Escolas brasileiras têm pior proporção de computador por aluno

Redação Pátio • 30 de setembro de 2020

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    As escolas do Brasil têm, em média, menos de um computador para cada quatro alunos de 15 anos . Isso joga o país para o penúltimo lugar em um ranking de 78 países e regiões para esta questão.

    Divulgada na terça-feira (19), a constatação está disponível em Políticas Eficazes, Escolas de Sucesso , quinto de seis volumes das análises do PISA 2018.

    O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes é aplicado a cada três anos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O PISA avalia o desempenho de estudantes de 15 anos em leitura, matemática e ciências.

    O desempenho na avaliação posicionou o Brasil no 57ª lugar entre os 77 países e regiões com notas disponíveis em leitura, na 70ª posição em matemática e na 64º posição em ciências, junto com Peru e Argentina, em um ranking com 78 países.

    Além das provas, as escolas respondem a questionários que ajudam a entender a situação de cada país ou nação participante.

    De acordo com o relatório, os países membros da OCDE têm cerca de um computador por estudante para fins educacionais. Áustria, Islândia, Luxemburgo, a região de Macau (China), Nova Zelândia, Reino Unido e Estados Unidos possuem mais de um computador, chegando a uma média de 1,25 aparelho por estudante de 15 anos.

    Na outra ponta, o Brasil não está sozinho. A pior proporção de computador por aluno entre países testados no PISA também é identificada em países como Albânia, Grécia, Kosovo, Montenegro, Marrocos, Turquia e Vietnã: todos têm um (ou menos) computador disponível para cada quatro estudantes.

    O estudo mostra que a relação entre um melhor desempenho dos estudantes e a disponibilidade de computadores varia. Nem sempre estudantes com maior acesso vão melhor nas provas. Mas, no Brasil, assim como, por exemplo, na Estônia, Cazaquistão, Malásia, Nova Zelândia e Ucrânia, estudantes de escolas com mais computadores pontuaram mais em leitura.

    Desigualdade pós-pandemia

    Apesar de os resultados serem de 2018, anterior à pandemia do novo coronavírus , a OCDE afirma que já percebe desigualdades entre países, regiões e entre escolas mais ou menos favorecidas economicamente dentro de um mesmo país.

    Entre os países da OCDE, 27% dos estudantes em média estavam matriculados em escolas cujos diretores relatam que a aprendizagem é prejudicada pela falta de professores e a falta de pessoal ao longo de 2020. “Aqueles que podiam, continuaram ensinando e aprendendo online; aqueles que não tinham computadores ou acesso à internet tiveram mais dificuldade”, diz o texto.

    Segundo o relatório, garantir que todas as escolas tenham recursos adequados e de alta qualidade, e o apoio apropriado, é fundamental para que os alunos de todas as origens tenham oportunidades iguais de aprender e ter sucesso na escola.

    Pisa 2018

    O Pisa 2018 foi aplicado em 79 países e regiões a 600 mil estudantes de 15 anos. No Brasil, cerca de 10,7 mil estudantes de 638 escolas fizeram as provas. O Brasil teve uma leve melhora nas pontuações de leitura, matemática e ciências, mas apenas dois a cada 100 estudantes atingiram os melhores desempenhos em pelo menos uma das disciplinas avaliadas.

    China e Singapura lideram os rankings das três disciplinas. O Brasil, nos três, fica atrás de países latino americanos como Costa Rica, Chile e México. Supera, no entanto, Colômbia e Peru em leitura e a Argentina em leitura e matemática.

    Texto originalmente publicado pela Agência Brasil e editado pelo Desafios da Educação

    Por Redação Pátio

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