Pela 1ª vez, negros são maioria em universidade pública. Mas desigualdade permanece

Redação • 14 de novembro de 2019

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit

Acompanhe

    Diplomação de estudantes no Rio de Janeiro: escolarização de negros aumentou, mas desigualdade persiste. Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil.

    Na universidade pública, o número de estudantes negros passou, pela primeira vez, o de brancos. A informação é da pesquisa “Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil”, feita pelo IBGE e divulgada na quarta-feira (13), a partir da Pnad Contínua.

    Em 2018, o Brasil teve 1,14 milhão de estudantes autodeclarados pretos e pardos (50,3% do total), enquanto os brancos ocupavam 1,05 milhão (48,2%) de vagas em instituições de ensino superior (IES) federais, estaduais ou municipais.

    A diferença de 1,5 ponto percentual é de alunos autodeclarados amarelos ou indígenas.

    Segundo análises verificadas pelo portal Desafios da Educação , o avanço da população negra na universidade pública tem algumas razões. Entre elas, a universalização do ensino fundamental, a redução da evasão escolar e as políticas afirmativas, como cotas raciais e sociais. A autodeclaração das pessoas de cor preta ou parda nas pesquisas do IBGE também influenciaram a proporção.

    Na rede privada, brancos seguem sendo maioria. Proporcionalmente, eram 52,3% em 2018. Negros, 46,6%.

    Desigualdade permanece

    Apesar dos pretos ou pardos representarem a maioria na universidade pública, eles permanecem sub-representados – uma vez que negros são 55,8% da população brasileira. Além disso, a desigualdade em relação a cor e raça persiste em outros campos.

    Negros são maioria no desemprego: em 2018, eles representam 64,2% dos desocupados e 66,1% dos subutilizados.

    Salários menores: o rendimento médio mensal das pessoas ocupadas brancas (R$ 2.796) foi 73,9% superior ao da população preta ou parda (R$ 1.608).

    Menos cargos de liderança: no Brasil, a proporção de brancos (68,6%) em cargos gerenciais era maior que a de pretos ou pardos (29,9%). No Norte e no Nordeste, contudo, a proporção de pretos ou pardos em cargos gerenciais era maior em 2018 – 61,1% e 56,3%, respectivamente.

    Segurança 1 : negros têm quase três vezes mais chances de morrerem assassinados, segundo levantamento do IBGE.

    Segurança 2 : segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), mais da metade dos alunos pretos ou pardos estudavam em estabelecimentos localizados em área de risco – em termos de violência.

    Por Redação

    Gostou deste conteúdo? Compartilhe com seus amigos!

     Categorias

    Ensino Superior

    Ensino Básico

    Gestão Educacional

    Inteligência Artificial

    Metodologias de Ensino

    Colunistas

    Olhar do Especialista

    Eventos

    Conteúdo Relacionado