Portfólio conta com 320 laboratórios virtuais e 85 bancadas didáticas presentes em mais de 250 instituições na América, Europa e África
Até 2011, a maior parte dos experimentos realizados nas salas de aula dos cursos de engenharia dependia de equipamentos importados. Foi quando o professor Genisson Coutinho iniciou a operação da Algetec. A empresa logo conquistaria o respeito do mercado por desenvolver estes equipamentos com qualidade aqui no Brasil.
Mas o objetivo era alçar voos mais altos. Em 2014, o então professor da Universidade Federal da Bahia e empreendedor da área da saúde, Vinícius Dias, se juntou a Coutinho para auxiliar na expansão dos negócios da Algetec – inclusive, no cenário internacional. Apenas dez anos após sua fundação, a empresa baiana possui o maior acervo de práticas virtuais para a educação do mundo.
Tudo começou em uma espécie de garagem. Cada vez mais compactos e multidisciplinares, os equipamentos evoluíram até as bancadas didáticas de engenharia – mercado em que a empresa é líder no Brasil. Hoje, são 85 modelos de laboratórios físicos e mais de 1 mil bancadas didáticas produzidas por ano.
Há três anos, um produto responsável por quebrar paradigmas na educação entrou no radar da Algetec. Atentos ao crescimento dos cursos de ensino a distância (EAD) e híbridos, Dias e Coutinho apostaram suas fichas no desenvolvimento de laboratórios virtuais.
“Em 2018, percebemos que precisávamos trazer uma linguagem mais digital para os alunos. Era a oportunidade perfeita para usar nosso know how dos laboratórios físicos em laboratórios virtuais”, lembra Dias.
Novamente, os resultados não demoraram para aparecer. Atualmente, a empresa fruto do sonho de dois professores universitários conta com um portfólio de 320 laboratórios virtuais e lança entre 30 a 50 novos experimentos para ambientes digitais por mês.
Parte das soluções de transformação digital da Plataforma A, a Algetec mantém sua sede em Salvador (BA) com o apoio de cerca de 100 colaboradores. Única empresa do mundo a fabricar laboratórios virtuais e físicos, atende a mais de 250 instituições de ensino públicas e privadas na América Latina, América do Norte, Europa e África.
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Das ciências exatas às humanas
O pontapé inicial da Algetec aconteceu nas engenharias – especialidade dos sócios Dias e Genisson. Primeiro, surgiram as bancadas e laboratórios virtuais para as disciplinas do ciclo básico, principalmente física e química. Depois, veio a expansão para disciplinas específicas de cada curso.
Até que, em 2019, novas fronteiras foram abertas. A partir da demanda do mercado do ensino superior, nasceram os laboratórios virtuais voltados aos cursos da saúde. Para se ter uma ideia, em 2021, os laboratórios virtuais da saúde – como anatomia e análises clínicas – já ultrapassaram os da engenharia em termos de alcance.
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Apesar das diferenças entre as duas áreas do conhecimento, a filosofia da Algetec no desenvolvimento dos equipamentos se manteve. A saber, promover uma melhor experiência de aprendizagem com fidelidade às práticas reais.
É por isso que todos os dados utilizados nos experimentos dos laboratórios virtuais são coletados em laboratórios reais. Isso significa que o aluno simula a prática com extrema precisão nas operações e medidas. Inclusive, possíveis equívocos cometidos durante os procedimentos são replicados.
A vantagem é que o aluno está em segurança mesmo se cometer algum erro. Além disso, o estudante pode repetir os experimentos quantas vezes for necessário dentro do ambiente virtual de aprendizagem (AVA) e a qualquer momento.
É o professor quem decide quais práticas vai inserir nas aulas tendo em vista o plano de ensino da disciplina. Geralmente, o laboratório virtual funciona como um complemento ao laboratório físico. O aluno conhece os procedimentos no ambiente digital e chega mais preparado para treinar as habilidades manuais presencialmente.
No caso de práticas conceituais, segundo Dias, o laboratório virtual pode até substituir o físico, aumentando o nível de abstração e evidenciando aspectos que o aluno não enxergaria presencialmente. “É uma ferramenta para gerar engajamento e, acima de tudo, aprendizagem”, explica.
O passo mais recente da Algetec foi o lançamento de laboratórios virtuais para cursos da área de humanas. São atendidas graduações e disciplinas como publicidade e propaganda, fotografia, libras, música e pedagogia. Com isso, os produtos da empresa impactam, atualmente, mais de 600 mil alunos.
Jornada Algetec e expansão internacional
Além de desenvolver, a Algetec conecta os laboratórios virtuais ao ambiente virtual de aprendizagem em parceria com a equipe de TI da instituição. A jornada do cliente da Algetec ainda prevê um ciclo de implantação que inclui o alinhamento com o time pedagógico da IES, a sensibilização e treinamento dos professores, suporte ao aluno e rodadas de feedback.
Do ponto de vista econômico, as instituições de ensino diminuem os custos com manutenção dos espaços físicos e compra de insumos. Laboratórios virtuais de anatomia, por exemplo, resolvem um problema comum no ensino superior: a ausência de cadáveres para estudo.
De olho no futuro, a Algetec tem no mercado internacional um dos seus principais vetores de crescimento. Os laboratórios virtuais foram traduzidos para o espanhol e, com isso, chegaram a diversos países da América Latina, como Argentina, Chile, Colômbia, Equador e Peru. Na Europa, a empresa está presente em Portugal e na Espanha. Na África, em países de língua portuguesa, como Angola e Moçambique.
“A Algetec acredita no hibridismo cada vez maior entre modalidades de ensino e na intersecção entre laboratórios virtuais e físicos, tendo em vista o grau de eficiência econômica e de aprendizagem que eles trazem para as instituições”, completa Dias.
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