By A educação a distância (EaD) vem sendo a modalidade mais procurada por aqueles que iniciam um curso de graduação. Em 2020, os resultados do Censo da Educação Superior mostraram que a EaD ultrapassou pela primera vez de forma geral o ensino presencial no número de ingressantes, com 53,4% do total de novos alunos.
O levantamento referente a 2021 confirmou essa tendência, mostrando que 62,8% dos calouros daquele ano estavam matriculados para aulas a distância. Uma das razões para esse aumento é a acessibilidade que a EaD proporciona. Hoje é possível estudar de casa, pagando mensalidades baratas.
Mas essa acessibilidade não se resume a local e custos. O acesso à educação é um direito, assegurado em Constituição, a todas as pessoas. Por isso, ao disponibilizar suas aulas por meio de plataformas digitais, as instituições de ensino superior (IES) devem contar com ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) que garantam o aprendizado de estudantes com as mais diversas características, independentemente da sua condição.
A EaD tem se expandido no mercado educacional atual. Créditos: Pexels
A importância da acessibilidade nos AVAs
Segundo o último levantamento do Ministério da Educação (MEC), em 2021, 24.062 estudantes com algum tipo de de deficiência ingressaram no ensino superior. Destes, a maior parte (7.704) com baixa visão – o que mostra a necessidade de incluir nos cursos ferramentas para atender às demandas dessa população.
Além disso, a acessibilidade do conteúdo é um dos critérios avaliativos do MEC. Caso não a ofereça, a IES perde pontos e corre até mesmo risco de não ter seu credenciamento autorizado.
Em entrevista ao Desafios da Educação, a conselheira da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed) Karina Tomelin falou sobre a importância do desenvolvimento de políticas institucionais, sistemas pedagógicos e núcleos de acolhimento voltados aos alunos com algum tipo de deficiência.
Na mesma publicação, Brisa Teixeira, que é audiodescritora, revisora e designer instrucional, pondera que o principal entrave à acessibilidade em aulas virtuais é que muitas IES não planejam ações nesse sentido durante a criação dos seus cursos.
O planejamento é fundamental por diversos fatores. Entre eles, a necessidade de estabelecer um AVA acessível, que comporte o uso de tecnologias adequadas, promova o acolhimento dos estudantes e siga o alinhamento pedagógico da instituição.
Nesse contexto, as edtechs surgem como importantes parceiras de trabalho. Por meio de tecnologia de ponta e soluções disruptivas, elas oferecem alternativas para promover a acessibilidade digital dentro dos espaços acadêmicos. Atualmente, a Plataforma A é a edtech com a maior gama de recursos nesse segmento de mercado.
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7 recursos indispensáveis em um AVA
A acessibilidade é um direito dos estudantes, um dever das IES e também uma demanda de mercado. Separamos sete recursos que toda instituição deve ter. Confira:
Teclado virtual
O teclado virtual é um teclado exibido na tela do computador que possibilita a digitação utilizando um dispositivo apontador, como o mouse. Esse recurso é importante para alunos deficientes visuais ou cegos, e também para aqueles com problemas relacionados a foco, mobilidade e destreza, já que permite a digitação sem o uso do teclado real e conta com a previsibilidade de palavras pré-armazenadas.
Descrição de imagens
As descrições de imagens geralmente são divididas em simples e complexas. As simples são inseridas na própria legenda da imagem, ficando visíveis a todos. Já as complexas são postas em um texto alternativo, pois não cabem nas legendas.
Elas não ficam visíveis, mas podem ser lidas por programas leitores de tela. Dessa forma, as descrições da imagem são exibidas em uma janela pop-up.
Esse recurso é utilizado para transformar imagens, figuras, fotografias, tabelas e gráficos em palavras. Dessa forma, também auxilia na aprendizagem de deficientes visuais ou cegos.
Leitor de texto
Essa ferramenta transforma o texto selecionado em áudio. Pode ler artigos em sites e PDFs, entre outros tipos de materiais.
Não é compatível com todos os navegadores, mas funciona no Google Chrome, um dos preferidos dos usuários de internet. Há extensões que podem ser adquiridas para a leitura de textos dentro do navegador e também de arquivos.
Ampliador de texto
Pessoas com deficiência visual leve podem usufruir do ampliador de tela na unidade de aprendizagem. Esse recurso permite o ajuste de um texto ou imagem para que detalhes e aspectos sejam analisados de forma eficaz. O usuário amplia o conteúdo selecionado da unidade de aprendizagem com o cursor no modo Tooltip – uma pequena janela de texto.
Cor personalizada – Planos de fundo
Com esse recurso é possivel alterar a cor de fundo de documentos, livros, textos etc. Algumas ferramentas de planos de fundo não são adequadas para estudos de acordo com os níveis de sensibilidade de cada pessoa. Portanto, é importante ter uma forma de ajuste para que a leitura de materiais seja confortável aos olhos do estudante.
Fonte legível
Para conteúdo digital, as fontes sem serifa – ou sans-serif – são mais acessíveis. Isso porque uma fonte sem serifa não tem prolongamentos nos caracteres, ou seja, são mais limpas e facilitam a distinção entre as letras.
Já as fontes serifadas podem dificultar a leitura para quem tem baixa visão, devido aos prolongamentos, que podem dar a impressão de que um caractere está unido ao outro.
Modo de leitura
Esse recurso apresenta o conteúdo da unidade de aprendizagem em uma nova janela de forma clara e legível, sem formatações. Dessa forma, o estudante consegue ter uma ampla visão do conteúdo, sem distrações externas, já que a aba de leitura preenche toda a tela do computador, tablet, celular ou qualquer outro aparelho usado para os estudos.
Os recursos de acessibilidade são formas de promover a inclusão no ensino superior, especialmente na EaD. Com eles, as IES podem transformar os espaços acadêmicos em ambientes tecnológicos e inovadores, em que todos os alunos têm a oportunidade de se desenvolver por meio da aprendizagem.
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