões do país, quebrando barreiras geográficas e socioeconômicas. 

Trata-se ainda de uma oportunidade de melhor explorar a personalização do processo educativo. Mas, para isso acontecer, é preciso incentivar uma evolução na integração de tecnologias emergentes como inteligência artificial, realidades virtual e aumentada, multimeios de aprendizagem, softwares para compilação de conteúdos e resolução de problemas. 

“Sabemos que já existem tecnologias educacionais e metodologias de ensino e aprendizagem que funcionam bem melhor do que o modelo tradicional”, defende Gustavo Hoffmann, consultor da Plataforma A, especialista em metodologias ativas de aprendizagem, ensino híbrido e sala de aula invertida. “O grande desafio do poder público é criar políticas que permitam a adoção de modelos inovadores, escaláveis, acessíveis, eficientes e que tenham, sobretudo, qualidade.”

Colocar a EPT no centro do debate 

O evento abordou a educação profissional e tecnológica (EPT) como um motor essencial para o desenvolvimento nacional. Os participantes exploraram como a formação técnica pode impulsionar a economia, capacitando profissionais para atuar em setores estratégicos e inovadores.  

A EPT é uma modalidade educacional prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) que contribui para a preparação dos jovens e estudantes ao mercado de trabalho. 

Apostar na modalidade é uma forma de atrair e garantir a permanência dos alunos. Afinal, visa o desenvolvimento de soft skills que geram mais oportunidades no mercado de trabalho. 

CC-PARES: volta de conselho para debater EAD é bom sinal

MEC vai recriar conselho para debater EAD e outras questões do ensino superior (Foto: Thiago Fachini)

A Secretária de Regulação e Supervisão da Educação Superior do Ministério da Educação (Seres/MEC), Marta Abramo, anunciou o retorno do Conselho Consultivo do Programa de Aperfeiçoamento dos Processos de Regulação e Supervisão da Educação Superior (CC-PARES), extinto em 2018 na gestão Michel Temer (MDB). 

O CC-PARES retorna como uma mesa de diálogo permanente para discutir políticas de regulação e supervisão do ensino superior com representantes do setor. Marta anunciou que a portaria para a retomada do conselho será publicada em breve. 

“Essa será uma marca da nossa gestão, de fazer a construção da revisão dos marcos regulatórios nessas mesas permanentes de diálogo, de forma participativa e respeitosa, como sempre fizemos”, disse a secretária. 

Atenção às metas do novo Plano Nacional de Educação (PNE) 

No dia 28 de maio de 2024, a Comissão de Educação do Senado aprovou o projeto de lei (PL) 5665/2, que prorroga a vigência do Plano Nacional de Educação (PNE) até 31 de dezembro de 2025. 

A caminho do fim, o atual PNE tende a ser prorrogado mais uma vez. O último balanço da Campanha Nacional pelo Direito à Educação estimou em cerca de 90% o patamar de descumprimento das metas e estratégias do plano educacional. 

Sem expectativa de serem atingidos estão os escores relacionados à alfabetização, erradicação do analfabetismo, acesso de crianças e jovens à educação básica, inclusão de alunos com deficiência 

Pandemia, cortes no orçamento e falta de priorização são alguns dos motivos para o não avanço das propostas. Ainda assim, não justificam o cenário desolador da educação brasileira. Por esse motivo, os painelistas do CBESP abordaram a evolução das metas com tom de urgência. 

“⁠⁠É provável que tenhamos no novo PNE atualizações importantes, prevendo práticas pedagógicas inovadoras, como incentivo ao uso da tecnologia dentro e fora da sala de aula, incluindo a utilização da inteligência artificial, bem como o uso das metodologias ativas e formas colaborativas de aprendizagem”, projeta Gustavo Hoffmann. 

Soluções para transformar a experiência do estudante

A Plataforma A anunciou no CBESP novidades alinhadas ao tema do evento, “Políticas públicas educacionais: soluções criativas e inovadoras para um novo Brasil”, com objetivos expressos na Carta de Mogi das Cruzes. 

Entre as novidades, destaca-se um aplicativo que permite aos alunos estudarem offline, democratizando o acesso à educação, especialmente para aqueles sem internet de qualidade. 

A SAGAH, por sua vez, apresentou a evolução de sua solução de conteúdo, agora transformada em uma experiência de aprendizagem integrada. A atualização visa novamente revolucionar o ensino superior brasileiro, assim como tem feito nos últimos 10 anos. 

As principais características da atualização incluem:

  • Tutor virtual automatizado com inteligência artificial; 
  • Montagem de trilhas de aprendizagem para otimização do tempo; 
  • Novos objetos de aprendizagem integrados no catálogo de unidades de aprendizagem (UAs); 
  • Edição e personalização em escala para maior agilidade.
Redação
A redação do portal Desafios da Educação é formada por jornalistas, educadores e especialistas em ensino básico e superior.

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