Como já é habitual, a Plataforma A marcou presença no Congresso Internacional ABED de Educação a Distância (CIAED), realizado desde domingo, 15 de setembro, no Centro Internacional de Convenções do Brasil, em Brasília (DF).
Durante a 29ª edição do evento acadêmico-científico da Associação Brasileira de Educação a Distância, a empresa pôde apresentar ao público o ecossistema completo de soluções tecnológicas educacionais da Plataforma A. Entre elas, a mais recente versão de SAGAH, que integra conteúdo e tecnologia sem a necessidade de um LMS, e um novo aplicativo, que permite aos alunos estudarem onde e quando quiserem, utilizando apenas seu celular.
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Metodologia para um conteúdo inovador
Em uma jornada de muitos encontros e aprendizados, a Plataforma A também se fez presente na programação por meio de seus especialistas. Na segunda-feira, dia 16, a gerente executiva de Conteúdo e Acadêmica, Daiana Rocha, a gerente de Conteúdo Digital, Barbara Maia, e a supervisora de Design Educacional, Andresa Silveira, apresentaram o trabalho científico “Estratégias metodológicas de melhoria contínua para a excelência em conteúdo EaD”.
Segundo Rocha, o estudo destacou a preocupação com a qualidade dos materiais pedagógicos da edtech. “Detalhamos como é feito esse processo, quais são as características desses conteúdos e quais os scores que consideramos para sua atualização. Isso inclui tanto questões de metodologia quanto de defasagem desse conteúdo”, explica.
A gestora destacou também a importância de evoluir não apenas metodológica e tecnicamente, mas no aspecto da inovação. “Se alguns anos atrás o aluno estudava e aprendia com um PDF estático, hoje tem a possibilidade de fazer com um objeto 3D — com cor, com movimento —, o que proporciona uma aprendizagem significativa bem mais consistente”, justifica. Ao final, o grupo valorizou a importância de contar com uma equipe multidisciplinar para esse processo, que resulta no aumento do índice de NPS dos alunos em relação ao conteúdo que é entregue.
“Qualidade na educação já deveria estar sendo debatida há bastante tempo”
Na terça-feira (17), a coordenadora de Produto da Plataforma A, Raphaela Novaes, ministrou a palestra “Qualidade acadêmica e uso estratégico das tecnologias educacionais”, na qual destacou a importância da participação de todos os agentes envolvidos no debate sobre a qualidade da EaD — órgãos regulatórios, instituições de ensino superior (IES), gestores, professores, alunos, mercado de trabalho e sociedade.
“O tema qualidade nunca esteve tão em voga como agora. Essa é uma discussão, de fato, muito relevante e importante. No entanto, quando falamos em qualidade no ensino superior, é um equívoco segmentar por modalidades”, pondera Novaes.
Para ela, a qualidade na educação já deveria estar sendo debatida há bastante tempo. Especialmente porque o mundo evoluiu (“não só em termos de tecnologia, mas de organização social”) e os modelos educacionais não acompanharam essa mudança.
“Vivemos uma sociedade hoje denominada ‘FANI’ (frágil ansiosa, não linear e incompreensível — em inglês, BANI, um conceito criado pelo antropólogo e futurista norte-americano Jamais Cascio) e não podemos desconsiderar esse contexto na hora de pensarmos na formação dos estudantes do ensino superior”, alerta a coordenadora.
Além disso, prossegue Novaes, é impossível dissociar o ensino superior da qualificação profissional. “O que o mercado pensa sobre os recém-formados? Em uma pesquisa realizada pela Educa Insights, foi identificado que gestores de IES acreditam que estão preparando os estudantes para o mercado de trabalho, mas as empresas que os recebem, discordam. Há um desalinhamento das expectativas”, argumenta.
A especialista destaca que, ao serem questionados, alunos, gestores e professores têm o mesmo entendimento sobre que elementos deveriam estar presentes em um ensino superior de qualidade: conexão com mercado de trabalho, pensamento crítico, experiências personalizadas, competências socioemocionais, correlação entre teoria e prática e interação. “As tecnologias educacionais podem ser grandes potencializadoras desses pilares”, conclui Novaes.
Tecnologia contra a evasão
Nesta quarta-feira (18), Daiana Rocha, o gerente de Inovação da Plataforma A, Igor Sales, o especialista acadêmico Pedro Bulgarelli e o especialista em inovação, tecnologia e educação Rodrigo Marudi apresentaram o trabalho científico “Além da evasão: redefinindo o aprendizado em TI com a inovadora metodologia Tech Master”. Trata-se de uma metodologia que busca reduzir a evasão em cursos de Tecnologia da Informação — uma das mais altas, segundo o 13º Mapa do Ensino Superior no Brasil — e redefinir a preparação dos profissionais para esse mercado.
Sales revela a motivação por trás da metodologia: “Havia uma dor a ser mirada: afinal, estávamos falando de uma área que é sucesso de captação, mas com um problema de evasão muito grande”. Nesse processo, a equipe percebeu que a academia estava muito distante do que o mercado realmente precisava, ainda mais na área de tecnologia, que é dinâmica.
“Entendemos que era preciso reformular completamente o curso, a modelagem acadêmica, a forma de disciplina, as intencionalidades e as competências abordadas e, principalmente, conectar o curso às necessidades do mercado, às características e aos desejos do consumidor e à flexibilidade que essa área de tecnologia precisa”, diz.
A Tech Masters foi uma forma de responder a esses anseios e permitir que o estudante customize as trilhas de desenvolvimento de acordo com suas aptidões e seus gaps. “Buscamos trazer o que a universidade pode oferecer, que é uma formação certificada, validada pelo MEC e uma trilha de aprendizagem consistente e com rigor acadêmico; proporcionar conhecimentos práticos, úteis e que tenham aplicabilidade prática; e também formar profissionais que sejam capazes de sanar as dores do mercado com pensamento sistêmico”, conclui Sales.
Plataforma A pergunta: que pontos deveriam fazer parte do novo Marco Regulatório da EaD?”
Uma atividade interativa chamou bastante atenção dos visitantes do CIAED que passavam pelo estande da Plataforma A. No lado direito da estrutura, uma parede trazia o seguinte questionamento:
“Quais desses pontos você acha que deveria fazer parte do novo Marco Regulatório da EaD?”
As opções de resposta eram:
1) Taxas de evasão e diplomação
2) Índice de satisfação dos alunos (NPS)
3) Qualidade do conteúdo e metodologias
4) Competências e formação dos docentes
Coube aos visitantes pegar uma bolinha de pingue-pongue e arremessar dentro do tubo correspondente à resposta que achavam mais apropriada.
“A ideia da dinâmica surgiu devido às recentes mudanças do MEC, que suspenderam a criação de novos cursos EaD até março do ano que vem. Queríamos criar uma atividade que atraísse o público para o nosso estande, ao mesmo tempo que tivesse uma conexão com o tema do evento”, explica Julie Rebello, analista de Marketing da Plataforma A. “A partir daí, pensamos em pedir a opinião do público sobre o que deveria fazer parte do novo Marco Regulatório da EaD.”
A iniciativa foi um sucesso, conseguindo provocar, de forma lúdica, um questionamento sobre os rumos da educação a distância no Brasil.
Confira um vídeo postado no Instagram da empresa durante o evento:
O 29° CIAED termina nesta quarta-feira. Confira a programação de encerramento aqui.
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