Em um mundo cada vez mais automatizado, as novas gerações crescem acostumando-se com soluções pré-definidas, padrões de comunicação e até mesmo um certo desinteresse por comportamentos que exigem uma mente criativa.
Nesse cenário, essas gerações que formarão os profissionais do futuro estão sendo preparadas para acompanhar uma sociedade em constante evolução tecnológica, o que é ótimo, mas existem habilidades pessoais que não podem ser executadas por máquinas. Uma delas é a criatividade, que faz total diferença no mercado de trabalho.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da agenda climática de paris, haverá uma grande mudança no perfil de trabalho nos próximos 10 anos. Seis milhões de empregos acabarão e 24 novos serão criados em até 10 anos.
Leia mais: Educação baseada em competências vai além do ensino técnico
Se por um lado temos funções de humanos sendo ocupadas por robôs, teremos também novos cargos de exclusividade humana, porém, de responsabilidade de quem possui determinadas desenvolvidas, como a criatividade.
Com isso, fica visível para educador a importância de estimular a criatividade dentro de sala de aula, uma vez que estará contribuído significativamente para a formação relevante dos alunos que virão a ocupar os novos cargos do amanhã.
Como se preparar
A formação contínua é a maneira mais eficiente para que o educador possa manter o alto desempenho e aprimorar o seu desenvolvimento pessoal. Foi até criado um termo específico para designar esse conceito de aprendizado, conhecido como lifelong learning, que pode ser traduzido para “aprendizado ao longo da vida”
Atualizar o conjunto de habilidades e conquistar novas capacidades é a chave para a inovação e para que seja possível enfrentar os desafios das mudanças globais, que envolvem, inclusive, transformações na educação.
Alguns formatos de aprendizagem podem surgir como boas opções para o momento de vida em que o educador se encontra. Dentro desse cenário, podemos destacar:
- Pós-graduações/mestrados;
- Cursos rápidos;
- Aprendizagem colaborativa;
- Educação in company;
- Mentorias;
- Conteúdo online (webinars, e-books);
- Educação a distância (EAD);
Leia mais: A relevância da soft skills nos profissionais do futuro
Propondo novas abordagens dentro de sala
Além da formação contínua, o educador tem a disposição alguns métodos para levar ao aluno situações práticas que estimulam a resolução de problemas e o pensamento criativo.
Mitchel resnick, professor e pesquisador no Massachusetts Institute of Technology (MIT) defende um conceito de aprendizagem criativa, que compreende 4Ps:
- Projetos (projects);
- Paixão (passion);
- Parceria (peers);
- Pensar brincando (play);
Estimular a criatividade já faz parte dos pilares do currículo nacional de educação básica em escolas inglesas. A forma de educação que visa experimentação e mão-na-massa (hands on) convida os estudantes a serem co-autores da sua própria educação. Isso serve tanto para o ensino básico como para o ensino superior.
Leia mais: Como os professores aprendem as competências que precisam ensinar
Nesse caso, como o aluno se torna o centro do processo educativo, são criadas condições reais do cotidiano que permitem ao estudante experimentar, errar, aprender, analisar e muito mais.
O educador pode apresentar uma linguagem mais próxima do universo do aluno, demonstrando elementos atuais como músicas, séries e filmes, além de atividades de interação.
Criatividade não é um dom impraticável e não é exclusividade de grandes gênios. A criatividade pode ser desenvolvida e um dos primeiros passos é a mudança de hábitos. Ser mais criativo só depende de você e dos seus anseios por novos conhecimentos.
Algumas etapas para você estimular a criatividade:
- Você precisa se desconectar para exercitar o cérebro;
- Abra espaço para novas atividades;
- Mude a primeira ou última atividade do dia;
- Consuma conteúdo relevante semanalmente;
- Faça pausas produtivas durante o dia;
Saiba mais: 5 hábitos para ser mais criativo
Comments