Tecnologia Educacional

Inteligência artificial: 4 alternativas ao ChatGPT

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Os avanços da inteligência artificial (IA) nunca foram tão evidentes. Desde novembro do ano passado, quando a empresa norte-americana Open AI lançou o ChatGPT, o uso de plataformas de linguagem natural tem motivado debates fervorosos sobre os rumos da ciência e da educação no mundo todo.

O fato de a ferramenta ser capaz não apenas de resolver problemas matemáticos e responder perguntas, mas também de produzir conteúdo original – inclusive textos longos e argumentativos que parecem ter sido escritos por um humano –, levou escolas a vetarem seu uso nos Estados Unidos, para evitar plágio em redações e nos deveres de casa.

ChatGPT trouxe novos horizontes para o mercado de inteligência artificial. Crédito: Foto de Airam Dato-on.

Mas barrar o uso dessa tecnologia não é o melhor caminho. A inteligência artificial pode ser uma aliada no processo de aprendizagem, especialmente no que diz respeito à aplicação de metodologias ativas que dialoguem com as novas gerações, nascidas e criadas em um mundo hiperconectado. Diante desse cenário, é fundamental que gestores e educadores acompanhem as mudanças. E, pelo ritmo atual, tudo indica que em 2023 haverá muitas, já que a disputa pelo mercado se tornou uma espécie de corrida espacial da nova era.

Novas possibilidades a caminho

Recentemente, a própria OpenAI anunciou o GPT-4, um upgrade do modelo de linguagem  multimodal que alimenta o ChatGPT. Ele aceita imagens, vídeos ou áudios como entrada para gerar respostas e tem capacidade de obter uma pontuação de quase 90% no LSAT – teste que os estudantes dos EUA precisam fazer para serem admitidos na faculdade de Direito.

Por meio do Microsoft 365 Copilot, os recursos do GPT-4 poderão ser usados em programas da Microsoft, como Word, Excel, PowerPoint, Outlook e Teams, como uma forma de ajudar na produtividade. No editor de documentos, por exemplo, será possível gerar um rascunho a partir de anotações feitas sobre uma reunião.   Caberá ao usuário fazer a edição e revisão do texto.

Como as possibilidades são ilimitadas, isso é só o começo. Outras empresas já oferecem ferramentas de IA com funções similares, e não deverão tardar a divulgar upgrades desses bots.

Conheça alguns concorrentes do ChatGPT

ChatSonic

Crédito: Divulgação/ Writesonic.

Desenvolvido pela Writesonic e autointitulado “ChatGPT com superpoderes”, este chatbot utiliza a base de dados do Google para responder perguntas.

Nesse sentido, leva vantagem em relação ao rival, que, mesmo com a atualização, só considera publicações da internet até setembro de 2021. A versão gratuita, porém, só permite que o usuário faça 25 perguntas por dia.

Mais direcionado para ambientes corporativos e profissionais de escrita criativa, marketing e e-commerce, o ChatSonic é capaz de reconhecer comandos de voz e gerar áudios a partir de textos. Isso porque utiliza uma base de dados com falas reais de seres humanos. Também tem a capacidade de criar imagens, produzidas conforme a descrição do usuário, a partir do DALL-E 2 e do Stable Diffusion, ferramentas de IA criadas especificamente para isso.

Chat LLaMA

Crédito: Divulgação/Meta.

O modelo de linguagem da Meta para disputar com o ChatGPT foi vazado online, gerando preocupações na comunidade científica e levantando questões sobre a segurança dos dados. Anunciado em fevereiro, o bot da empresa de Mark Zuckerberg deve ter uma licença não comercial, para uso exclusivo de pesquisadores.

A ferramenta é apontada como uma forma de integrar os produtos e serviços da companhia, como Messenger e WhatsApp. Yann LeCu, líder da divisão de pesquisa de IA na Meta, afirmou que o LLaMA será um modelo de linguagem que usa menos parâmetros do que os concorrentes (65 bilhões, ante 175 bilhões do ChatGPT), mas “tão poderoso quanto ou mesmo melhor”. A empresa já teve problemas com outros modelos, como o BlenderBot, criticado por compartilhar desinformação e opiniões antissemitas, e o Galactica, por gerar conteúdo falso e racista.

GoogleBard

Crédito: Divulgação/Google.

É claro que a Google não poderia ficar de fora dessa disputa. Anunciado em fevereiro, o Bard é alimentado pelo LaMDA (Language Model for Dialogue Applications, ou modelo de linguagem para aplicações com diálogos), tecnologia de IA criada para modelos de linguagens e conversação.

Logo na apresentação, a ferramenta cometeu um erro ao afirmar que o telescópio James Webb tirou as primeiras fotos de um planeta fora do nosso sistema solar – quando, na verdade, isso ocorreu há quase 20 anos. Em fase de testes, o bot poderá reunir respostas complexas organizadas em tópicos, oferecendo insights para perguntas mais elaboradas. Nos próximos meses, seus recursos já devem aparecer na busca do Google.

Ernie Bot

Vem da China aquele que promete ser um dos concorrentes mais fortes do ChatGPT. Mas, por ora, o bot da Baidu ainda tem restrições de capacidade. Sua demonstração, dia 16 de março, foi restrita a vídeos curtos e pesquisas simples, o que, segundo o CEO da empresa, Robin Li, ocorreu pela “pressão do mercado” em acelerar o lançamento.

Por enquanto, o chatbot está aberto apenas para usuários com códigos de convite. A ferramenta também será usada para aperfeiçoar o mecanismo de busca da Baidu e para aumentar a eficiência em nuvem, entre outras funcionalidades.

O que esperar da Apple

Em um mercado tão disputado, crescem os rumores sobre que recurso a gigante fundada por Steve Jobs, conhecida por seus produtos diferenciados, poderá oferecer nesse campo.

De acordo com o jornal The New York Times, a Apple promoveu recentemente um evento interno em que abordou os avanços da IA, reunindo colaboradores que trabalham na divisão da Siri, assistente de voz de iPhone, iPad, Mac e outros dispositivos da empresa. Embora seja apenas uma especulação, esse é um indício de que a Apple vai, sim, entrar na corrida dos bots de inteligência artificial.


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