Como o Desafios da Educação mostrou em agosto, a tendência de recuperação do setor privado de ensino superior deve passar pelo crescimento do interesse e da demanda por graduações na área de Saúde.
A tendência foi confirmada nos resultados da 5ª onda da pesquisa “Coronavírus e Ensino Superior: o que pensam os alunos”, realizada pela consultoria Educa Insights e divulgada no fim de novembro pela ABMES, a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior.
Entre os cursos mais citados pelos participantes, graduações presenciais relacionadas à Saúde correspondem a 36,1% do interesse; na EAD, 17,5%. Destacaram-se as graduações em Enfermagem, Psicologia, Educação Física, Biomedicina, Nutrição e Fisioterapia.
A preferência por formações na área da Saúde expõe a crescente valorização desses profissionais durante o combate à pandemia, em especial na linha de frente de enfrentamento.
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Os números também confirmam a tendência apurada pelo Censo da Educação Superior 2019. Das dez graduações presenciais em instituições privadas com maior número de matrículas no ano passado (o equivalente a 58,9% do total), quatro são da área de Saúde.
Segundo a ABMES, os cursos da área da Saúde representavam 17,1% do total de estudantes matriculados em 2012. Quatro anos depois, em 2016, a participação pulou para 22,6%. No ano passado, subiu 31,4%. O índice é cinco vezes maior do que os 6,5% dos estudantes apurados na média dos países integrantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para a área de saúde e bem-estar.
As áreas com mais ingressantes no ensino superior em 2019 foram Negócios (28%), Saúde (23%) e Educação (20%), segundo a Educa Insights.
A 5ª onda do levantamento “Coronavírus e Educação Superior: o que pensam os alunos” foi realizada entre 13 e 15 de novembro, pela internet. Foram consultados 1.102 homens e mulheres, de 17 a 50 anos, que desejam ingressar em cursos presenciais e EAD ao longo dos próximos 18 meses, em todas as regiões brasileiras. Ao todo, incluindo as demais ondas do levantamento (março, abril, maio e julho), a pesquisa já ouviu 4.490 pessoas.
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