FORTALEZA (CE) – O cenário pós-pandemia e o novo perfil discente exigem mais das instituições de ensino superior (IES). Os alunos desejam experiências significativas e com etapas bem definidas até o mercado de trabalho, levando em conta a mediação da tecnologia.
Trata-se de um desafio e tanto para gestores, coordenadores de curso e professores. Mas é um desafio que precisa ser encarado. Afinal, o engajamento impacta diretamente nas réguas de evasão e, consequentemente, na saúde financeira das IES.
Em palestra realizada durante o 27° Congresso Internacional ABED de Educação a Distância (CIAED), na quarta-feira (22), a gerente de negócios da +A Educação, Daiana Rocha, apontou caminhos até uma jornada de aprendizagem guiada por tecnologia.
“Em primeiro lugar, é necessário entender quem são nossos alunos e o que faz parte da rotina deles. E, a partir disso, pensar na modalidade de ensino, tecnologias e conteúdos para montar um ecossistema complexo de engajamento e experiência”, afirma Rocha.
Por uma economia da experiência no EAD
Daiana Rocha propõe a adoção da economia da experiência na educação a distância (EAD). Por essa perspectiva, as empresas – e, nesse caso, as IES – devem oferecer aos clientes algo além de um produto ou serviço de qualidade, agregando camadas de personalização, credibilidade, empatia e engajamento.
“No ensino superior, trata-se de entregar uma experiência completa de vida e carreira para os alunos, ou seja, um projeto em que ele consiga se enxergar desde a matrícula até a formatura”, explica. “O aluno precisa saber quais caminhos percorrer e como a IES vai ajudá-lo nessa trajetória.”
Mas quais são os passos para montar uma jornada de aprendizagem alinhada à economia da experiência? Segundo Rocha, tudo passa por sete questões. São tópicos para os quais as IES devem olhar antes de montar uma jornada de aprendizagem que faça a diferença na vida dos alunos:
- Estou acolhendo meus alunos?
- Meus alunos entenderam a metodologia?
- A metodologia está alinhada à realidade dos alunos e da instituição?
- Eu tenho uma equipe multidisciplinar integrada com as demais áreas da IES?
- Meu conteúdo tem formatos diversificados e imersivos?
- Meu corpo docente está capacitado para atuar com metodologias e tecnologias disponíveis pela IES?
- Gestores, coordenadores de curso, tutores e polos olham para os mesmos indicadores e se comunicam?
Para obter respostas positivas para essas questões, Rocha defende o acolhimento constante e uma régua de comunicação automatizada e humanizada e currículos flexíveis que proporcionem uma curadoria discente.
“Além disso, é necessário respeitar as diferentes formas de aprender e ensinar e promover uma conexão com o mercado de trabalho através de projetos integradores e microcertificações, garantindo a empregabilidade”, ela completa.
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