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Média das universidades brasileiras cai novamente em ranking internacional da THE

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Prédio da Reitoria da Universidade Federal de Minas Gerais, em Pampulha. Crédito: Foca/UFMG/divulgação.

Prédio da Reitoria da UFMG – universidade que subiu 23 posições no ranking da THE. Crédito: Foca/UFMG/divulgação.

O prestígio do Brasil segue caindo no THE Emerging Economies University Rankings 2019, o ranking anual da consultoria britânica Times Higher Education, referência mundial em reputação acadêmica. Divulgado na terça-feira (15), o levantamento mostra que 17 das 36 instituições brasileiras listadas perderam posições.

A Universidade de São Paulo (USP) segue a melhor colocada entre as brasileiras. Na nova edição, ficou em 15° lugar – no ano passado, ocupava a 14ª posição; em 2017, a 13ª. A segunda melhor universidade do país, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), perdeu sete posições em relação a 2018 e ficou em 40° lugar.

A classificação considerou o desempenho de 442 universidades de 43 países considerados emergentes. No ano passado, foram avaliadas 350 instituições de 42 nações. A análise é feita com base em 13 indicadores – adaptados para que reflitam as características e prioridades de desenvolvimento de cada país.

A China, além de ter a melhor participação (com 72 instituições), ocupa quatro das cinco melhores posições – e sete das 10. Não é de admirar, portanto, que a primeira colocada venha de lá. Trata-se da Universidade de Tsinghua, que tomou o lugar da Universidade de Pequim – segundo lugar nesta edição.

Leia mais: Por que os rankings falham ao medir a qualidade da educação

Cortes afetaram desempenho

Outras instituições brasileiras bem colocadas no ranking da THE incluem a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), 73ª no levantamento, e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 97ª.

Com melhoras em todos os indicadores, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) saiu da faixa de 201-250 do ranking para ocupar a 119ª posição. A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) subiu 23 posições: agora, está na 127ª colocação.

Para a editora global de rankings da THE, Ellie Bothwell, a queda no desempenho das instituições brasileiras está ligada à falta de recursos. “Como em muitos países da América Latina, o setor de ensino superior do Brasil está sofrendo sérios efeitos colaterais dos contínuos cortes de financiamento”, disse ao jornal Estado de S. Paulo.

Se o cenário brasileiro é de estagnação, a competitividade aumentou entre as universidades dos outros países. “Outras economias emergentes estão avançando em um ritmo mais acelerado, à medida que cada vez mais as vemos posicionando as instituições no centro de suas estratégias nacionais de crescimento econômico”, disse Ellie.

Para ler a íntegra do ranking, clique aqui.

Top 10 – THE Emerging Economies University Rankings 2019

1 – Universidade de Tsinghua (China)
2 – Universidade de Pequim (China)
3 – Universidade de Zhejiang (China)
4 – Universidade de Ciência e Tecnologia da China (China)
5 – Universidade Estatal de Moscovo (Rússia)
6 – Universidade de Fudan (China)
7 – Universidade de Nanjing (China)
8 – Universidade Jiao Tong de Xangai (China)
9 – Universidade da Cidade do Cabo (África do Sul)
10 – Universidade Nacional de Taiwan (Taiwan)

As universidades brasileiras no THE Emerging Economies University Rankings 2019

15 – Universidade de São Paulo (USP)
40 – Universidade de Campinas (Unicamp)
73 – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)
97 – Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
119 – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
127 – Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
141 – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
166 – Universidade Estadual Paulista (Unesp)
182 – Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
201-250 – Universidade de Brasília (UnB)
201-250 – Universidade Federal de Pelotas (Ufpel)
201-250 – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)
251-300 – Universidade Federal do ABC (UFABC)
251-300 – Universidade Federal da Bahia (UFBA)
251-300 – Universidade Federal do Ceará (UFC)
251-300 – Universidade Federal de São Carlos (Ufscar)
251-300 – Universidade Federal de Viçosa (UFV)
251-300 – Universidade Estadual de Londrina (UEL)
301-350 – Universidade Federal de Lavras (Ufla)
301-350 – Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
301-350 – Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
301-350 – Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos)
301-350 – Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
301+ – Universidade Estadual do Ceará (UECE)
301+ – Universidade Federal de Goiás (UFG)
301+ – Universidade Federal de Itajubá (Unifei)
301+ – Universidade Federal do Pará (Ufpa)
301+ – Universidade Federal do Paraná (UFPR)
301+ – Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
301+ – Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
301+ – Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
301+ – Universidade Federal de Uberlândia (Ufu)
301+ – Universidade Federal Fluminense (UFF)
301+ – Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)
301+ – Universidade Estadual de Maringá (UEM)
301+ – Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste)

Leia mais: Faculdades equilibram descontos para não perder margem

Redação
A redação do portal Desafios da Educação é formada por jornalistas, educadores e especialistas em ensino básico e superior.

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