O que preocupa os professores na volta às aulas presenciais

Redação • 26 de novembro de 2021

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    O segundo semestre de 2021 ficou marcado pela volta gradual às aulas presenciais no ensino básico. Até outubro,  segundo levantamento do portal G1 , nove estados do Brasil autorizaram o retorno para todos os alunos, em todos os dias da semana.   

    Em novembro, o movimento se intensificou. Pelo menos mais cinco estados – São Paulo, Bahia, Mato Grosso, Piauí e Rio Grande do Sul – anunciaram a retomada da presencialidade.   

    A situação atual da pandemia abre perspectivas para que 2022 possa ser, finalmente, o ano de regresso massivo às escolas. Hoje, a  média móvel  de óbitos por Covid-19 está em tendência de queda no Brasil. Ao mesmo tempo, 61,7% da população já recebeu o  esquema vacinal completo .  

    Mas qual é a visão dos professores sobre a  volta às aulas presenciais ? Para entender os desafios e perspectivas desse cenário, o Instituto Península ouviu, recentemente, cerca de 2,5 mil professores e gestores das redes de ensino municipais, estaduais e privada.   

    Saúde mental é o principal desafio    

    A pesquisa indica que a principal preocupação dos educadores é com a  saúde mental . Entre os entrevistados, 57% responderam que gostariam de receber apoio psicológico e emocional.   

    A necessidade de cuidados fica evidente quando 55% dos professores dizem estar sobrecarregados. Sem contar que 47% afirmam estar ansiosos. Por outro lado, os que se sentem felizes e calmos são apenas, respectivamente, 6% e 7%.   

    “É preciso dar atenção ao que os professores estão sinalizando, pois eles estão na linha de frente para que a educação aconteça. Seja nas aulas remotas ou presenciais, são eles que conhecem as dificuldades cotidianas”, defende a diretora executiva do Instituto Península, Heloisa Morel, em  entrevista ao site da entidade  

    A saúde mental dos alunos também aflige os docentes. Afinal, 48% desejam receber orientação e recursos para dar suporte emocional e reforçar o engajamento dos estudantes.   

    Além disso, a pesquisa identificou as seguintes demandas por parte dos professores no período de volta às aulas presenciais:  

    • Formação continuada para o uso contínuo de recursos tecnológicos e que apoiem a aprendizagem dos alunos (47%);
    • Apoio e materiais pedagógicos para a realização de avaliações diagnósticas (45%);
    • Apoio para lidar com os protocolos sanitários de retorno e questões de saúde (35%).

    A boa notícia, segundo o levantamento, é que 73% dos professores entrevistados estão totalmente vacinados, enquanto 26% tomaram a primeira dose da vacina. Apenas 1% não recebeu nenhuma dose.   

    Preocupações com a aprendizagem   

    O impacto do período de aulas remotas na aprendizagem dos alunos é outra preocupação dos professores. Para 57% dos entrevistados, o principal desafio do retorno ao ensino presencial é recuperar a aprendizagem.   

    Para superar a defasagem, os profissionais ouvidos pelo Instituto Península defendem, por exemplo, a adoção de medidas de acolhimento dos alunos. Inclusive, com a  participação ativa das famílias  

    Do ponto de vista do ensino, eles valorizam o suporte de diferentes metodologias. Segundo a pesquisa, 59% reconhecem os formatos híbridos de ensino como uma alternativa para potencializar o desenvolvimento dos alunos.   

    Na visão dos docentes, o  ensino híbrido  gera mais autonomia e estimula a criatividade nos jovens.  No início de novembro, o Conselho Nacional de Educação (CNE) divulgou que está elaborando um documento favorável à permanência do ensino híbrido na educação básica após a pandemia.   

    “Aquela rotina escolar que tínhamos antes da pandemia, na escola e na faculdade, não volta mais como era antes. O ambiente de aprendizagem é outro, os modos de interação serão outros e as pedagogias ativas serão cada vez mais disruptivas”, afirma a presidente do CNE, Helena Guimarães de Castro ao  jornal Extra  

    Por Redação

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