Métodos ágeis: como nasceu a nova versão de SAGAH

Ricardo Lacerda • 17 de maio de 2021

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    Grandes mudanças não acontecem de uma hora para outra. Com o Grupo A, fundado há quase cinco décadas em Porto Alegre (RS), não é diferente. Um dos principais players da área de educação no Brasil, a empresa anunciou em março um reposicionamento estratégico envolvendo marca e operação.

    Recém-criada, a holding +A Educação se estrutura em três verticais: Edtech, com a Plataforma A , voltada a soluções disruptivas de ensino e aprendizagem; Health, com a Artmed, direcionada à qualificação profissional em saúde; e Publishing, com o Grupo A, responsável pelo braço editorial.

    Entre as operações da Plataforma A está a SAGAH. Especializada em conteúdo e tecnologias disruptivas , capazes de elevar a educação a distância a um novo patamar, a unidade de negócios é um dos carros-chefes da nova vertical. Hoje, suas soluções impactam a rotina de mais de 1 milhão de estudantes Brasil afora – fruto de um crescimento de 35% em relação ao ano passado, quando eram 742 mil de usuários.

    Essa enorme capilaridade se deve, em especial, à nova versão da plataforma, que inclui a solução integrada SAGAH Pro. Mais intuitiva e amigável, a SAGAH 2.0 teve sua migração concluída entre o fim de 2020 e o primeiro trimestre do ano em mais de 95% das instituições parceiras.

    SAGAH 2.0: backstage ágil

    Para o mercado, a modernização da plataforma da SAGAH é uma novidade que começa a ser assimilada.

    Internamente, porém, trata-se de um desejo antigo.

    Além da necessidade de avançar na usabilidade, havia dificuldades técnicas para suportar a expansão da solução sem maiores entraves e ainda acrescentar recursos. “Precisávamos melhorar a experiência do usuário , mas sobretudo desenvolver um produto escalável”, explica Jackson Braga Fernandes, chief project officer (CPO) da +A Educação.

    A demanda foi entregue pela equipe da SAGAH ao Inovatech, departamento criado no fim de 2019 para atender as verticais do grupo baseadas em tecnologia. O desenvolvimento da SAGAH 2.0 é, até agora, o projeto mais complexo liderado pelo Inovatech.

    “Nosso objetivo é gerar produtos de valor e com entrega rápida. E não foi diferente com o SAGAH 2.0, que nasceu dentro de um conceito padronizado, de trabalho em nuvem, com apoio para ganhar escala sem complicações”, detalha.

    No lugar do que Fernandes chama de ‘grande monolito’ – um produto estanque, com pouca flexibilidade –, entrou em cena uma plataforma mais leve, escalável, mais ágil e menos onerosa.

    A atuação do Inovatech segue os preceitos da cultura ágil . Entre os métodos mais recorrentes estão a user experience (UX) e o Scrum.

    No projeto SAGAH, a equipe foi organizada em um squad de sete pessoas, com sprints de duas semanas. Outro squad ficou responsável por sustentar a versão antiga. Mas vários outros profissionais da +A Educação participaram da iniciativa, organizada em cinco grandes etapas:

    1. ideação;
    2. prototipação;
    3. validação;
    4. desenvolvimento;
    5. homologação.

    “Envolvemos todos os stakeholders da SAGAH, alinhando expectativas, trazendo necessidades e gerando visão de produto”, diz o CPO. Para ele, o uso do workshop colaborativo lean inception foi fundamental para o sucesso da empreitada. “A partir daí, conseguimos criar uma visão do produto para, então, trabalhar em protótipo e torná-lo funcional.”

    O lean inception é uma reunião em que participam colaboradores de diferentes setores e pode durar vários dias. Essa “cerimônia” mescla técnicas de design thinking e lean startup e tem como meta um produto mínimo viável (MVP).

    “Aqueles dias de queima de massa cinzenta valeram a pena, pois dali saiu algo bem desenhado, que foi para a mão das UX fazerem prototipação”, salienta Fernandes. “Foi bom, também, porque criou um senso de dono em todas as áreas que contribuíram.”

    A versão testada com o primeiro cliente piloto, denominada MVP, demandou quatro meses de trabalho. “Foi extremamente relevante para validarmos o produto e gerar insights de melhorias para avançar e fazer a migração aos demais parceiros”.

    Mesmo com experiência de usuário mais amigável, ainda era preciso adicionar funcionalidades. Por conta disso, enquanto era feita a migração gradual das IES para a nova versão, o produto era aperfeiçoado.

    Atualmente, a SAGAH prepara moldes de pesquisas para averiguar o retorno junto aos clientes. Mas desde a apresentação do produto, diz Fernandes, a expectativa sempre foi alta. “A aceitação inicial foi 100% positiva, gerando forte interesse nos benefícios que o SAGAH 2.0 oferece, sobretudo na parte de layout e experiência do usuário.”

    Por Ricardo Lacerda

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