Ensino Superior

Qual o cenário da EaD em cada região do Brasil?

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Os números da 13ª edição do Mapa do Ensino Superior no Brasil mostraram, mais uma vez, um crescimento na educação a distância (EaD) e um recuo das matrículas presenciais em 2021.

Apesar do avanço ser vantajoso para a modalidade, a EaD segue sem conquistar uma parcela do público jovem, mais afeito aos cursos presenciais ou ao modelo híbrido— que mescla presencialidade com aulas remotas.

Professores do Centro Nacional de Mídias de Educação gravam aulas e interagem com alunos de todo o Brasil. Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Mesmo assim, a educação a distância avança em quase todo o País, com destaque para o Sul, região em que as matrículas são maiores na EaD (51%) do que nos cursos presenciais (49%). Já o Norte vai na contramão, com as matrículas em cursos presenciais estão aumentando.

Confira, a seguir, o cenário da educação a distância em cada região:

Sudeste

A região Sudeste detém 43,7% das matrículas do ensino superior de todo o País. Cerca de 60% delas são em cursos presenciais e 39,7% na EaD. Enquanto a educação a distância aumentou 22,2%, em relação ao ano de 2020, as matrículas nas graduações presenciais caíram 9,1%.

São Paulo é o estado com mais matrículas (52,6%), seguido de Minas gerais (22,3%), Rio de Janeiro (20,8%) e Espírito Santo (4,3%). Em todas as unidades federativas do Sudeste o número inscrições em cursos EaD cresceu — 32,1% em São Paulo, 28,3% no Espírito Santo, 20,7% no Rio de Janeiro e 20,1% em Minas Gerais. Ao contrário do presencial, que caiu nos quatro estados.

Nordeste

O Nordeste arremata 20,6% das matrículas do ensino superior. São 65,7% em cursos presenciais, enquanto 34,3% estão na EaD. Isso representa um aumento de 13,1% da educação a distância e uma queda de 3,7% no presencial, em relação ao ano de 2020.

O Maranhão é o único estado em que as matrículas presenciais cresceram, com 3,3% de aumento. Além disso, registrou a maior elevação nas matrículas em educação a distância em 2021 (25%). Logo em seguida vêm Rio Grande do Norte (24,3%), Sergipe (18%), Paraíba (15,9%), Ceará (15,1%), Piauí (11,6), Pernambuco (8,3), Alagoas (8,1%) e Bahia (7,3%).

Sul

Já o Sul detém cerca de 18,0% das matrículas do ensino superior de todo o País. A região inclusive é a única em que as matrículas são maiores na EaD (51%) do que nos cursos presenciais (49%). A educação a distância aumentou 22,5% em relação a 2021, enquanto a modalidade presencial caiu 5,5%.

O estado do Paraná é onde as matrículas EaD mais cresceram (30,3%). Já as presenciais caíram (6,6%). O Rio Grande do Sul fica no segundo lugar do ranking da região, com 20% de acréscimo nas matrículas de educação a distância e 5,3% de queda no presencial. Em Santa Catarina, o aumento da EaD foi de 15,8%, enquanto no presencial houve uma diminuição de 4,2%.

Centro-Oeste

O Centro-Oeste concentra cerca de 9% das matrículas do ensino superior — 41,7% são EaD e 58,3% presenciais. Os cursos de educação a distância tiveram um aumento de 24%, enquanto os presenciais diminuíram 3,2% em 2021. O Distrito Federal tem um dos menores percentuais de matrículas EaD, de apenas 35,8%.

Quando o assunto é o crescimento das matrículas em EaD, o Distrito Federal também fica atrás, com 14,1%, mas também é onde as presenciais mais caíram (4,9%). Goiás lidera na quantidade de matrículas dos cursos de educação a distância (33,1%), seguido do Mato Grosso do Sul (30,8%) e Mato Grosso (18%). Os três estados tiveram queda nas presenciais de 4,5%, 2,4% e 1,2, respectivamente.

Norte

Única região onde o as matrículas em cursos presenciais aumentaram (11,4%) em 2021, o Norte detém 8,3% das matrículas do ensino superior de todo o País — 54,1% delas são presenciais e 45,9%, de EaD. A educação a distância cresceu 11,2% no território nortista.

Amazonas, Pará e Tocantins foram os estados em que as matrículas presenciais cresceram, com aumento de 24,7%, 19,8% e 1,7%, respectivamente. O Amazonas também foi onde as matrículas em educação a distância mais aumentaram em 2021 (22,2%). Logo em seguida estão Rondônia (16,6%), Pará (9,9%), Roraima (8,2%), Acre (5,8%), Tocantins (3,7%) e Amapá (3,4%).


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