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A tomada de decisão baseada em dados é uma realidade no setor educacional. Hoje, as melhores práticas comerciais e pedagógicas são formatadas e adaptadas a partir da análise dos mercados disponíveis. Foi assim que realizamos um panorama sobre o mercado do Ensino Superior na região Sudeste do Brasil.
Desse vez, traremos informações sobre a segunda região com maior potencial no setor: o ensino superior no Nordeste.
Além de ajudar a desenhar estratégias para a captação de alunos, os dados abaixo apresentam um diagnóstico completo de um mercado em plena expansão.
Em primeiro lugar, os nove estados do Nordeste – Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe . Eles têm, juntos, um mercado potencial de mais de 4 milhões de alunos. Na prática, são pessoas aptas a iniciar um curso de graduação. Elas têm ensino médio completo, ainda não fazem um curso superior e estão dentro da idade target (17 a 49 anos).
Em termos de potencial demanda, o ensino superior no Nordeste só perde para o Sudeste. O que revela a importância dessa região para as IES interessadas em expandir negócios. Segundo análise da Educa Insights, 72,6% dos nordestinos que pretendem fazer uma graduação superior tem o desejo de investir em um curso da modalidade EAD. Outros 14,7% pretendem cursar graduações híbridas. Dessa forma, conclui-se que 87% optam pela educação digital.
A demanda em alta pela EAD é um fator essencial na montagem do portfólio de cursos. A portaria 2.117/2019 também ajuda. A resolução permite ampliar de 20% para até 40% a carga horária cumprida a distância em todos os cursos presenciais. Investir em tecnologias educacionais, portanto, tornou-se indispensável.
Embora o Nordeste seja um mercado alvissareiro para as IES, cabe destacar que a propensão de gastos de sua população é menor quando comparada a de outras regiões como Sul e Sudeste. Por isso a estratégia de precificação deve ser bem planejada.
Cerca de 48% do mercado potencial no Nordeste está disposto a gastar até R$ 350 em mensalidades, enquanto 27% tem condições de arcar com até R$ 500 – ticket próximo ao EAD.
“É um mercado com forte ascensão do ensino híbrido e EAD, o que está relacionado aos tickets da região, que são muito mais compatíveis com os produtos digitais”, ressalta o gerente de contas do Grupo A no Nordeste, Rodrigo Hassen.
O último Censo da Educação Superior, divulgado pelo INEP, apresentou volumetria de mais de 1,2 milhão de estudantes ativos no setor privado do Nordeste. O EAD não para de crescer e já representa 32% das matrículas da região. Isso significa mais de 400 mil alunos matriculados na modalidade em 2019.
No mesmo ano, 49% dos ingressos no ensino superior do Nordeste vieram da EAD. A modalidade virtual cresceu 38,45% entre 2017 e 2019, enquanto a modalidade presencial recuou 2,28% no mesmo período.
Quais as áreas que mais atraem alunos para a educação a distância na região Nordeste? Negócios (34%), Educação (33%) e Saúde (14%), bem como Comunicação (8%), Engenharia (4%) e Tecnologia da Informação (4%).
A captação de alunos passa por entender o mercado, mas também o perfil dos alunos dos nove estados do Nordeste. Em relação à idade, 45% deles estão acima dos 35 anos. Outros 45% têm entre 25 e 34 anos. Apenas 11% são jovens entre 17 e 24 anos.
Não surpreende, portanto, o fato de que sete em cada 10 alunos trabalham. A maior parte é oriunda do ensino médio em escolas públicas (82%) e está concentrada na classe econômica C (47%). Ainda sobre classe social, as camadas D e E também são bastante representativas no alunado da região, com 35% do total.
Essas informações indicam por que as IES podem apostar na flexibilidade da educação digital para captar alunos. Afinal, as graduações EAD e híbridas facilitam os estudos de quem trabalha. E possuem mensalidades mais baixas – o que é uma demanda do Nordeste – na comparação com as presenciais.
Outra informação relevante: como acontece no cenário nacional, o gênero feminino prevalece em volume de matrículas no Nordeste. Enquanto no país elas representam 65% do alunado EAD, no Nordeste elas são 62%. Ou seja, três a cada cinco são alunas na EAD.
A dica final, segundo os estudos da Educa Insights, é atentar para os fatores que pesam na decisão dos alunos da modalidade EAD. São dois atributos-chave: mensalidades acessíveis (21% da decisão) e flexibilidade de estudar quando e onde quiser (18%).
Por fim, para Hassen, do Grupo A, a pandemia do novo coronavírus evidenciou a importância do uso da tecnologia na educação para instituições que ainda resistiam à EAD. “O crescimento do EAD no nordeste, observado no Censo de 2019, deve ser ainda maior de 2020 em diante”, afirma.
A demanda de alunos do nordeste está entre as mais propensas a iniciar um curso de graduação após os primeiros impactos da pandemia. Segundo uma pesquisa da Educa Insights, 45% planejam entrar no ensino superior no início de 2021, além de 27% na metade do mesmo ano. No Brasil, essas porcentagens são, respectivamente, de 38% e 24%.
Por Redação
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