Os alunos de ensino superior preferem cursos online. A constatação é de uma pesquisa global, realizada pela edtech Anthology, com 2.572 líderes universitários e 2.725 alunos, entre março e abril de 2022, em dez países, incluindo o Brasil.
Entre os estudantes entrevistados, 41% indicaram preferência por cursos totalmente online. Destes, 16% preferem aulas síncronas, com encontros em horários específicos, e 25% preferem aulas assíncronas, com permissão para estudar em qualquer dia e horário. Apenas 18% têm predileção por cursos totalmente presenciais.
A visão dos líderes
Há um reconhecimento do potencial dos cursos online também entre os líderes universitários. De acordo com o levantamento, 30% relataram que suas universidades oferecem apenas cursos totalmente presenciais. No entanto, eles esperam investir cada vez mais em aprendizado online e em uma transição para o modelo híbrido.
Embora os alunos tenham expressado preferência por cursos 100% a distância (EAD), os gestores indicaram uma maior probabilidade de oferecer uma combinação de formatos no futuro próximo: 38% afirmaram que esse seria o modelo em sua universidade até 2025 – mais que o dobro em comparação com as ofertas atuais.
De forma geral, os representantes das universidades estão mais confiantes do que os alunos de que mudanças na metodologia dos cursos ocorrerão nos próximos cinco anos. As respostas apontam que 46% dos discentes sentem que mais cursos estarão disponíveis online, em comparação com 59% dos líderes universitários.
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O papel da tecnologia
Os resultados da pesquisa mostram que os estudantes esperam que a tecnologia seja mais prevalente em sua experiência no ensino superior.
Nesse cenário, cerca de 17% dos gestores acreditam que os recursos tecnológicos fornecidos por sua universidade não atendem às necessidades dos alunos de uma maneira que apoie adequadamente seus estudos.
Mesmo assim, apenas 26% dos líderes universitários aumentaram significativamente o número de ferramentas de aprendizagem utilizadas nos últimos dois anos.
Além disso, 45% mantiveram a mesma tecnologia, mas afirmam que uma mudança aconteceu na forma como administradores, professores e alunos lidam com os recursos digitais – atualmente, com muito mais confiança, devido às mudanças causadas pela pandemia.
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Pensando na experiência
A boa notícia do relatório é que as universidades estão no caminho certo de acordo com as expectativas dos alunos sobre como a tecnologia é incorporada em sua experiência.
Por exemplo: 73% dos alunos entrevistados preferem enviar tarefas em um portal online e 70% indicam que frequentemente ou sempre enviam tarefas dessa maneira. Cerca de 70% dos estudantes também preferem receber feedback do instrutor sobre as tarefas por meio de uma plataforma online, e 66% indicam que recebem feedback frequentemente ou sempre dessa maneira.
Porém, é necessário mais investimento em tecnologia. Os líderes universitários estão cientes dessa necessidade. Mais da metade está considerando investimentos na área, como em sistemas de gerenciamento de aprendizado (LMS), sistemas de informações do aluno (SIS) e sistemas de suporte de BackOffice, como gestão financeira e gestão de relacionamento com o cliente (CRM).
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Personalização
Investir ou atualizar as tecnologias educacionais permite às universidades personalizar a experiência do aluno, criando oportunidades e interações mais significativas usando dados.
De acordo com a pesquisa, 66% dos discentes concordam que a universidade que frequentam os vê como indivíduos com necessidades e preferências únicas, mas a maioria expressa o desejo de uma personalização ainda maior.
Para 70% dos entrevistados, seria interessante receber mais lembretes de prazos e outras informações importantes, como uma notificação sobre uma conta pendente ou quando se inscrever para as aulas. Além disso, 71% gostariam de receber recomendações sobre quais cursos fazer e quando fazê-los durante sua carreira acadêmica.
Há uma oportunidade para as universidades fornecerem experiências mais personalizadas e orientadas por dados, investindo em tecnologia. Cerca de 94% dos líderes concordam que uma visão integral dos dados de um aluno extraídos de vários sistemas beneficiaria sua equipe e que uma experiência mais personalizada ajudaria os estudantes a atingirem seus objetivos.
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