O que parece recém saído de um filme ficção científica pode ser uma realidade em um futuro bem próximo na área da educação. Uma série de estudos e novos dispositivos estão prometendo novas formas de aprendizado, baseadas na neurociência. Dentre essas tecnologias educacionais, estão o mapeamento de atividade cerebral durante o estudo e a apropriação da neuroplasticidade para aprimorar o aprendizado. Esses métodos se assemelham a versões futuristas do ensino, mas são apenas mais algumas das possibilidades que a parceria entre educação e tecnologia será capaz de proporcionar em breve. Confira:
Hoje em dia, muito se sabe sobre o processo cognitivo do aprendizado. Porém, não seria realmente interessante se pudéssemos visualizar o trabalho de nossos neurônios enquanto estamos aprendendo alguma coisa? Pois bem, isso logo será possível. O dispositivo Nervanix Clarity utiliza uma tecnologia complexa para nos dar essa resposta, mas tem uma ideia muito simples: medir a atividade cerebral durante os estudos. A mensuração não é apenas para vias de curiosidade, mas, sim, para que o aluno saiba exatamente em qual parte do conteúdo seu cérebro deixou de prestar atenção e, provavelmente, acabou não retendo a matéria. Após a leitura, o programa cria um gráfico com os picos e as baixas na atenção do estudante, de modo que ele possa retomar exatamente os segmentos do texto em que não estava alerta. Embora esse aparelho já exista de fato, ainda não faz parte do nosso cotidiano. No entanto, a proposta do dispositivo nos traz questões bem reais e atuais: como saber que os alunos compreenderam o que foi exposto? Essa é uma pergunta ainda mais pertinente para quem trabalha com educação a distância. Enquanto a leitura de cérebro não é possível, professores e gestores contam com a formulação de pequenos testes, com o uso de plataformas adaptativas e outras estratégias que direcionem e personalizem o estudo.
Outros protótipos também nos mostram possibilidades muito interessantes e que, talvez mais cedo do que imaginamos, poderão ser parte do ensino digital. No Texas (EUA), está sendo testado um programa de computador que, por meio de uma série de testes, sinaliza a capacidade de atenção e de memória em estudantes com dificuldade na matemática e na leitura, a fim de criar um treinamento específico para esses alunos. Esse parece ser um caminho interessante para a educação híbrida, que é uma das grandes apostas para o ensino digital nos próximos anos. Por fim, o Activate é um programa que foi criado com base em estudos realizados na Universidade de Yale (EUA) sobre neuroplasticidade (a capacidade do cérebro de criar novas conexões ao longo da vida). O projeto baseia-se não apenas no uso de jogos e testes no computador, mas também em na prática de exercícios. Afinal, estudos revelam que atividades físicas podem melhorar a neuroplasticidade, a memória e a atenção. Um dos criadores do programa afirma que o cérebro se desenvolve por meio das atividades que realiza e que muitos estudantes chegam à escola despreparados para a demanda cognitiva que envolve o aprendizado. Para nós, fica a pergunta: será que nossos alunos precisam de treino antes de estudar? Talvez esse seja um dos próximos desafios da educação.
E você? Consegue imaginar que outras invenções podem começar a fazer parte do cotidiano da educação em breve? Compartilhe conosco suas ideias e não deixe de assinar a nossa newsletter.
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