Gestão educacional

A importância dos núcleos de EAD nas IES

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núcleos de EAD

Aluna da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em aula presencial. Crédito: Unesp/divulgação.

Embora com expansão tímida no ensino básico, na educação superior a modalidade a distância (EAD) puxa o número de matrículas para cima. Em 2017, último ano com dados atualizados do Censo da Educação Superior, a EAD registrou um crescimento de 17,6% em comparação com o ano anterior – na modalidade presencial houve queda de 0,4%.

Com 1,7 milhão de matriculados, a EAD detém 21,2% do mercado – o triplo do registrado dez anos antes, em 2007. Hoje, um em cada cinco alunos no ensino superior estuda a distância.

Os analistas estimam que esses números vão aumentar. Essa tendência exige responsabilidade dos profissionais e preparo das instituições. É aqui que nasce o núcleo de EAD.

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O papel dos núcleos de EAD

Derivam dos núcleos de EAD decisões que vão desde a estratégia – como abertura de novos cursos ou definição de planos para expansão – até questões operacionais, como contratação de professores, preparação do material didático e suporte aos estudantes.

O setor concentra todas as atividades que envolvem a operação da educação a distância – centrais de atendimento, suporte tecnológico, departamento financeiro. É o centro nervoso da EAD em uma instituição de ensino superior (IES).

O contato direto com coordenadores, tutores, professores e estudantes permite aos núcleos de EAD proporcionar um feedback direto entre todos os atores envolvidos.

“É possível implementar melhorias pontuais e tratar questões mais imediatas, melhorando o rendimento dos estudantes”, explica Daniel Barbosa, coordenador do Núcleo de Educação a Distância do Centro Universitário e Faculdade Projeção (UniProjeção).

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Com sede física em Taguatinga (DF), a UniProjeção tem o núcleo de EAD desde 2010. À época, o objetivo era implementar disciplinas a distância na grade de cursos presenciais, conforme a portaria dos 20% – e que agora pode chegar a 40%. Com o crescimento da modalidade – e sobretudo da expansão dos polos de EAD –, o núcleo agregou mais funcionários e abraçou outras responsabilidades.

Atualmente a UniProjeção tem polos em vários estados brasileiros, como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Maranhão. O Moodle é o ambiente virtual de aprendizagem (LMS) utilizado pela instituição para fazer a interação entre alunos, professores e tutores.

Outra instituição com um núcleo de EAD é a Universidade Estadual Paulista (Unesp). Nela, o setor foi criado em 2009. Sobre o futuro da modalidade, o coordenador do Núcleo de Educação a Distância (NEaD-Unesp) afirma: “Esse é o caminho. E a importância da educação a distância é possibilitar novas práticas, que estejam mais em sintonia com as demandas da sociedade atual.”

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Núcleos de EAD: atenção ao implementar

A primeira medida é incluir o ensino a distância nos documentos institucionais de planejamento plurianual e anual, como o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e o Projeto Pedagógico Institucional (PPI. Essa etapa permite uma visão clara de onde a instituição deseja chegar.

A partir dessa perspectiva, é possível traçar um planejamento mais detalhado, com metas e métricas relacionadas à implementação da EAD na IES.

Outro fator importante é definir um modelo de negócios para a oferta da EAD. “Esse plano é diferente do presencial, pois envolve um público diverso. Por isso é importante ter uma comunicação diferenciada e regras de negócio específicas”, diz Barbosa, da UniProjeção.

Além de ter essas estratégias alinhadas, a instituição precisa de um bom gestor – um profissional comprometido e atento às particularidades da modalidade a distância.

E não só isso: “Um gestor precisa ser conhecedor do panorama da educação, das constantes inovações, das discussões metodológicas e das inúmeras possibilidades que envolvem a modalidade”, afirma Barbosa.

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1 Comment

  1. Muito legal!

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