Segundo a 5ª edição da pesquisa “Observatório da Educação Superior: Perspectivas para 2022”, 63% dos entrevistados planejavam iniciar uma faculdade no primeiro semestre de 2022. O estudo, realizado pela consultoria Educa Insights, indicava uma retomada da intenção de matrícula imediata aos patamares pré-pandemia.
Entretanto, a captação de alunos não é mais a mesma. A chegada do coronavírus transformou as estratégias para conquistar novos estudantes. Antes, boa parte dos processos de captação se valiam do contato presencial entre instituições de ensino superior (IES) e candidatos – fosse em escolas de ensino médio, eventos como feiras de profissões ou mesmo em tours pelos campi.
“Essa estratégia de encantamento e de vínculo com a prática sempre rendeu muitos números para a captação”, afirma o consultor e especialista em educação superior, Henrique Klein. Mas, de acordo com Klein, o isolamento social impactou diretamente na experiência de consumo dos candidatos.
Na verdade, a pandemia acelerou os investimentos em mídias digitais com fins de captação. Mais presentes no ambiente online, as IES concentram seus esforços para atrair alunos neste primeiro semestre. Inovação é a palavra-chave dos processos de captação em 2022.
Captação online
A presença online é cada vez mais importante na captação de alunos, o que exige investimentos em marketing digital. Isso engloba, além da atuação em redes sociais, o monitoramento do comportamento e do processo de decisão dos prospects através de ferramentas de otimização de conversão (CRO) e otimização de mecanismos de busca (SEO).
Acompanhar as inovações da área é essencial para IES que desejam aproveitar as oportunidades que o marketing educacional oferece. Por meio dessas ações, é possível tornar as instituições mais atraentes e melhorar a captação de alunos, além de trabalhar o relacionamento com o corpo discente.
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Quando a pandemia permitir, o tour presencial e aulas experimentais ainda são estratégias interessantes. “Poucas ferramentas se revelaram tão potentes para a conversão de matrículas quanto provocar o encontro do aluno com seu futuro ambiente de estudos”, defende Klein.
Mas é preciso utilizar as ferramentas digitais ao alcance, como aquelas que realizam tour virtual pela instituição. De qualquer maneira, o ideal é oferecer um leque de possibilidades que ressaltem a infraestrutura e a qualidade do ensino oferecido, gerando segurança na hora da escolha.
Marketing de influenciadores
O marketing de influenciadores é muito usado por empresas. A estratégia se vale do posicionamento de pessoas famosas, respeitadas ou conhecidas por seu domínio em determinado assunto. Na educação, ela também tem o seu valor.
Assim como escreveu Fábio Reis, diretor de Inovação e Redes do Semesp, em um artigo publicado ano passado, a estratégia de contratar um influenciador requer atenção aos detalhes. É preciso uma boa concepção de campanha, abertura para novas abordagens, coragem para refazer estratégias e realocação de recursos para a captação de novos estudantes.
Para Fábio Reis, não há como aumentar o número de matriculas sem que o influenciador e a IES estejam alinhados no mesmo propósito. Ou seja, é importante contratar um influenciador que se encaixe nos valores da instituição.
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Coordenadores e a captação de alunos
Responsável pelo projeto pedagógico, o coordenador de curso possui funções administrativas, especialmente na captação de alunos. Uma delas é ajudar a construir um perfil de egresso alinhado às necessidades sociais e do mercado de trabalho.
Nesse sentido, o coordenador tem o papel promover um ensino que vá para além dos muros da instituição. Ao mesmo tempo, ele deve buscar tendências que possam incrementar a aprendizagem e, dessa maneira, atrair mais alunos.
O maior desafio, no entanto, é alinhar as ações de captação junto aos setores de marketing e comercial de uma forma que curso esteja posicionado de forma competitiva no mercado.
Programa de embaixadores
Os programas de embaixadores são uma alternativa eficiente de captação. O Saber em Rede, por exemplo, oferece treinamento e materiais de divulgação em redes sociais e WhatsApp. Os embaixadores vendem o portfólio de cursos de ensino superior, recebendo uma comissão por cada matricula efetivada.
O embaixador trabalha como um consultor educacional. Afinal, é responsabilidade dele ajudar o aluno a escolher o curso, encontrar as melhores condições financeiras e acompanhar todo o fluxo de inscrição até a realização da matrícula.
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