Com a rápida mudança para a aprendizagem online, professores e alunos descobriram que não é fácil trocar um modelo de ensino da noite para o dia. Principalmente diante de uma pandemia, como a do novo coronavírus, que paralisou as cidades.
Apesar da quarentena, o espírito das aulas presenciais vive. Só que na internet. O portal Desafios da Educação selecionou algumas histórias engraçadas (e muito humanas) das aulas remotas. Elas mostram que, em tempos de isolamento, a descontração é uma ótima solução para diminuir a distância entre alunos e professores.
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Professor bom pra cachorro
Marcos Antônio Balbino, 59 anos, é professor de Geografia para turmas que vão do 6º ano do fundamental II ao 3º ano do ensino médio de uma escola particular e da Prefeitura Municipal de São Paulo. Uma das primeiras lições que aprendeu na quarentena foi que os alunos do 8º ano absorviam melhor o conteúdo das aulas, em comparação com os que eram das turmas do 6º e 7º ano.
Além da falta de conhecimento sobre a plataforma, a questão da atenção às aulas exigia outra dinâmica. “A partir dessa leitura, resolvi apresentar o meu Totti aos alunos”, explicou Balbino, em referência ao cão Beagle de estimação.
O professor prometeu que ao fim da tarefa apresentaria o companheiro os alunos. “A ideia (simples) foi tentar tornar aquele momento mais alegre e divertido. E mostrar que as aulas não são chatas, que podemos aprender e se divertir também”, disse o professor. “Fiquei muito feliz de ver a reação deles de surpresa. Foi muito divertido, para mim e para eles.”
Por que existe o “mute”?
Quem responde é Marissa Fusi, professora de matemática de uma escola de ensino médio da Califórnia: “Eu estava em uma reunião virtual com a nossa equipe de instrução e meu filho, que estava no outro quarto, começa a gritar ao fazer uma pergunta. Três segundos depois, minha filha diz baixinho: ‘Cala a boca, Andrew‘”. Assim que a menina falou, Fusi ouviu umas risadinhas: seus colegas ouviam tudo. “Está é a razão pela qual o botão mudo existe”, explicou ao EdSurge.
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Um é pouco, dois é bom, três (não) é demais
O professor e coordenador do curso de Publicidade e Propaganda do Centro Universitário Ritter do Reis (UniRitter), Geferson Barths, é pai de trigêmeos de seis anos. Ele diz que os dias de home office têm sido importantes para humanizar o trabalho e unir a família.
“Aqui em casa, tenho chamado os filhos para dar um “oi” para os alunos nas aulas virtuais e demais reuniões. É sempre muito positivo para quem está do outro lado. A alegria e ingenuidade das crianças pode contagiar e amenizar a dor daqueles que estão vivendo dias difíceis”, disse Barths.
“Em contrapartida, os filhos passam a entender o trabalho como algo positivo, divertido e importante também para a vida deles. Nesse período de isolamento social, as relações familiares são mais intensas. Precisamos olhar as dificuldades com as lentes do amor e fazer desse período um grande aprendizado. Por aqui estamos tentando.”
Professor, eu tenho uma dúvida
Em uma sala de aula, é normal comunicar o professor quando você precisa sair para ir ao banheiro, por exemplo. Bom, um aluno publicou em seu perfil no Tik Tok o momento em que pediu permissão ao professor para dar uma saidinha.
@deeko17##fup ##funchallenge ##funny ##comendy ##onlineclass ##onlineclasses ##professor ##ihaveaquestion♬ original sound – deeko17
Esse é o momento deles
Eric Rodriguez é pai de duas crianças. Ele mora em Phoenix, Arizona, e concluiu que é fundamental deixar os filhos controlar a própria narrativa nas aulas virtuais. Ao EdSurge, ele contou: “Meu filho entrou na sua primeira sessão de Zoom com os outros educadores de infância, mas se vestiu de Miles Morales [do filme “Homem-Aranha: no Aranhaverso”]. Minha filha estava vestida como Elsa [de “Frozen”]. Eles pensavam: ‘Este é o nosso momento!'”
Raspando o cabelo
Dan Adler, professor de ciências da 6ª série em uma escola de Massachusetts (EUA), disse ao EdSurge que durante uma das aulas virtuais pediu que a esposa cortasse seu cabelo. “Era minha segunda vez na plataforma Zoom, eu estava pensando em maneiras de envolver os meus alunos na aula e também havia cancelado o meu corte de cabelo na semana passada. Então, pensei: ‘Tenho cabelo demais e quero dar às crianças algo para se reunir e rir.'”
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