A Ser Educacional comunicou em fato relevante nesta quarta-feira (13) que não exercerá o direito de compra do Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter), do Centro Universitário Fadergs e do Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação (IBMR).
As instituições – localizadas no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro – foram oferecidas à Ser após o frustrado acordo de compra dos ativos da Laureate no Brasil. Todas as marcas da companhia americana acabaram vendidas para a Ânima Educação.
Campi do IBMR, no Rio de Janeiro. Crédito: divulgação.
Entenda o caso
A Ser tinha grande interesse nas instituições de ensino superior da Laureate, grupo americano dono de marcas como UnP, Unifacs e Anhembi-Morumbi, além da UniRitter, Fadergs, IBMR, entre outros. Tanto é que a Ser Educacional chegou a anunciar a compra dos ativos. Mas a transação tinha uma cláusula “go shop”, o que permitiu a Laureate aceitar propostas mais atraentes.
Aos olhos da Laureate, a Ânima apresentou uma proposta melhor e a Ser Educacional ganhou o direito de uma indenização – uma multa contratual rescisória de R$ 180 milhões. O valor deve ser pago pela Ânima em cash ou em ativos que eram da Laureate – FPB e UniFG.
Na negociação, a Ânima também cedeu uma opção de compra à Ser da UniRitter, da Fadergs e do IBMR no valor total de R$ 1 bilhão , segundo fontes do mercado. A Ser teria oferecido metade do valor e por isso o acordo não foi fechado.
A Ânima informou que, apesar de não exercer o direito de compra agora, a Ser Educacional segue com a preferência até 30 dias depois da transação com a Laureate ser fechada e aprovada pelo Cade – o que deve ocorrer em quatro meses.
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