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Como inovar na gestão de sua IES

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A busca pela qualidade em uma instituição de ensino superior (IES) está intimamente ligada a uma gestão estratégica. O gestor é o responsável por desenvolver estratégias para a IES, refletir sobre a missão e os valores da instituição e promover metas para alcançar a excelência no ensino.

Segundo Fábio Reis, que é diretor de Inovação e Redes do Semesp, há quatro tipos de gestores: os triviais, os reformistas, os sonhadores e os inovadores.

O estilo de gestão pode ser a chave para o sucesso da sua organização. Crédito Fauxels.

Há gestores que buscam fazer reformas e melhorar o ensino, porém, se não forem cuidadosos, podem ser surpreendidos pelo dinamismo da sociedade. Os que sonham e não realizam seus desejos talvez vivam em constante frustração. Já os inovadores, que fazem mudanças sistêmicas, terão capacidade de conduzir a IES para uma jornada de prosperidade.

Os inovadores também fazem reformas, mas dominam uma visão de longo prazo, conhecem o ambiente do ensino superior, superaram o medo e deixam de lado o conservadorismo. “Penso que o mundo do ensino superior será dos inovadores, porque eles vão captar mais alunos, vão tirar boas notas no MEC, vão desburocratizar as IES, vão descentralizar as decisões e serão sustentáveis financeiramente”, afirma Reis.

Apesar das diferentes formas de atuar, todos os responsáveis por uma IES privada buscam captar alunos e ter bons resultados. Porém, vários obstáculos atrapalham esse caminho, como a concorrência, a burocracia e, principalmente, o modelo de gestão escolhido.

Para inovar em uma instituição de ensino superior é necessário ter vontade de transformar e superar resistências. A inovação vai além de explorar tecnologias, esse é um passo, mas não é o principal. Ela envolve adotar novas metodologias, investir na infraestrutura da IES, realizar mudanças na grade curricular, entre outros aspectos.

7 mentalidades inovadoras

No livro Liderança e Cultura Organizacional para a Inovação, João Brillo e Jaap Boonstra revelam como as instituições bem-sucedidas implementam inovações e quais os conjuntos de competências e modelos mentais que pessoas inovadoras têm em comum.

Os autores destacam 7 mentalidades fundamentais que podem servir de base de desenvolvimento de modelos mentais para fazer a inovação acontecer nas IES. Conheça:

Mentalidade estratégica

Pessoas com uma mentalidade estratégica fazem a diferença em situações incertas. Elas interpretam a situação, lideram o caminho e oferecem uma nova perspectiva.

Mentalidade política

Na hora de tomar decisões importantes é fundamental ter em conta os diferentes grupos de interesse que influenciam a existência da organização. Um gestor precisa conhecer esses grupos e conciliar os interesses de todos.

Mentalidade transformacional

Os líderes transformacionais que vislumbram o futuro conseguem criar uma visão clara do que a IES defende e pretende.

Mentalidade apreciativa

As diferenças podem ser uma fonte de renovação e inovação. Os líderes inovadores usam o conflito para abrir um diálogo sobre os valores culturais da instituição.

Mentalidade experiencial

Quem trabalha em instituições que impulsionam a educação deve estar sempre disposto a experimentar e apostar no novo, aceitando e aprendendo com os erros.

Mentalidade ativa

São líderes orientados para a ação, para resultados, e tomam a iniciativa de inovar na instituição. Eles descobrem que há muitas formas de fazer diferente e melhor.

Mentalidade reflexiva

Tensões são comuns nos processos de inovação, o que torna necessário o desenvolvimento da mentalidade reflexiva. Os gestores devem estar conscientes das dinâmicas dentro e no entorno das IES, que envolvem mudanças econômicas, sociais, políticas e tecnológicas. Assim, é preciso se posicionar de forma a otimizar suas forças e minimizar suas fraquezas.

Nesse contexto, é essencial o estudo de competências gerenciais para que as IES possam se posicionar frente aos novos desafios.

O artigo “O gestor de instituição de ensino superior e o desenvolvimento de competências gerenciais”, produzido pelos gestores educacionais Alexandra Mastella e Edson dos Reis, aponta que o gestor universitário deve se tornar um agente de transformação, desenvolvimento e inovação, buscando aproveitar todas as oportunidades de mercado e afastar as ameaças.


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