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Ensino superior privado: número de ingressantes cresce 35% no primeiro semestre

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A tão esperada retomada das matrículas no ensino superior está, de fato, em curso. Pesquisa da ABMES com a consultoria Educa Insights, com dados obtidos por meio de levantamento com 22 instituições de ensino superior (IES) de diversas regiões do Brasil e fora de grandes grupos educacionais, mostrou um crescimento de 35% em novas matrículas no primeiro semestre de 2022.

A pesquisa foi realizada com IES que ofertam cursos tanto na modalidade de ensino presencial quanto no EaD. O aumento de ingressantes foi de 43% em cursos semipresenciais e híbridos, 39% no presencial e de 22% no EaD, em relação ao primeiro semestre de 2021.

Segundo Daniel Infante, fundador e sócio-diretor da Educa Insights, os dados validam o que as pesquisas vinham apontando no sentido de o primeiro semestre de 2022 ser um ciclo de retomada, especialmente no presencial.

Cursos mais procurados

No ranking das 10 formações mais procuradas, a área de saúde continua marcando presença significativa, mostrando que a demanda gerada pela pandemia vem influenciando a escolha de carreiras.

Na modalidade presencial, os cursos mais procurados são, em ordem:

  1. Direito
  2. Enfermagem
  3. Psicologia
  4. Odontologia
  5. Farmácia
  6. Administração
  7. Fisioterapia
  8. Arquitetura e Urbanismo
  9. Biomedicina
  10. Medicina veterinária

No EaD, o ranking é composto por:

  1. Administração
  2. Pedagogia
  3. Biomedicina
  4. Ciências Contábeis
  5. Fisioterapia
  6. Educação Física
  7. Gestão de RH
  8. Farmácia
  9. Estética e Cosmética
  10. Nutrição

De acordo com o levantamento, divulgado na manhã de terça-feira (24 de maio), o vestibular ainda é a forma de ingresso mais procurada, com destaque especial para o vestibular agendado, muitas vezes online. Cerca de 9% dos matriculados usam o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em busca de vaga. “O Enem vem ganhando importância e ainda é um tipo de ingresso que conversa mais com o aluno que busca uma formação presencial do que um EaD”, explica Infante.

Leia mais: Quais cursos sua IES deve oferecer em 2022

Efeito pandemia: 3 anos em 4 meses

Entre 2017 e 2020, houve um aumento de 111% na aceitação do EaD. Ou seja, dos estudantes que aceitavam ter sua formação mediada por tecnologia em algum grau. Nos primeiros quatro meses de pandemia, o salto foi de 95% na aceitação do ensino a distância.

Além dos alunos que já estavam familiarizados e preferiam o ensino a distância, a crise sanitária fez com que aqueles que não o aceitavam passassem a considerar a modalidade.

Outro público identificado foi o de alunos que viram na EaD um potencial de inovação. Isto é, estudantes de cursos que não tinham tradição no EaD, mas tiveram que se adaptar por conta da pandemia. Os dados são de uma pesquisa primária feita pela Educa Insights no segundo semestre de 2020.

“O jovem provou do EaD durante a pandemia, muitas vezes porque era a única opção, mas acabou gostando. Esse aumento significativo que aconteceu durante o período de transição da pandemia é prova de que nós não seguiremos mais do mesmo jeito em termos de cultura EaD. Hoje, essa já é uma opção para jovens que buscam flexibilidade e acessibilidade incluindo em carreiras mais tradicionais”, pontuou o diretor presidente da ABMES, Celso Niskier.

Segundo Celso Niskier, presidente da ABMES e reitor da Unicarioca, houve uma grande quebra cultural. “A nossa opinião é que em um futuro bem próximo não vai fazer sentido falar em presencial e EaD. Eu creio que essas fronteiras vão desaparecer e nós vamos falar em educação superior mediada por tecnologia, com etapas presenciais, etapas não-presenciais, o que nós chamamos de pleno uso dos quadrantes híbridos da aprendizagem”, finalizou.

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Leia mais: Qual é o perfil dos alunos candidatos ao ensino superior em 2022

 

Redação
A redação do portal Desafios da Educação é formada por jornalistas, educadores e especialistas em ensino básico e superior.

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